Surpreendentemente o sol estava de rachar.
Quando amanheceu o clima estava perfeito, uma possível chuva de uma nuvem passageira poderia até vir por um acaso. Mas nessa tarde, especificamente na tarde em que o louco resolveu pisar fora de seu forte de proteção no qual estava preso a tanto tempo, o sol deu as caras, forte como nunca. Ao menos alguém ali estava eufórico, e não era Cheng-Gong.
A feira não havia mudado nada desde a última vez, que não fazia tanto tempo assim. A alguns meses ele comprou algumas coisas para ele e suas galinhas sobreviver até que ele decidisse o que realmente queria fazer da vida.
As feiras de Xia-Wang eram conhecidas por ser uma das mais populares entre todos os reinos vizinhos. As pessoas eram alegres, tinham um típico espírito de vendas e acolhimento. Um feirante gritava de um lado, o outro tentava gritar mais alto do outro lado. Mesmo que todos tentem vender mais que os companheiros, fora do trabalho ninguém era realmente adversário do outro.
As crianças corriam de um lado pro outro, geralmente em grupos de 5, enquanto as mães escolhiam frutas em uma barraca, Outras carregavam os filhos no colo, esses se contorcendo e chorando porque queria um brinquedo e as mães não poderiam comprar. Tinha os jovens que também ficavam em grupos pequenos, apenas dando um passeio,tinha pessoas chorando miséria* e implorando para o vendedor baixar o preço dos produtos, e também há os valentões que não importa o local que estejam, vão para o meio da multidão com o intuito de arrumar confusões. Era raramente raro um dia de feira pacífica onde alguma barraca não fosse destruída.
Os pobres comerciantes já conheciam os causadores de confusões, eram sempre beberrões ou indivíduos cobradores dos devedores de dinheiro das famílias ricas com grande status sociais.
Enfim, nada que as pessoas não estejam acostumadas.
Nada que Cheng-Gong não estivesse acostumado, afinal, ele já foi a criança correndo, a criança chorando, o jovem passeando, o vendedor gritado, principalmente a pessoa chorando miséria e o valentão que quebra as barracas, apenas questão de negócios, sendo um general do exército Imperial não importa onde esteja, seu trabalho tem que ser cumprido, mas claro que as barracas quebradas por si foram pagas mais tarde pelo imperador que ainda deu uma festa e convidou todos as pessoas que tiveram seus negócios danificados para comer e beber a noite inteira.
Quando era pequeno, seu pai o levava à feira. Lá ele conhecia outras crianças e saia para brincar enquanto o seu progenitor vendia seus remédios.
Depois de muito correr e bagunçar por aí, seu pai lhe arrastava para junto de si para evitar que ele o dê prejuízo, mais tarde ele agonizava quando via algum brinquedo que chame sua atenção, mesmo sabendo que seu pai não tinha dinheiro para comprar bobagens para ele, ele chorava e esperneava, quando seu pai não suportava mais seu choro e agonia o chamava para me ajudar com as vendas, assim ele se divertia gritando por clientes. As artes da barganha também lhe foram ensinadas pelo seu pai.
Mais tarde quando seu querido pai se foi e ele foi convocado para servir o exército, ele não era ninguém, fazia todo tipo de trabalho, mas por conta do seu desempenho e dedicação não demorou nada para ser promovido e mais breve ainda já era o general do exército Imperial.
Andando preguiçosamente pelas ruas, Cheng-Gong segurava um leque alvo com lírios desenhados em ambos lados e vestia uma túnica negra como a noite, nas barras poucos detalhes de branco em linhas retas, ou trançadas, bem lá embaixo o nome " Li Gong" estava bordado da mesma cor. Sim, essa túnica era velha, de quando ele era o antigo… todo mundo já sabe. Mas ainda estava bem conservada, já que ele passava a maioria do tempo vestindo apenas uma calça de algodão leve folgada.
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Still Hurts ( O Quanto As Lembranças Podem Ser Selvagens?)
Paranormal還很痛/ Hái hěn tòng/ Still Hurts/ Ainda dói-Ainda machucado. Em um mundo dominado por impérios... bem no meio da floresta de um deles existe um louco curandeiro. Por mais que seja o melhor curandeiro do território, Li Cheng-Gong não passa de um maluc...