"i'll never let you go"

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Pov Jack.

Eu sentia meu coração pulando no peito ao ser puxado para fora da caverna. Qualquer outra coisa havia desaparecido da minha mente: a Lua, a festa, as consequências de tudo aquilo. Tudo havia sido varrido para longe diante do olhar de chamas verdes de Soluço e era somente nele que eu me concentrava naquele momento.

Assim que nós chegamos na primeira linha de árvores do lado de fora da caverna, ele me puxou consigo e começou a correr. E nós corremos e tropeçamos juntos por entre a flora densa e de raízes saltadas, rindo de nós mesmos até que ele pareceu achar estarmos longe o bastante de todos os outros e segurou meus ombros, me empurrando de encontro a casca rugosa da árvore mais próxima.

Eu apenas tive tempo de registrar o cheiro de cerveja e suor que vinha de sua pele antes que seus lábios quentes cobrissem os meus, com tanta fome e vontade que imediatamente me senti tontear. Suas mãos seguraram minhas roupas e as minhas voaram para seus cabelos, puxando-os entre os dedos. Nossas línguas travavam uma batalha árdua, se chocando e se esfregando, a fricção de nossos corpos fazendo sons graves escaparem por minha garganta.

Soluço então apartou o beijo, puxando meu lábio inferior com os dentes, e tive dificuldades para abrir os olhos e focalizar seu rosto voraz. Estava corado, não sabia se pela bebida ou pelo beijo, e os cabelos bagunçados o deixavam ainda mais delicioso. À meia luz, ele parecia... Místico. Quase como se não fosse real. Mas suas mãos quentes se enfiando por minha blusa e arranhando minha pele, assim como seu corpo esguio e firme prensado ao meu era real demais para duvidar.

Seus lábios beijaram minha bochecha, descendo em um rastro de fogo para a linha do maxilar e para o pescoço, se fechando ali com propriedade, marcando-me como dele. Seu corpo começou a investir contra o meu, a ereção quente tocando a minha já pulsante e úmida dentro da calça. Contive um gemido.

— Soluço — suspirei, enrolando uma perna ao redor de sua cintura. — Não que eu esteja reclamando, mas-oh!, m-mas o que deu em você para-ah...

Ouvi sua risadinha satisfeita, porque durante minha fala ele havia não só achado uma maneira mais efetiva de friccionar nossos corpos como também uma de suas mãos apertou meu mamilo. E então voltou a me beijar, se ocupando com os três estímulos de uma só vez, e eu me contorci contra a madeira da árvore. Senti meu corpo estremecer quando ele desceu a mão livre para minha calça, enfiando-a dentro dela e apertando meu membro com força o bastante para me fazer gemer em sua boca, arrastando o polegar pela fissura na ponta.

Ele nem ao menos estava me dando tempo de resposta ou de raciocínio. Não que eu estivesse reclamando, também.

Então desci uma de minhas próprias mãos para a parte da frente de sua calça, mas antes que pudesse tocá-lo ele a agarrou e a segurou acima da minha cabeça.

— Não — rosnou, sua voz grave e pesada. Seus olhos intensos estavam escurecidos, as pupilas dilatadas quase tomando o verde. — Você não vai me tocar agora. Eu vou tocar você. Quero te fazer gozar só te chupando, Jackie. Do jeitinho que você gosta.

Como eu adorava o Soluço boca suja e cheio de atitudes.

— M-Mas... — tentei argumentar que sim, eu iria tocar nele, mas Soluço calou minhas palavras de uma maneira bem efetiva ao novamente esfregar o polegar contra minha glande, me arrancando um gemido.

— Isso, Jackie, assim...

Sua mão em minha ereção a trouxe para fora da calça, começando a massageá-la com intensidade e eu fechei os olhos com força, jogando a cabeça para trás e não me incomodando de tê-la batido na madeira da casca, nem com o gemido mais alto que deixei escapar.

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