Capítulo 3

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Meus olhos permanecem fixados na porta enquanto eu aguardo alguém abri-la e, alguns segundos depois, vejo a porta se abrir apenas um pouco, pois ela é travada por uma corrente.

Na pequena abertura da porta, vejo um homem ruivo me olhar confuso. Após me analisar por alguns instantes, surpreso, ele questiona:

- (Seu nome), é mesmo você?

- Olá, Thomas. Sim, sou eu. – Sorrio.

Nesse instante, a porta se fecha e eu ouço o som da corrente. Logo em seguida, a porta se abre por completo.

- Meninas! Venham ver quem está aqui!

Eu dou um sorriso e ao pegar minhas malas, entro na casa. Nisso, eu vejo uma mulher loira de franja com um enorme sorriso vir em minha direção e me abraçar com força.

- Quando eu te enviei o endereço, algo me dizia que mais cedo ou mais tarde, você viria.

Lilly diz essas palavras ainda me abraçando e, de repente, sinto mais alguém me abraçar no mesmo tempo que exclama:

- (Seu nome)!

Reconheço a voz da Jessy e sorrio abraçando ela com um dos meus braços.

- Oh, céus... Olha só quem está aqui! – Ouço Cleo falar enquanto ela também se ajunta a nós, formando um abraço triplo em minha volta.

- Estava muito ansiosa para conhecer pessoalmente todos vocês. – Falo enquanto desfazemos o abraço.

- Eu esperei tanto por esse momento, que nem estou acreditando! – Jessy fala ainda surpresa.

- Estou muito feliz em te ver, (seu nome). – Lilly dá um sorriso genuíno.

- Eu também estou! – Cleo começa a falar. – Por que não avisou que viria? Teríamos ao menos arrumado um pouco a casa.

- Eu quis fazer uma surpresa para vocês. – Sorrio olhando em minha volta. – Eu adorei esse lugar.

- Fique a vontade, (seu nome), como se estivesse na sua própria casa.

- Obrigada, Thomas.

- Vem comigo, vou te mostrar o quarto das meninas. Ele é enorme! – Jessy pega na minha mão e começa a me puxar pela casa.

Após subirmos uma escada, Jessy abre uma porta e eu me deparo com um grande e adorável quarto.

- Lilly, Cleo e eu estamos dormindo aqui, enquanto Thomas fica em outro quarto.

- Pobre Thomas, o único homem no meio de tantas mulheres...

- Só por enquanto... – Jessy sorri. – Semana que vem o Dan vai receber alta e vai se juntar a nós.

- Que notícia boa, Jessy! Já estava mesmo na hora dele sair daquele hospital.

- Sim! – O sorriso de Jessy desaparece. – Mas eu só queria que tudo voltasse ao normal...

- Eu também, Jessy... – Me aproximo dela. – Como está a situação do Phil?

- Eu não sei... Eu não conversei mais com o advogado, mas como eu fui marcada e o Richy atacado, acredito que meu irmão logo será solto, já que isso prova que não é ele quem está fazendo essas coisas.

Nesse instante, Thomas entra no quarto com minhas malas e logo em seguida, Lilly e Cleo se aproximam de nós.

- Você não pretende ficar muito tempo conosco, (seu nome)? – Thomas pergunta colocando minhas malas no chão. – Você não trouxe muitas malas.

- Meus planos eram só alguns dias... Só até encontrarmos a Hannah, descobrir o que aconteceu com o Richy e que o verdadeiro culpado ser preso. – Sinto minha voz soar triste e falhada. – Acho que fui otimista demais em acreditar que tudo isso se resolverá em poucos dias...

- Descobrir o que aconteceu com o Richy? Bom... – Jessy começa a falar e faz uma pausa tentando encontrar as palavras certas para continuar. – Você disse que provavelmente ele foi esfaqueado e que você viu sangue sair de sua boca...

- Mas eu não vi quem o atacou. Não ouvi nem o som dos passos de alguém se afastando dele após o ataque.

- O que você quer dizer com isso, (seu nome)? – Cleo me pergunta confusa.

- Que até eu não ver o corpo dele com os meus próprios olhos, eu me recuso acreditar que ele realmente tenha morrido!

- Mas você disse que viu ele agonizar até que tudo ficou em silêncio. – Jessy diz com os olhos cheio de lágrimas.

- Ele pode ter desmaiado naquele momento. – Retruco imediatamente.

- Você está em negação, (seu nome)... – Lilly fala em um tom baixo.

- Não estou! – Respondo no mesmo instante.

- Naquele estado que ele estava, ele precisaria de cuidados médicos urgentemente para não morrer... Então como ele estaria vivo agora, se ele não está em nenhum hospital? – Thomas questiona e me olha.

- Eu não sei! – Grito essas palavras e sinto que lágrimas começam a escorrer pelo meu rosto.

- Ei, fica calma, (seu nome)... Vai ficar tudo bem. – Lilly me abraça, me confortando. – Nós vamos descobrir tudo o que aconteceu.

- Agora que você está conosco, tenho certeza que será ainda mais breve. – Jessy complementa.

- Vocês pretendem ir para Duskwood algum momento? – Questiono.

- Amanhã eu vou ir, pois preciso passar na minha casa pegar mais algumas roupas e alguns eletrodomésticos que estão faltando aqui. – Lilly responde.

- Posso ir com você? – Pergunto. – Eu gostaria de visitar o Dan no hospital.

- Claro! O hospital é a caminho de Duskwood e tenho certeza que o Dan vai ficar surpreso em te ver. – Lilly sorri. – A princípio o Thomas iria me acompanhar, mas já que você quer ir, (seu nome), o Thomas pode ficar aqui com as meninas.

- Por mim tudo bem. – Thomas fala. – Enquanto isso, posso continuar tentando dar um jeito naquele problema com a eletricidade.

- Ótimo! Combinado então! – Lilly sorri.

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