Um novo acordo - 1° Livro da saga: Meu Destino Irresistível

Capítulo 66

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~ Alyssa narrando ~

A primeira parte está pronta, bem, talvez eu tenha exagerado um pouco na distração. Não demora muito para que três caras me rodeiam. Apenas um deles está forte, como se tivesse comido bem por semanas.

Seus companheiros mal sabem segurar uma faca, sacar uma arma, ou dar um tiro sem dar cinco passos para trás e cair de bunda. Eu reviro os olhos esperando mais uma investida entediante deles.

- Vamos lá. - digo - Venham me pegar logo!

O primeiro é um homem alto com braços longos e finos. - ele parece uma aranha - Penso enquanto desvio de seus ataques, ele está usando um soco-inglês e quando acerta meu rosto sangue espirra da minha boca.

Levando o olhar para encarar seu rosto, então me abaixo e dou uma cotovelada em seu abdômen. O homem se curva dando alguns passos para trás, o mais robusto me olha desacreditado. Então ele vem em minha direção.

(Você parece um rinoceronte.)

Ele agarra minha cintura e me empurra contra a parede. Eu soco seu rosto, mas ele continua firme. Estou ficando irritada, isso não é bom moço. Ele me bate novamente contra a parede e eu caio no chão.

- Ohh, parece que a princesa ficou cansad-

Corto suas palavras pegando a faca de sua bota e perfurando sua panturrilha. Ele cai de joelhos segurando o machucado e eu a tiro, sangue espirra para todo lado. Então a cravo bem ao lado de sua garganta, uma linha fina vermelha se formando.

Levanto meu olhar para o outro homem, esse está parado. As mãos tremem enquanto ele hesitantemente a aponta em minha direção. Eu bufo, então me levanto e a pego de sua mão apontando para seu pescoço. O homem estremece e dá um passo para trás.

- Vá embora e leve seus amigos com você.

Ele dá um pulo, então acena com a cabeça.

(Você parece um gato antes do banho.)

Então o mais magro deles se levanta, os dois passam os braços em volta do homem que esfaqueei. Eu limpo o sangue do meu queixo e lambo meus lábios, o gosto metálico de sangue na minha boca.

De longe eu vejo Alex mancando pelas sombras, eu tenho que encontrar Jason para me assegurar que ele vai sair daqui seguro. - Força, você consegue Alex! - pego a arma jogada no chão e olho quantas balas tem.

- É o suficiente.

Volto a procurar Jason, tudo está uma bagunça. Todos estão desesperados. Eu me escondo quando uma grande quantidade de seguranças passam. A medida que eles se afastam do meu esconderijo eu rastejo para o lado de fora.

Então uma mão agarra meu cabelo, a mesma mão que me arrasta pelo chão e me joga contra a parede, segurando meus pulsos acima da minha cabeça. Pisco para focar a visão e vejo Jason a minha frente.

- Sua vadia, pensou que podia fugir de mim? - seu hálito fede a álcool - Se estava pensando nisso está errada.

- Me solte seu imundo.

- Qual é a dessa atitude? Não gosta mais de mim? Pensei que éramos amigos?

- Se estava pensando nisso, está errado. - uso suas palavras contra ele mesmo.

Jason solta meus pulsos e dá um tapa em meu rosto, bem onde o soco-inglês bateu. Minha bochecha arde, meus olhos estão começando a ficar marejados e minhas mãos tremem quando eu a levo até minhas costas.

(Não quero matar você.)

Ele se afasta bagunçando os cabelos descoloridos com as mãos. Batendo o pé no chão freneticamente. Ele está irritado, e se você consegue irritar uma pessoa você consegue manipular essa pessoa. Afasto minha mão da arma.

- Jason, Jason... - eu murmuro cantarolando seu nome - Posso te fazer uma proposta?

- Que proposta Aly?

- Se você deixar Maelle, eu e você podemos sumir no mapa e irmos para uma ilha. - eu dou a volta ficando a sua frente - Sozinhos. Do jeito que você queria.

- Está falando sério?

- Já estive mais lúcida em alguns dias... Mas estou seria em sumir com você.

- Isso é muit-

- ... Bom? - ponho minha arma em sua barriga sorrindo quando ele se aproxima - Coloque suas mãos onde eu possa ver.

- O quê...?

- Não me faça repetir duas vezes, coloque-as onde eu possa ver!

Ele as sobe lentamente até a cabeça, então eu o viro para ficar de costas para mim. Jason deixa suas mãos ali enquanto eu o guio pelo edifício, seu rosto está refletido em um espelho no final do corredor. Algo brilha em sua cintura.

Então não tão inesperadamente ele se vira, jogando minha arma no chão e passando uma lâmina fina e bem afiada em minha bochecha. O corte arranca um grunhido de dor meu e eu me curvo com a mão no rosto.

Jason está com um sorriso presunçoso no rosto, quando agarra meu cabelo e bate minha cabeça contra a porta do meu antigo quarto. Duas vezes. Respingos vermelhos tingem a madeira quando eu dificilmente me viro para encará-lo.

Com uma rasteira um pouco mal planejada ele cai no chão. Estou zonza, muitas coisas girando ao meu redor. Mas mesmo assim eu subo em cima dele, minhas coxas perto de seu rosto desesperando.

O mesmo rosto que eu estapeio até minhas mãos começarem a arder.

Lágrimas descem, me sinto traída e desta vez elas são verdadeiras. Eu saio de cima dele o arrastando até no quarto. Arranco a bandana de sua cabeça e amarro um dos seus pulsos na cama.

- Pode-se dizer que, na hora em que cheguei, já estava tudo decidido... - eu verifico quantas balas tem no cartucho novamente - Mas dessa vez, tanto eu quanto você podemos mudar as direções.

- A-aly! - ele fecha os olhos.

- Bang.

Sussurro quando uma bala acerta a parede acima de sua cabeça. Fazendo um furo e fumaça se dissipando de onde ela saiu e de onde ela acertou. Abaixo-me a sua frente, colocando a arma em suas mãos com um olhar firme.

- Eu não queria ter que fazer isso. - balbucio erguendo seu queixo - Mas você foi péssimo comigo, aqui dentro tem uma bala. Use-a com sabedoria.

- Quer que eu me mate?

- Eu não quero nada vindo de você, um tiro muito menos, mas se quer acabar com a sua vida fique a vontade.

Levanto-me deixando-o com minhas palavras, arranco o molho de chaves do seu cinto e saio trancando a porta em seguida. Deixo a chave nela enquanto procuro por ela, tenho que acertar algumas coisas com aquela monstra.

Continua

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