Pov Jack.
Quando chegamos em casa, Banguela e Nevasca estavam em cantos opostos do grande cômodo que era a sala, olhando um para o outro como se quisessem arrancar seus pescoços.
Mas nenhum dos dois fez um movimento de ataque. Eles olharam de soslaio para mim e eu contive um sorriso divertido ao perceber que minha bronca teve o efeito desejado. Não duraria muito, eu sabia, mas ao menos nos daria um ou dois dias de trégua.
A temperatura ali dentro estava mais aconchegante, as imensas vigas de madeira e a fogueira que queimava no centro de um espaço rochoso no chão nos mantendo aquecidos e longe dos ventos frios do lado de fora.
— Vou tomar banho enquanto meu pai não chega — Soluço avisou baixinho, deixando um beijo sobre meus lábios. — Depois que ele usa, o banheiro fica com uma tonelada de cabelo vermelho espalhado por todo canto e é nojento limpar enquanto se tenta ficar limpo.
Ri baixinho da reclamação, mas agarrei sua blusa de mangas compridas antes que ele pudesse se afastar muito.
— Não vai agora... Fica comigo enquanto preparo o jantar. Eu quero ter mais do seu cheiro de Ferraria enquanto posso — murmurei, aproximando nossos rostos e sua risada fez cócegas na minha pele, a voz rouca fazendo meu estômago pular.
— Eu acho que essa não é uma boa ideia, Jackie.
— É? E por que não?
Ele se aproximou, colando completamente os nossos corpos, levando a boca até o pé do meu ouvido e sussurrando sensualmente.
— Porque o seu tesão no meu cheiro e o meu tesão ao ver você amassando pães não são uma boa combinação agora. Na verdade, é uma combinação muito perigosa. E sabe por que?
— Não — respondi num sussurro sem fôlego, apertando os dedos em seus braços.
— Porque meu pai vai chegar a qualquer momento e eu realmente não quero que ele me veja fodendo você contra o balcão da cozinha.
Então ele lambeu o ponto sensível do meu pescoço, deixando uma mordida em seguida, e eu já me encontrava completamente trêmulo e desejoso em seus braços.
Eu simplesmente adorava quando Soluço deixava suas palavras se tornarem sujas e baixas daquela maneira, porque era algo raro de se acontecer. Fazia com que a chama que crescia em mim toda vez que estava com ele explodisse a novos níveis, me deixando desnorteado e a ponto de implorar para que ele fizesse qualquer coisa comigo.
Mas então ele se afastou, sorrindo para mim enquanto se virava e caminhava para as escadas que levavam ao andar de baixo. Suspirei frustrado, meu corpo ainda tremendo.
E como se estivesse apenas esperando aquela deixa, ouvi a porta da frente se abrir outra vez e então os passos pesados de um homem gigante passando por ela.
— Oi Banguela, oi Nevasca. Os garotos já chegaram? — ouvi Stoico conversar com os dragões e ri baixinho.
— Um no banho e o outro assando pães — respondi alto para que ele escutasse, mesmo que eu nem ao menos tivesse preparado a massa ainda.
Ele colocou a cabeça para dentro da cozinha e eu acenei para ele, que me cumprimentou com o elmo e deu meia volta, indo para seu quarto. Stoico, por ser o Líder da aldeia, era alguém muito ocupado. Ele trabalhava o dia inteiro e sempre acabava trazendo grande parte do trabalho para casa também, geralmente se concentrando nele até cair de sono. Todas as noites, antes do jantar, ele ia para o quarto e ficava fazendo anotações até que a comida ficasse pronta. Então comia conosco e voltava a se trancar lá.
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Safe and Sound
Fanfic{Atenção: essa fanfic é uma continuação de Sweater Weather. A história se encontra no meu perfil.} Depois de tantos anos, Jack Frost finalmente havia encontrado seu lugar na aldeia de Berk. Ele finalmente pertencia a algum lugar, com pessoas que ama...