Inspirada na música "Nothing Compares" disponível neste capítulo.
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Expulsou o homem do seu quarto tão logo acordou, frustrado, sentindo a ressaca piorar sua miséria. Não adiantava dormir com tantos quanto fosse capaz em uma semana, não adiantava se embriagar... Nada adiantava, simplesmente porque nada se comparava a ele.
Satoru pegou um cigarro e acendeu, levando aos lábios enquanto andava até a varanda e se apoiava no parapeito, olhando a rua. Odiava o gosto e o cheiro daquela porcaria, mas se entregara ao vício tão logo seu noivo partira, encontrando nisso o consolo de encurtar a própria vida para que logo pudesse estar com seu amado. Dali podia ver a árvore que Suguru plantara no jardim, e ela, que outrora resplandecia e coloria o quintal, agora estava murcha, os galhos secos retorcidos em garras feias que poderiam muito bem cravar o coração de Satoru que ele nem sentiria, porque uma dor muito maior crescia em seu âmago e aquilo que deveria abrandar-se com o tempo apenas parecia se tornar um abismo mais profundo a cada dia que passava.
Não por vontade própria, mas por insistência dos ex-alunos da academia de karatê que lhe eram como filhos, tinha ido ao médico, mas o doutor era só mais um tolo entre tantos que lhe dissera para seguir em frente, fazer coisas para se distrair, superar. Ele não entendia que era impossível para Satoru fazer qualquer coisa, porque nada do que fizesse se comparava a Suguru. Nada que fizesse teria o mesmo sabor que antes, porque Suguru havia partido, havia o abandonado e seguido em frente sem ele.
Satoru sentiu o familiar curso das lágrimas pelas bochechas, mas não se importou em enxugá-las. Quando o cigarro ofereceu um último trago, ele o apagou na cinzeira da sala e se arrastou pela casa até que se jogasse na cama do quarto, determinado a voltar ao seu sono, onde poderia rever Suguru em seus sonhos e lhe contar aquilo que descobriu quando ele havia partido: nada, absolutamente nada neste mundo se compara a você, Suguru Getou.
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Gente eu não sei porque faço isso comigo mesma kkkk sofroh por sofrimento auto-infligido. Nós que lutemos, neah
Até mais, e ouçam a música do capítulo, é bem boa <3
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50 tons de SatoSugu!
أدب الهواةSe 50 tons de cinza é ruim, vamos fazer 50 tons de Azul e Preto e tornar isso bom. [Conjunto de drabbles/double drabbles/minicontos de até 500 palavras inspirado em Mille Feuille, de Ayzu Saki]
