— É linda! — disse a mais nova mamãe carregando sua filha em seu colo encobertada de sangue.
Sarah Brown.
A mais nova menina Sarah possuía os olhos azuis e brilhantes. Ela era perfeita para sua mamãe francesa: Sophie Brown.
Será que Yohan vai gostar do novo nome?
— Senhora, seu marido está entrando no quarto para ver a bebê. Já decidiu um nome para ela? — perguntou a enfermeira com alguns documentos em suas mãos.
— Sim! O nome dela é Sarah. Pode deixar Yohan entrar sim. — disse carregando sua filha em seu colo.
Porém, minha filha não é filha do Yohan. Ela é minha e do Jack! Não consigo vê-la como filha de Yohan.
Com todos esses meses, não consigo falar a verdade para ele, muito menos para Sarah quando ela estiver crescidinha.
— Amor! Tá tudo bem? Nossa filha é linda. - desesperou-se Yohan entrando no quarto onde eu estava.
— Posso pegar ela um pouco? Minha primeira bebezinha... — disse estendendo suas mãos para carregar Sarah.
— No momento não pode pegar, Papai. Teremos que fazer uma limpeza nela e enrolar ela em um cobertor. — interrompeu a enfermeira tirando minha filha de meus braços.
— Ok, enfermeira! Obrigada mesmo pela atenção. — disse agradecendo pela recepção e ajuda.
Enfermeira tirou minha filha de meus braços e naquele momento, pude sentir a dor de sair aquele rostinho lindo do meu campo de visão... Percebo que sou carente em questão a minha filha.
— Aqui está a Sarah, mamãe! — disse a enfermeira entregando minha filha novamente em meus braços.
Sarah estava quentinha em um cobertor rosa e felpudo, e pude ver o olhar dela tão brilhante...
Eu tenho certeza, de que minha filha será meu orgulho! Livre desses caos que acontecem nessa cidade.
— Amor, o que acha de me deixar segurar a Sarah por um momento? Não peguei ela ainda. — perguntou Yohan se oferecendo para ficar com Sarah em seu colo.
Revirei os olhos, não querendo que ele ficasse com a Pequena Sarah, mas, como o "pai" dela, tive que entregar.
— Aqui está! Segure com cuidado. — digo entregando Sarah nas mãos de Yohan cuidadosamente.
Pude ver o minúsculo suor caindo de minha testa, pois me deparei com a cena de que: Yohan não sabia segurar recém-nascidos em seu colo. Simples!
Meu medo atravessou as paredes quando vi ele segurando minha filha de qualquer jeito, sem um pingo de medo e aflição. Ele quase deixou a Sarah cair no chão!
— Cuidado, seu tonto! — reclamo e aborreço pegando Sarah novamente e não desgrudando mais dela.
Ainda tínhamos que ficar naquele quarto de hospital, mas o ótimo é que a sala era individual! Não havia pessoas do nosso lado, pude me tranquilizar.
Mas ainda sim, me estresso com a atitude e a burrice de Yohan!
Como é que ele ainda não sabe simplesmente segurar uma criança no colo? Eu já segurei o filho da minha amiga!
— Por que você não sabe segurar bebês no colo? Quase deixou a Sarah cair no chão. — pergunto enquanto balanço Sarah em meu colo.
— Porque nunca segurei um bebê em toda a minha vida. E por isso, não sei como segurar da maneira correta. — respondeu envergonhado com sua própria burrice.
Não! Não está tudo bem! Eu carrego essa criança por nove meses, aguentando contrações e vários tipos de sintomas, para ele fazer isso em seguida?
— Ok. Era para você ter me avisado antes! Quando não souber segurar ou fazer algo, não se atreva a fazer! Nunca se mostre confiante demais, sendo que você mesmo sabe que vai dar errado. — ensino a ele com o tom mais agressivo que pude aderir naquele momento.
É sério que eu parecia a mãe dele? Ridículo! Devo estar passando vergonha, mas quem liga? Eu não ligo!
— Mamãe, você recebeu alta! Parabéns mais uma vez pela sua filha. E se precisar de algo como: Vacinas, medicação, auto-ajuda, atendimento... É só você ligar no nosso telefone, tudo bem? Mas enquanto a tudo, pode arrumar suas coisas e ir com sua filha. O cobertor, fica pra você mesmo! — disse a enfermeira interrompendo o assunto entre Yohan e eu.
— Obrigada por tudo! Inclusive pelo nascimento de Sarah.
Sarah Brown com muita certeza, vai nascer uma ótima garotinha! Vai ser o meu maior orgulho de todos os tempos.
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Por Trás do Espelho
Misterio / SuspensoPLÁGIO É CRIME, LEI 9.610, DO ANO DE 1998. Segundo o Código Penal (artigo 184), o plagiador está sujeito a multa e até a detenção, de três meses a um ano. (Não aceito inspirações, créditos e muito menos plágio. Tenha sua criatividade). A História co...