capítulo seis.

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Ano: 2015
(18 anos)

Perspectiva Harry:

Eu peguei meu celular pela milésima vez naquela manhã. Havia se passado três dias desde que Louis havia me beijado.

Louis mexe comigo. 
Ele me faz sentir coisinhas na barriga que eu nunca havia sentido antes.

Sei que somos amigos e que jamais tive alguém que me tratasse com tanto zelo e respeito como Louis fazia. Não quero estragar o que construímos nesse ano que passou e fiquei com vergonha de me encontrar com ele depois do ocorrido. 

Me perguntei inúmeras vezes porque ele havia feito aquilo, e se fez simplesmente porque eu tinha confessado que queria ser beijado. De qualquer forma, eu não poderia arriscar perder Louis por causa de um tocar de bocas. 

Meu celular apita mais uma vez.
E mais uma mensagem. Dele. 

@Lou:
Feliz ano novo, Sol.
E me desculpe mais uma vez :( 

Era a milésima mensagem me pedindo desculpa. Eu não tinha respondido nenhuma, metade por vergonha e metade por não saber o que responder.

Quando Louis me beijou, eu senti como se todo o meu corpo saísse de órbita; como se os meus pés tivessem perdido totalmente o peso da gravidade me fazendo voar estando sentado naquele banco. Seus lábios estavam gelados pelo frio e se chocaram causando um choque térmico nos meus que estavam quentes devido as inúmeras vezes que o mordi no caminho. Senti como se milhares de fogos de artifício estourassem dentro de mim me fazendo delirar. E olha que eu odeio fogos de artifício…

Olhei para a mensagem e suspirei, digitando logo em seguida. 

@Eu:
Feliz ano novo, Lou!

@Lou:
Nossa! Eu achei que você nunca fosse me responder, Hazza. Não faz mais isso :( 

@Eu
Eu precisava de um tempo, Lou. Espero que entenda. 

Fico apreensivo olhando para o celular e mordo os lábios com força quando a mensagem dele vem instantes depois. 

@Lou
Posso ir te ver?

@Eu
Agora?

@Lou:
Agora! 
Posso ir? 

Com o coração acelerado, respondo.

@Eu:
Pode. 

@Lou:
Então abre a porta.

Meu coração errou uma batida. Aquela sensação não tão confortável de gelo na barriga enquanto o restante do corpo queima. Eu não sabia o que eu iria dizer ou como iria agir, mas de uma coisa eu tinha certeza: eu não irei perder a amizade do Louis. 

Ouvi batidas insistentes na porta e desci as escadas correndo, mas antes de virar a maçaneta, respirei fundo, tentando me livrar de todo o nervosismo que me fazia ter uns tremeliques nas mãos.

Louis estava com as bochechas vermelhas e com a respiração desregulada. Ele se apoiava na porta como se precisasse de algum suporte. 

"Harry." Ele disse meio sem fôlego. "Eu vim correndo na primeira mensagem que você me mandou." 

Ele me lançou um sorriso e eu entendi naquele momento que eu não poderia viver mais um dia sequer da minha vida sem aquele sorriso. 

"Entre, Lou." Dei um passo para o lado para que pudesse entrar. 

Ele se apoiou nos joelhos como se ainda buscasse fôlego, e então, se virou pra mim, abrindo os braços. 

"Me dá um abraço, sol? Eu senti tanto a sua falta." 

all shades of BLUE [L.S]Onde histórias criam vida. Descubra agora