O N E

387 39 111
                                    

Hongjoong limpava o convés, pela primeira vez os tripulantes viam isso, mas era porque Joong apresentava um semblante feliz, ele tinha acordado feliz.

Mesmo que ele soubesse que quando acorda feliz sempre ocorre algo mal, ele deixou isso de lado pois ele tem mais que motivos para se dizer um homem feliz. Ele perdeu o medo, ele se considerava finalmente verdadeiramente amado e não tem medo de amar a pequena recruta do barco ATEEZ.

A mesma tinha virado como uma tripulante, mas só para os inimigos não tentarem ver como um "elo fraco", mas claramente todos naquele barco notam que ela não é nada que aparenta de fraco. Eles presenciaram a relação dela e o seu Capitão desde o início, fraquezas ela não irá ter tão facilmente.

Dizem partilhar cicratizes, e também têm-se as novas nos outros do barco. Hongjoong apresenta uma nova no pulso esquerdo e Bia claro que ficou com a cicatriz na mão direita. O que eles dizem ser a cicatriz partilhada, como se se juntassem, como uma aliança.

Yeosang ganhou uma no pescoço durante um roubo de mercadoria. O capitão ordenou ele não ir, mas ele se viciou em relíquias, mesmo não tendo mudado de personalidade. Quase foi degolado, igual Bia quase foi pelo tripulante do barco do pai. Mais uma vez, relata que é uma cicatriz partilhada, pois à medida do tempo, eles se tornaram melhores amigos, sempre conversam sobre seus dias quando não se conheciam e mesmo que Hongjoong sentisse um pouco de ciúmes no início, percebeu que ela não poderia ser somente assim dele, mas sim precisaria de mais pessoas para se sentir segura. Pois mal se sabe quem poderá aparecer para os atacar.

O mesmo, Yeosang, também sabe como Bia fica quando tem um pesadelo, tanto que presenciou umas vezes quando ficou de vigia dela por Hongjoong sair, cuidou dela da exata forma que Joong lhe informara e então aí o capitão ganhou essa confiança pura em Yeosang.

— Woo Bia P.O.V —

— TERRA À VISTA MARUJOS! — Wooyoung gritou da parte de cima do convés e eu acabei me assustando por ter acabado de subir a escada para o mesmo. Ele realmente se tornou um megafone mesmo que nem pintado de ouro eu consiga olhar direito na sua cara.

Wooyoung e eu só partilhamos palavras em grupo, mas não nos olhamos direito, eu não o consigo perdoar mesmo que ele implore quase com seu olhar. Eu tenho medo, não é normal, mas eu tenho medo. Sobretudo desde que ele virou sonâmbulo.

Essa coisa foi a coisa mais torbulenta do barco. Wooyoung se levanta de noite e vai para o quarto onde estou dormindo com Hongjoong e fala coisas desconexas sobre o passado dele, sempre falando o meu nome e o nome de meu pai. O que mete medo.

De resto, eu não como nem por nada certas comidas dele, mas se for algum doce que contenha uma espécie chamada chocolate, eu até invado a cozinha com a presença dele.

— DESVIA E QUEM DIZ MARUJOS SOU EU. VOCÊ NÃO TÁ NEM PERTO DE SER CAPITÃO!

— EU SOU IRMÃO DA SUA NAMORADA E FILHO DO CAPITÃO ZICO,'TÔ NA FILA PARA O TRONO. — Isto aqui, virou uma guerra por causa de Wooyoung falar que tem sei lá o que de direito de achar que um dia poderá ser capitão do ATEEZ só por causa disso. O que eu acho impossível pois ele além de ser mau humorado e berrante, é um irresponsável de primeira.

— DESVIA O BARCO OU O MEU GANCHO NA SUA GARGANTA VAI SER A ÚLTIMA COISA QUE VAI SENTIR. — Então o barco rapidamente virou e, por causa disso mesmo eu acabei no chão assim como todos os outros. — VOCÊ NÃO SABE TER MAIS CUIDADO? QUER SER VOCÊ A LIMPAR O CONVÉS?

