all shades of BLUE [L.S]

capítulo nove

Ano: 2015
(18 anos)

Perspectiva Harry:

"Lou, você não acha que já bebeu o suficiente?"

Estávamos em um pub no centro. Eu odiava esse tipo de lugar, mas quis acompanhar Louis para que eu pudesse ficar de olho nele caso ele exagerasse nas bebidas ou fizesse alguma besteira. Sei que ele estava vulnerável e indefeso, e eu queria cuidar dele.

"Sun, eu tô muito bem." Disse ele, despreocupado. "Tô bem até demais." Ele deu os ombros e se virou pegando mais um shot.

Perdi a conta de quantos shots ele havia virado naquela noite. A bebida sempre foi um refúgio fácil e divertido para quando se está quebrado por dentro. Louis também utilizava da nicotina para se anestesiar. Eu esperava do fundo do coração que não passasse disso.

Ele já estava praticamente cambaleando quando decidi que o levaria para minha casa. Claro que ele reclamou, caso contrário não seria Louis, mas fomos mesmo assim.

Assim que chegamos no meu quarto, com muita dificuldade, tirei sua camisa, e sua calça, colocando uma bermuda de tecido fino para que ele pudesse dormir mais confortável. Evitei olhar para aquele corpo desnudo que me virava a cabeça e me fazia querer cometer pecados inimagináveis. Sua pele dourada beijada pelo sol, sua barriga definida, seu tronco esguio, suas novas tatuagens, tudo era simplesmente irresistível… completamente irresistível.

O vesti rápido para tentar me livrar daqueles pensamentos pecaminosos. O deitei na minha cama, e me deitei ao seu lado logo em seguida, cobrindo nossos corpos com um edredom fino. Louis se virou para me olhar, ficando próximo demais a mim. Ele repousou sua mão quente em meu rosto e senti sua respiração colidir diretamente na minha boca.

Seus olhos foram do meu olhar para a minha boca, intercalando em uma velocidade torturante.

"Sun, eu gosto de você." Ele finalmente disse, me fitando.

"Eu ta-também gosto de você, Louis." Fiz um carinho no topo da sua cabeça, sorrindo.

"Não." Ele sacudiu a cabeça. "Eu gosto de você de maneira diferente. Gosto, gosto de você, sabe? Daquelas coisas de sentir borboletas e tudo."

Suas palavras saíram emboladas, e sua fala mais arrastada que o normal. Mas seus olhos estavam sérios.

Eu senti uma pontada na boca do estômago.

Qual o problema dele?

"Você de-deve estar confuso, Lou. Você bebeu demais." Gaguejei, tentando mudar de assunto, mas me assustei quando ele deu um selinho em minha boca.

Seus lábios gelados encostaram no meu, e eu arregalei os olhos sem saber o que fazer com essa aproximação. Meu corpo paralisou e meu coração começou a bater forte quando ele se afastou apenas para sussurrar em meus lábios quentes:

"Isso é estar confuso pra você?"

Não tive tempo para retrucar quando ele passou a língua no meu lábio inferior e eu senti meu estômago gelar mais uma vez.

Louis segurou meu rosto com força, pressionando os lábios mais uma vez nos meus, e pediu passagem com a língua para invadir minha boca. Seu gosto de álcool me anestesiou por completo e eu permiti que a minha língua entrasse na dança.