Intimidade.

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Entramos no chalé e me joguei na cama de Jon, colocando as mãos na cabeça. Minhas lágrimas ainda caem e agora elas são de enorme raiva. Dylan se sentou ao meu lado e me abraçou forte.

- Se quiser eu vou lá e acabo de quebrar a cara desse filho da puta - Dylan disse, ainda com raiva.

– Brian. – Suspirei, me soltando do abraço de Dylan que estava me olhando sem entender. – Era meu namorado. Ele também fez isso – Engoli em seco, tentando segurar a vontade de chorar mais. – Ninguém sabe disso, nem Ash, por isso ela falou sobre ele no jogo aquele dia, ela não faz nem ideia. Nunca quis contar pra ninguém porque sei que daria problema pra ele.

– O que ele fez com você? – Dylan indagou. – Você era namorada dele então...

– Eu não queria perder a virgindade porque não me sentia preparada – Disse, o interrompendo – Brian tentou forçar, eu não quis e ele se exaltou um pouco, me disse coisas péssimas sobre meu corpo, talvez por isso eu tenha essa insegurança toda.

– Nada disso vai acontecer mais, tá bom? – Dylan levou seu polegar até meu rosto, limpando algumas lágrimas que insistiam em cair. Assenti. – Se eu pudesse mudar isso Maeva...nossa.

– Não, tudo bem. Eu já superei, por mais que ainda seja difícil lembrar, antes doía muito mais. Isso que aconteceu hoje só me deu gatilho pra lembrar.

– Tudo bem mesmo? – Dylan indagou.

– Sim. – Respondi, determinada. – Viu que Ash beijou o Jon???

– Não. Acredito. – Dylan se surpreendeu colocando a mão na boca– Jon tava inseguro com isso e eu mandando ele chegar logo nela.

– Ela que puxou, menina de atitude – Gargalhei. – Eu que ensinei.

– Uhum...– Dylan sorriu. – O que foi aquilo hoje mais cedo que ela disse pra ficarmos hoje na fest ...

– Tive que contar pra ela. – O interrompi. – Sério, tava uma chatisse insistindo. Mas o Jon não sabe.

– Não tá na hora de contar pra ele também? – Dylan brincou com as sobrancelhas.

– Não sei – Sorri– Talvez...mas poxa, tô gostando de esconder.

– É sempre melhor – Dylan sorriu de canto. – Deixa ele saber depois.

– Eu concordo. – Sorri. Tirei meus sapatos que estavam apertando meu pé e acabei de me deitar na cama. Dylan tirou sua camisa e seu tênis e se juntou a mim, se deitando ao meu lado. Golpe baixo Dylan Miller, que ódio. – Então é isso?

– Isso o que? – Dylan indagou, fixando seu olhar ao meu.

– Sei lá – Deixei um sorriso leve escapar. – Nós estamos criando uma intimidade grande. Cuidado para não se apaixonar pela minha beleza.

– Eu não tenho medo disso – Dylan liberou um riso nasal. – Você tem?

– Tenho. – Engoli em seco. – Você mora em Nova York, eu em São Paulo. São quilômetros de distância então espero não me apaixonar por você, obrigada.

– Prometo tentar também. – Dylan sorriu, me depositando um selinho e fazendo carinho no meu braço. O puxei para um beijo demorado antes que essa conversa fosse para outro lado. Se não fosse a distância eu não teria medo algum de acabar me apaixonando por esse homem, de verdade. Mas relacionamentos a distância são complicados e quase nunca dão certo, e se ele conhecer alguém melhor que eu? Nem vou ficar sabendo. Tudo bem que Dylan não parece ser do tipo que me deixaria assim mas...Fui interrompida dos meus pensamentos sobre se apaixonar ou não por Dylan Miller quando percebi que estava em seu colo, suas mãos estavam na minha bunda e eu involuntariamente estava com as mãos em seu abdômen e o beijo bem...bom, vamos dizer que eu já nem respondia por mim mesma nesse momento. Senti Dylan tirar me jaqueta e jogar pro lado, ele parou o beijo e me olhou, buscando confirmação, assenti com um sorriso. – Que tanto de roupa, puta merda.  – Dylan liberou um riso nasal e sem me dar espaço para fala selou nossos lábios novamente. Senti suas mãos geladas levantarem um pouco a minha blusa. Ele me puxou para mais perto segurando forte minha cintura. Meu Deus. Levei uma mão para sua nuca e a outra ainda posicionada no abdômen passeava por ali arranhando de leve. Nossas respirações estavam ofegantes demais. Dylan segurou a barra da minha blusa e levantou um pouco pedindo espaço para tirar, levantei os braços dando passagem. Senti um sorriso safado nos seus lábios, o que me fez sorrir também, parando o beijo por alguns segundos. Dylan segurou minha nuca e depositou beijos no meu pescoço que me fizeram arrepiar todinha.
Escutei algumas vozes e não eram de pessoas desconhecidas. Merda. Jon e Ash.

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