2 - Nunca sair...

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10 anos depois

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10 anos depois...

O despertador marcava às sete da manhã, e Taehyung não poderia ter acordado mais animado. Afinal, faltavam 17 horas para completar os seus 18 anos.

— É AMANHÃ! — Taehyung salta da cama, tropeçando no edredom e dando de cara no chão.Geme, colocando a mão na testa e se sentando no chão. Vira o rosto e observa seu gato o reprovar com o olhar.

— Suran, não me olhe com essa cara. Me sinto estúpido. — O gato mia em resposta e o loiro volta a se levantar.

Corre até o banheiro, se encara no espelho meio rachado e sorri. Os cabelos longos e loiros iam até seu maxilar, fazendo pequenos cachinhos na ponta. Os olhos castanhos ficam mais claros pela pequena brecha de luz que saía de uma parte do telhado, deixando a pele clara parecer muito mais branca.

— Será que devo cortar meu cabelo? Ele está muito grande. — Faz uma careta enquanto mexia em algumas mechas.

A gatinha branca com algumas manchas laranja pula na bancada, arranhando a mão do loiro.— Ai, SURAN! Ok, eu não vou cortar. — Resmunga e a gata vira o rosto com um certo ar de superioridade, o que fez com que o Kim revirasse os olhos.

O Kim mordisca os lábios, pensativo. Leva a mão até o bolso de sua calça moletom e retira de lá um papel antigo, amarelado e com aquele cheirinho de papel velho. A gatinha se aproxima e lambe a mão do outro para chamar sua atenção, e ele ri.

— Eu tenho que tentar pedir, Suran. Pode ser que ele deixe. Eu li que aqui na Coreia eu já sou uma pessoa grande. Como o papai, então, eu posso decidir o que eu quero, certo? — A gata mia.

O barulho de ferro se batendo indicava a chegada de alguém, provavelmente seu pai. Taehyung guarda o papel no bolso e prende os cabelos, deixando alguns fiosinhos soltos. Abriu um sorriso largo e pegou a gata no colo.

— Ele chegou. Vamos lá! Eu consigo! — A gata miou várias vezes, com certeza desaprovando aquilo.

Ele sabia que muitos pensam que era só uma gata normal, um animal irracional, mas ele sentia que ela realmente o entendesse. Ela foi sua única companhia de anos, havia ganhado ela de aniversário de 10 anos.

Desceu às escadas de forma apressada. De uns anos até aquele, quanto mais Taehyung crescia, seu pai subia mais a casa, assim como a cerca. Ele dizia que eram só mudanças, mas ele sabia que era porque seu pai não confiava em si, e que aquilo tudo era para ele não fugir.

— Papai! — Taehyung pulou em cima do homem, e a gatinha mia por estar sendo apertada.

— Vamos espremer a Suran, Tae Tae! — O homem ri, e Taehyung solta a gata, que correu para sua casinha na sala.

— Você veio mais cedo, então quer dizer que...

— Desculpa, meu filho. Mas não. Eu só vim buscar umas coisas, voltarei apenas no domingo. — Taehyung desmancha o sorriso.

— Você nunca vai parar com isso? Isso é tortura. Não me olhe assim. — O homem cobre os olhos para não ver os olhinhos tristes.

Taehyung sorri nasalmente.

— Tudo bem, papai. É só mais um aniversário que não passa comigo. Eu me acostumei a não ter você aqui comigo. — Se senta no sofá atrás de si.

— Yah, Taehyung-ah, me desculpe mesmo. — O homem vai se aproximando para sentar ao lado do filho. — Olha... eu--

— Cadê o meu presente? — Pergunta do nada e o homem franze o cenho.

— Ué, a tristeza passou assim rápido? E do que está falando? Presente? Seu aniversário não foi ano passado? — Taehyung ri, negando com a cabeça.

— Essa é a graça do aniversário, é um evento anual. — O homem coça a nuca. — Meu aniversário é amanhã, vou fazer dezenove anos.

— Nossa, já? Como passa rápido... — O homem suspira. — Me desculpa, Meu pequeno. Eu Esqueci.

— Não tem problema! Eu já sei o que eu quero. — O Kim se acomoda de frente para seu pai, animado, retirando o papel do bolso. — Quero ir a Banpo!

Ye-ju pega o papel e encara com o cenho franzido.

— Onde conseguiu isso?

— É muito mágico, appa. Olha as luzes e as cores. Eu quero muito conhecer. O senhor poderia me levar lá. Por favor, eu prometo ficar juntinho do senhor e não falar com ninguém.

— Eu não tenho tempo. — Entrega o papel ao garoto, se levantando com semblante sério.

— Mas appa, olha, eu andei pesquisando e...

— EU JÁ FALEI QUE VOCÊ NÃO VAI SAIR DAQUI! VOCÊ NÃO ENTENDE? NUNCA! — Grita e Taehyung se encolhe no sofá, e a gatinha sobe no seu colo e rosna para o delegado.

Yeju suspira e vai até seu escritório, no porão, e volta em questão de segundos.

Taehyung permaneceu estático, com os olhos arregalados cheios de lágrimas, ainda assimilando.

— Taehyung...

— Então pode ser apenas folha. — Falou baixo.

— O quê?

— As minhas acabaram. Meu presente. Eu quero que sejam mais folhas, e me desculpe pedir isso de novo. Eu devia imaginar que você reagiria assim. — O garoto fala com a voz com baixos soluços. Yeju se aproxima novamente para abraçar o adolescente.

— Me desculpe, meu filho. Eu não queria gritar com você. Mas você não entende, isso é para seu bem. Não quero que aconteça o mesmo que aconteceu com sua mãe.

Taehyung não segurou as lágrimas, chorou até não aguentar mais.

— Eu voltarei no domingo com as folhas, okay? — Taehyung assentiu, sentindo o beijo na sua testa.

Dessa vez, diferente de todas as outras vezes, ele não acompanhou seu pai até a porta. Preferiu ficar no seu quarto, observando lá de cima seu pai se distanciar.

— Você tinha razão, Suhan. — Os olhos se marejaram mais e a gatinha sentia a tristeza do seu dono, se esfregando no rosto dele.

Eu nunca vou sair daqui.

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Olá!

O quê estão achando ? Não esqueçam de interagir, assim eu consigo ter uma ideia de que estão gostando ou não. 

eu tinha me baseado na idade coreana ,então, no caso, o Taehyung tem 17 anos na idade internacional. vai fazer 18 , mas na idade coreana ele tem 18 e vai fazer 19. 

Ainda não está muito emocionante , mas vai ficar hehe

Bom , é isso. Beijão e até o próximo capítulo!

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