Capítulo 17 - Morte suspeita

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O que será que Yohan quer agora de mim? Eu apenas quero uma coisa: Dormir em paz. Será que isso é possível?

Caminho em direção a voz gritante de Yohan e me dou de cara com ele olhando fixamente para os Girassóis e Lírios que eu havia plantado.

— Eles cresceram rápido! — encantou-se com a beleza de belas flores que estavam crescendo.

— É. Flores são assim mesmo, elas crescem, mas primeiro, precisam descansar muito. — indireto o que eu disse para ver se ele consegue se tocar com o que eu queria.

— Pois é. Eu estou encantado com seu trabalho como jardineira. Devia fazer isso algum dia! — disse me recomendando novos cargos.

Acontece que eu não gosto desse trabalho.

— Quem sabe um dia, né? — digo com um falso sorriso.

— Bem, eu preciso dormir. Não me chame para nada, por favor! Eu estou super cansada. — clareio a situação para ele ver se entende o que eu precisava.

— Tudo bem! Você poderia ter falado isso antes. — disse com a maior lerdeza.

— Mas eu avi... — bato a palma da minha mão em minha cabeça. Quer saber? Eu preciso ir. Até logo! — encerro a conversa antes que eu pudesse me estressar ainda mais.

Me viro de costas e vou subindo as escadas longas que Yohan tem, me cansava de subir todos os degraus.

Finalmente posso ver a minha melhor amiga: Cama. Eu só queria passar horas deitada nela, até o fim do mundo chegar.

Ansiosamente, corro para a cama sem pensar duas vezes e posso bocejar e me esticar em paz.

Yohan é super carente, as vezes penso que ele vai ser muito apegado a mim, ou a meu bebê. Tão apegado, que não vai ficar sem a gente por pelo menos dois segundos.

Talvez ele seja assim, por causa de Isabel. Droga! Yohan é legal, simpático... Mas, eu não procurava alguém exatamente como ele.

Se eu pudesse, eu gostaria de ter o Jack de volta. Ele era misterioso, sossegado e quieto na dele. Eu não sabia o que se passava na mente dele, mas coisas boas eu sei que não era.

Eu preciso parar de pensar. Vou dormir que é muito melhor nesse exato momento! Estou morta de tanto sono acumulado que ficou em meu corpo.

[...]

Noite em Paris, 2000.

— Acorda, Sophie. Vamos jantar! Preparei um prato delicioso para você. — entrou sorridente no quarto enquanto eu estava deitada em minha cama.

— Yohan? Ahn? Como que tá de noite? Eu dormi tanto assim? — ainda deitada faço perguntas para Yohan.

— Puxa, Soph! Quantas perguntas para eu responder... Mas sim, está de noite e você dormiu muito. — respondeu com clareza e rindo da situação.

Soph? É sério? Ninguém nunca me deu esse apelido, nem mesmo meus pais.

— Entendi. Mas mesmo assim, ainda estou cansada. — resmungo a ele e dou de costas para dormir novamente.

— Deve ser por causa do nosso bebê. É normal isso! — palpitou Yohan.

Sério? Não me diga.

Aham. Depois eu desço lá embaixo para comer! Eu preciso assistir um pouco de televisão agora. — procrastino a vontade de ir jantar e digo.

— Bom, eu preparei um Spaghetti com molho de tomate especial para comermos hoje. Você que escolhe! — disse me deixando com vontade imensa de comer e devorar tudo que vejo.

— Certo. Estarei indo. Desça primeiro as escadas e vou logo em seguida. — digo para me livrar dele por alguns segundos.

Ele é legal, tadinho. Eu acho que eu esteja sendo "malvada" demais! Não tenho culpa, acordei de mal humor hoje.

— Tá bom, Querida. Vou te esperar. — fecha a porta e caminha sobre seu chão de madeira que fazia certos barulhos irritantes.

Acho que vou ter que ir comer mesmo. Melhor eu ir logo, antes que ele volte.

Levanto de minha cama e dobro alguns cobertores e lençóis, guardando debaixo da cama já que era cama box.

Apago as luzes do quarto, fecho a porta e sigo para a cozinha.

— Aqui estou! — digo chegando de surpresa na cozinha com os braços abertos.

— Parece delicioso esse prato. — palpito com a vontade de "atacar" este delicioso prato de Spaghetti.

— Sim! Este prato é para você mesma, minha linda. — disse entregando o prato em minhas mãos, brevemente sento em uma cadeira e começo a comer.

— Querido, poderia ligar a televisão? Gostaria de assistir um pouco. — pergunto a ele enquanto eu como.

— Claro que sim, amor. — respondeu, caminhando até a sala de estar para ligar a televisão.

Eu confesso que a comida que ele me preparou estava muito boa. Meu humor havia passado um pouco.

A televisão estava ligada e logo me viro para ver, já que havia terminado meu prato de comida, resolvo me sentar no sofá para assistir.

Vejo que estava passando jornal com a notícia de uma morte de alguém, parece que na televisão só passa essas coisas.

"Atenção! Vizinhos que moram perto de onde pode ter acontecido o ato, disseram que ouviram barulhos de passos longos e fortes. Afirmam que no dia do enforcamento dos rapazes da máfia, antes de morrerem, vizinhos escutam pessoas correndo. Tentamos acessar algumas outras casas e perguntar se ouviram algo, mas infelizmente não soub..." — televisão desliga.

Chega de notícias ruins por hoje.

Por Trás do Espelho Onde histórias criam vida. Descubra agora