— DESCULPA CAPITÃO.

— PAREM DE GRITAR! — Gritei assim que me levantei. — Vocês parecem megafones.

— TENHO A QUEM SAIR! — Gritou Wooyoung e respirei fundo enquanto me dirigia para subir para onde ele estava.

— Sai daí antes que eu te atire para fora do barco, paspalho. — O empurrei e segurei no leme olhando para o mar. Sentia liberdade fazendo isso, sendo que antes nem queria aprender a manobrar um barco. Hoje em dia eu acho isso engraçado de fazer.

— Aprendeu a manobrar direito, o Hongjoong deve estar orgulhoso.

— Capitão Hongjoong. — O corrigi e ele bufou fraco. Notei porquê, mesmo que ele quisesse começar uma conversa eu parava com isso logo a seguir. Eu simplesmente não consigo. Sinto que a qualquer momento ele pode me trair igual meu pai fez. Tudo bem que eu posso dizer que não me arrependo, mas claramente isso não se faz uma filha.

Eu posso estar mais feliz, mas com certeza nenhum filho iria querer isso de um pai, quando só queria atenção e procurava a mãe, isso que valeu de uma mágoa além de desperdício.

— Vou ajudar os outros. Tenha cuidado. — Ao ele desistir, olhei de relance seu semblante, ele estava de cabeça baixa como sempre. Respirei fundo, não podia me render assim. Sim, eu fui ruim com ele, mas mesmo assim estamos quites sobre nos termos machucado um ao outro e quem estiver contra isso claramente não nos conhece.

— ESTÁ TUDO BEM PEQUENA? — Ouvi agora um grito de Yeosang lá do convés e olhei para ele, dando um sorriso e assentindo.

— PARA ONDE VAMOS?

— PARA NORTE! — Hongjoong me respondeu e eu assenti, logo vendo Yeosang subir para a parte onde eu estava.

— Está mesmo tudo bem? — Assenti de novo com a cabeça, mas ele não parecia convencido. — Não parece. Ainda é o Wooyoung, certo?

— Você me lembra a Vidente Andrea de vez em quando. — Soltei uma pequena risada mesmo que ele não soubesse quem é. — Eu estou bem Yeo. Apenas tenho de agir como meu coração me manda. Eu estou machucada que nem ele, isso é um facto e contra factos não há argumentos.

— Mas mesmo assim sente medo. Pois ele é sangue do seu pai.

— Bingo. Mas talvez possa só ser um descuido dos meus pensamentos.

— Eu não sei. O que eu conheço do Wooyoung é o que você sabe e todos sabem.

— Eu sei. Por isso que não quero que se preocupem.

— Eu sou o seu melhor amigo. Claro que me vou preocupar. Só não pense que ainda sinto aquele sentimento.

— Yeosang eu vejo na sua face que aceitou que eu não gostava de você e agradeço por isso. Você realmente se tornou muito especial para mim nesse aspeto. E também nos outros todos.

— Tanto cochicho e não trabalha. — Hongjoong comenta se deitando perto de nós e Yeosang revira os olhos.

— Você que quis limpar o convés.

— Lembre-me de nunca mais me dar essa ideia louca, mas é porque acordei bem.

— Isso me deixa feliz. — Comentei.

— Sua presença me deixa feliz. — Eu não sabia lidar com certas frases de Hongjoong, mas mesmo assim sorria boba, claramente ele notava, o que o deixava ainda mais convencido. Este Capitão não tem cura.




X

IRRA QUE NÃO É MEME EU VOLTEI MESMO
Deixei a mesma capa que a mandy fez pois é tudo e então vai ficar sim!🤩👍🏻
Até o próximo e amém que eu voltei!!3

Treasure | kim hongjoong (2.ª temporada) Onde histórias criam vida. Descubra agora