Capítulo 12 - Trabalhos & Beijos

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França no ano de 2000.

Uarrgh! Meu deus do céu, eu preciso trabalhar e lavar as roupas do chefe.

Como eu queria ter dinheiro fácil, as coisas iam melhorar em tudo, até no nascimento do meu bebê.

Esqueci, quando eu ter 2/3 meses de gravidez, preciso verificar o sexo do bebê para comprar as coisas.

Arrumo o quarto e tranco a porta em seguida, descendo as escadas humildemente e calmamente para não fazer barulhos que acordem os dois.

— Já acordada, Sophie? Bom dia! - disse o Yohan estando atrás de mim me fazendo tropeçar para trás.

Yohan Martin me pega para eu não acabar caindo apoiando suas mãos em meus ombros e me segurando.

— Puxa! Tomei um susto. Mas obrigada por ter me segurando para não cair. Deve ser para não quebrar o chão caríssimo, não é? - pergunto a ele envergonhada.

— Não, imagina! - dá pequenas risadinhas. - É que não quero que você se machuque, eu me importo com todos, com você também.

Nessa mesma hora, fico encantada com ele dizendo isso. Ele se importa comigo, que coisa fofa!

— Bem, obrigada por isso! Agora vou lavar as roupas do senhor, ok? Já estou indo.

— É... Sophie! Antes, poderia fazer mais daquele café, biscoitos e pães de queijo? Eu adorei todos eles. - disse ele, interrompendo o meu trabalho com assuntos de comida.

— Claro. Eu faço sim. Aliás, cadê sua esposa? - pergunto a ele.

— Ela sai todas as manhãs para ir a academia, depois ela vai para a aula de dança que está fazendo. Só volta às 15h. - ele responde me dando satisfações completas da esposa.

— Entendo. Bom, vamos lá tomar o café. Venha, se quiser. - digo a ele, fazendo movimento com a mão para ele me acompanhar.

Pego apenas um prato e faço as coisas que ele me pediu.

— E seu relacionamento? — pergunto a ele super curiosa.

— Não está nada bem. Como você escutou, ontem brigamos. — disse.

— Porém, vou te fazer algum de meus biscoitos deliciosos! — digo a ele sorrindo com a idéia de agradá-lo.

— Parede ótimo! Talvez possa me acalmar. — disse Yohan, aliviado.

Preparo os biscoitos, pães e chá para o meu chefe. Então, entrego a pequena refeição para ele.

— Gostou, Yohan? Posso fazer mais, se quiser. — eu digo segurando um pano branco depois de ter lavado a mão.

— Se eu gostei? — levanta uma das sobrancelhas e com uma expressão séria. — Eu adorei! Puxa! Isto daqui está maravilhoso. Obrigado. — disse.

Uau! Que bom que você gostou, fico muito feliz com isso. — viro a cabeça para o lado esquerdo e sorrio.

Eu amo quando alguém fica feliz com uma refeição minha, porque assim, posso melhorar o dia de alguém.

Eu também fico feliz de estar na companhia de Yohan Martin. Eu sinceramente achei que ele seria aqueles "caras ricos", que são desumildes.

Aliás, quem é desumilde é a própria esposa dele: Isabel.

Mas eu me importo com ela? Talvez. Pois se ela tiver uma amargura no coração, é talvez seja alguma tristeza que ela tem.

Mesmo com o 1° dia de trabalho, eu posso perdoar. Afinal, todos merecem uma segunda chance nessa vida.

— Obrigado pelo café da manhã, Sophie. Agradeço de verdade! Você é fera na cozinha. Isso me surpreende! — disse ele com alguns restos e farelos de biscoitos na boca.

— De nada, Yohan! Fico feliz que gostou. — digo a ele.

Pego os pratos e os deixo na pia, pois eu precisava ir ao banheiro.

Yohan se deu de encontro comigo, ele ia para a cozinha e eu ia para o banheiro. Eu e ele nos encontramos de forma "invertida", e acabou rolando um clima...

Nossos rostos se colaram e paralisaram totalmente, como se tudo estivesse em movimento, mas nós não.

Ele conseguiu sentir minha respiração ofegante e eu consegui sentir a pouca respiração dele.

"Aquele momento" acabou surgindo em nossos encontros e...

Nos beijamos.

Eu não sabia o que pensar, afinal já era quase o horário da esposa dele chegar. Tive medo dessa situação, mas, continuei o beijando. Talvez eu pudesse acalmá-lo depois de tanta mágoa com a esposa.

— Você gostou? — perguntou ele terminando o beijo com alguns selinhos.

— S-sim. — fico totalmente corada e com vergonha, e até gaguejei.

— Tá corada? Que linda! — ele diz, me deixando com mais vergonha ainda.

— Desculpa, senhor Yohan pelo incômodo. Garanto que isso não vai mais ocorrer. — eu digo a ele totalmente envergonhada do meu trabalho profissional.

— Mas quem disse que o nosso beijo, foi um incômodo? Eu toparia mais. — disse ele com um pequeno sorriso malicioso.

Nessa hora, percebi que meu emprego como empregada, iriam talvez ser mais aventureiros.

Por Trás do Espelho Onde histórias criam vida. Descubra agora