Um novo acordo - 1° Livro da saga: Meu Destino Irresistível

Capítulo 35

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~ Trent narrando ~

Eu fecho meus olhos apertando-os quando ela me pergunta se estou bem. Meu peito aperta e eu abro eles para encará-la, Alyssa parece genuinamente preocupada.

- Me diga qual o problema Trent?

- Não é nada. - eu desvio o olhar - Estou bem.

- Como pode estar bem com uma cara dessas? Não quer falar sobre isso? Você pode conversar comigo.

Eu me sento na cama encarando seu rosto tingido de preocupação. Olho para minhas mãos, e depois para as suas. As alianças combinando acalmam meu peito.

- Minha ex ligou pra mim.

- Oh...!

- Não acredito que ela ainda tem meu número! Ele é tão insistente.

- E... - Alyssa olha para longe - Ela é bonita?

(Não.)

- Não mais que você...

- O-o quê?

(E-espera! Eu ia falar que não! Ah, droga, estou expondo meus pensamentos.)

- Q-quis dizer que ela não é tão bonita assim. Ela já foi, em algum dia... Mas agora que terminamos ela tem a cara de pau de me ligar toda semana!

- Talvez ela ainda goste de você. Por que não pediu a mão dela?

(Por que ela é uma total idiota.)

- Qualquer coisa seria melhor que isso.

- Essa mulher te deixa desconcertado sabia?

Ela sorri se deitando do seu lado da cama. Alyssa abre os braços com um sorriso tão gentil quanto o da Sam.

- Posso fingir ser sua babá invés de ser sua noiva?

Solto um suspiro cansado, ela se parece com a Sam de tantas maneiras que é até espantoso. Talvez seja isso que eles chamam instinto materno. Ou talvez ela apenas me conheça bem.

Eu me aproximo afundando em seu abraço, ela afaga meu cabelo e eu sinto um cheiro familiar.

- Alyssa está cheirando a rosas de novo.

- Estou?

- Sim. Isso é bom, é nostálgico.

Ela ri e sinto as vibrações da sua risada por todo meu corpo. Seus dedos penteiam meu cabelo, seu braço fica em volta dos meus ombros em um aperto consolador.

Ela cantarola uma canção lenta e calmante, sinto minha cabeça parar de doer e meus olhos ficam pesados. Tudo a minha volta desaparece e eu sou tomado por um sonho pacífico.

[...]

Resmungo ao sentir a luz do sol contra minhas pálpebras. Eu afundo meu rosto em algo quente e macio, isso tampa toda a claridade então eu escuto batidas. Elas soam contra meu rosto e na minha nuca.

Eu me levanto minimamente e vejo Alyssa dormindo, sua respiração calmante soprando perto de minha orelha e fazendo seu peito subir e descer. Aliás, eu estou com a cabeça deitada em seus peitos.

Suas mãos ainda estão em meus cabelos, mesmo que não os acariciem. Seu braço ainda esta em volta dos meus ombros, mesmo que o aperto não esteja forte como estava ontem. A única diferença é que agora quem está acordado sou eu e não ela.

(Não acredito que fiz isso. Eu sou um idiota!)

Levanto-me sem acordá-la e vou até o banheiro fazer minha higiene matinal. Lavo o rosto com água gelada com algumas lembranças de ontem noite voltando. Penso nas palavras que disse e em como fui sincero ao contar de Lans.