T H I R T E E N

132 18 29
                                    

— Confia em mim. Nada vai acontecer.

— Eu confio em você, mas nada me impede de desconfiar do Capitão Jeon.

— Ele te deu armas. Se ele tivesse metido nisso, eu mato ele, ok?

— Eu sinceramente não sei o que fazer. Gostava de poder dizer que está tudo bem, mas não consigo.

— Até agora está tudo bem, não está vendo? Olha como está a nossa relação. Até deixei de usar o meu gancho.

— Isso é porque você tem a mão magoada, seu tolo. — Acabei soltando uma risada fraca. Uma ideia me surgiu na cabeça, seria bom embora eu não soubesse como se utiliza. — Seus ganchos são todos iguais, não são?

— Sim.

— Então. Pode me dar um?

— Do nada?

— Quem sabe se realmente é preciso enganchar o Capitão Jeon.

— Você está louca?

— Para uma pessoa que se meteu dentro de barril para se esconder das pessoas do barco do ATEEZ e após ser apanhada cuspiu na cara do capitão, eu sou louca.

— Não lembro de ter cuspido.

— Quer relembrar? — Revirou os olhos quando me ri da cara que ele estava fazendo.

— Enfim, voltando assunto, eu te empresto um gancho. Pois eu não sou toma lá, dá cá.

— Nem é capaz de oferecer um gancho à namorada. — Falei entredentes quando o vi subir a escada do barco, logo seguido por mim.

Puxaram os botes, os colocando no sítio correto e subiram todos.

— Vocês serão reclusos no meu barco, mas não vou vos fazer mal. Pelo que sei, vocês dois são irmãos da minha namorada. — Aponto para os dois garotos. — O resto é companhia.

— Eles vieram de que barco? — Wooyoung pergunta.

— Fugiram do barco do Zico.

— Zico? — Wooyoung me olhou. — Olhem, eu sei que sou como sou, mas se vocês querem a cabeça da Bia intacta, eu recomendo não os colocar aqui. Eles podem ter trazido companhia e não sabemos.

— Nós fugimos. — Rita fala. — E você é narigudo. — Wooyoung travou o maxilar. Puxei-o pois eu própria o mataria se ele tocasse um dedo sequer na criança que não mentiu.

— Pera, você disse que são irmãos da Bia? — Yeosang questionou a Joong, colocando-se um pouco mais à frente.

— Parte da mãe. — Completei. — Que não me deixaram quase me aproximar da minha própria mãe.

— As nossas sinceras desculpas. — Falou o mais velho.

— Estão desculpados.

— Mas ao outro irmão não desculpa. — Ouvi Wooyoung falar entredentes e isso lhe deu direito a uma cotovelada, sem nem me importar onde lhe acertei.

— Vocês também são irmãos?

— Só da parte do pai.

— Nossa... Ele é muito diferente.

— E narigudo!

— Eu juro que dou cabo dessa criança! Qual o problema com o meu nariz! Ao menos não... — Yeosang lhe tapou a boca rapidamente, o puxando para fora do convés enquanto ele se debatia.

— Podem continuar a chamar ele de narigudo, mas pelas costas, não o posso matar ou ficamos sem megafone. — Falei, recebendo um olhar risonho de todos.

Treasure | kim hongjoong (2.ª temporada) Onde histórias criam vida. Descubra agora