T E N

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Woo Bia P.O.V

Era quase meio dia, pelo sol quase no topo, e Hongjoong ainda não tinha acordado. Até achei estranho, mas depois de perguntar para San, ele me contou que o Capitão tinha ido dormir tarde de noite.

— Vai dormir, você não está fazendo essa merda direito. — Reclamei, tirando San do leme, o mesmo que estava sendo mais ou menos concertado, pois claramente precisava de ser trocado. — Não trocou de turno de vigia?

— Não. Eles passaram a noite zoando.

— Zoando o quê?

— Mais rápido, awn, awnn. — Olhei para o convés vendo que Wooyoung estava imitando meus gemidos. Revirei meus olhos. Saquei a arma que Jeon Jungkook tinha me dado e apontei bem na testa do Woo.

— Quer ficar sem cabeça? Todos vocês, juro que se ouvir alguém me zoando, eu vou acertar sem piedade a porra da minha nova arma nos vossos crânios! — Vi eles saírem, voltando aos seus postos. — Realmente precisam de mais tripulação, pois podem acabar ficando sem ninguém.

— Digamos que uns por aí morreram mal entraram no barco. — San riu, agora encarando a minha arma, que já estava de volta na cintura. — Isso é uma pistola? O Hongjoong não usa. Digamos que ele é chatinho e só anda com espadas, mas tem em caixas aí, mas ele não deixa nós tocar-mos.

— Não é dele. É do Jeon Jungkook.

— Não gosto da ideia de nos juntarmos a ele. Eu sou muito ligado a estes sete pirralhos. Tivemos mais, mas eles... Devem andar por aí no mar. — Novamente riu. — Teve um que eu odiei. Sério, ele quis mandar por cima do Capitão. E dizia ser filho do capitão não sei das quantas, quando no final foi achado numa ilha perdida por aí. E para piorar, era canibal.

— Credo.

— Comeu um dos nossos, por isso que foi morto. Hongjoong no início não acreditou e pensou que o tripulante só tinha perdido uma mão, mas no final encontrou o canibal comendo os dedos da mão que faltava ao tripulante. Ele tentava a toda a hora ver se confiávamos nele, mas ele além de ser nojento, era muito irritante.

— A minha única história assim... Foi um dos tripulantes do meu pai quase me degolar.

— Ele não foi morto?

— O meu próprio pai me colocou aqui, acha que ele morreu?

— Mas você não se arrepende.

— Tinha noventa e nove porcento de eu morrer nas mãos do Capitão e um por cento de eu conseguir que ele confiasse em mim.

— Além de confiar, fez ele se apaixonar. E claro, você por ele.

— Eu amo ele. Muito mesmo, mas odeio quando ele está com ciúmes do Jungkook. O Homem deve estar perto dos quarenta e eu mal fiz os vinte, acho que o Hongjoong às vezes exagera.

— Não é por ter quase quarenta anos que pode desejar uma mais nova. Os maiores piratas são assim, cruéis, sanguinários e quando é para... Você entendeu, eles não querem saber da idade. Por exemplo, meu pai. A minha mãe tinha uns dez anos de diferença dele. E pronto, eu surgi ali e só tinham feito uma vez. Nunca soube se ela fez por vontade, ou se ele lhe pagou, não faço a mínima. Havia boatos na ilha que minha mãe era uma prostituta e... — Respirou fundo. — Eu fiquei contra ela pois eu não sabia quem era o meu pai. Ela não queria me contar então eu lhe atirei tudo o que eu sabia à cara, no final... Ela se matou na minha frente.

Treasure | kim hongjoong (2.ª temporada) Onde histórias criam vida. Descubra agora