Sem misericórdia

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Aviso: relatos de tortura!!!

Saio do hospital no dia seguinte e Sunno está agindo como se nada estivesse acontecido. Achei melhor não dizer ainda que eu escutei tudo. Tenho que ter certeza dos meus sentimentos para poder tocar no assunto. O meu foco agora é me recuperar e acabar com o Mork. Assim que saio do hospital me separo do Sunno e vou para o galpão.

- Quem está aí ? - diz Mork vendado.
- O seu pior pesadelo.
- Sun... sun.. Sunghoon?!! Ainda está vivo? - diz Mork.
- Sabe como é... vaso ruim não quebra fácil. E já que estou aqui chegou minha vez de revidar, mas não se preocupe eu vou te dar o prazer de ver o que eu farei com você.

Vou até ele e tiro sua venda.

- Aaaaaa... seu desgraçado... Eu vou te matar... - diz ele assustado com o que viu do seu lado. Seu capanga morto.
- Ele teve o que merecia... farei o mesmo com você.
- Não por favor...
- Prepara a tocha...
- Sunghoon... Eu te imploro...
- Sua vida não vale nada para mim.
- Não me mate... Por favor...
- Sabe que isso não vai funcionar comigo. Você é um homem morto desde o dia que pegaram você.
- Pelo menos... Pelo menos tenha piedade... me de uma morte rápida... Eu estendi o recado... Sei que cometi um erro... olha eu fui um homem bom minha vida inteira... apenas  fazendo negócios e...
- Até que te ofereceram muito dinheiro pela minha cabeça... sua ganância vai ser sua ruína. - digo pegando o fogo e queimando sua perna esquerda.
- Aaaaaaaaa.
- Isso foi por ter cogitado a possibilidade de que conseguiria me matar. - passo para a outra perna.
- Aaaaaaaa.
- Isso foi por ter estragado meu encontro. - passo agora pro seu tronco e braços. - Isso foi por ter feito o Sunno sofrer... e isso - digo aproximando o fogo em seu rosto. - Foi por ter me atingido pelas costas duas vezes. Eu confiava em você e esse é o fim de quem me trai. - pouco depois seu rosto estava todo queimado. - Queimem o que sobrou dos corpos e espalhem a notícia. Depois... limpem toda essa bagunça.
- Sim mestre.

Eu achei que estava bem, mas chego em casa exausto. Tomo um banho e vou deitar no quarto.

- Sunghoon...
- Hum. - digo acordando.
- Tomou seus remédios?
- A.. os remédios... Não... eu esqueci.
- Eu vou pegar eles para você.

Enquanto ele foi buscar os remédios eu me sento na cama.

- Aqui. Já aproveitei e trouxe o jantar.
- Obrigado.
- Não se preocupe. Enquanto esteve internado eu fiz um curso de culinária. Está comestível agora. Pode apostar... o Heeseung aprovou.
- Você cozinhou para ele?
- Sim, quando esteve fora. Foi quando ele percebeu que minha comida era horrível. Por que nunca me disse?
- Eu sempre gostei... gosto de tudo que você faz para mim.
- Verdade? - diz ele sorrindo sem graça.
- Sim.
- E como está a comida?
- Tá ainda mais gostosa.
- Obrigado.

Após jantar, Sunno vem trocar os curativos.

- Por que eu tenho a sensação que você gosta do que vê.
- Eu não desgosto, mas se te incomoda tanto não se preocupe que dentro de alguns dias você não vai precisar que eu faça isso.
- Devo andar sem camisa pela casa depois disso? Assim você ficará feliz.
- Não fale bobagens - diz ele me batendo de leve.
- Aii.
- Me desculpa.. machucou?
- Eu só estou brincando com você.
- Bobo... prontinho.
- Obrigado. Quer dormir comigo hoje de novo?
- Quero.
- Vou ficar te esperando então.

Depois de jantar e tomar um banho ele vem deitar.

- Você gosta mesmo de fazer isso né? - digo já que ele sem nem perceber começou a acariciar meu cabelo.
- Me acalma.
- Está nervoso com alguma coisa?
- Só muitos pensamentos na cabeça.
- Não se cobre tanto. Se quiser desabafar eu estarei aqui.
- Nunca pensei que diria algo assim para alguém.
- Nem eu, mas você me faz querer ser esse tipo de pessoa.

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