Illicit Affair

sarah's pov

Dia 101 do BBB21. Que loucura saber que ia voltar àquela casa que me trouxe tantas coisas boas e tantas coisas ruins. Acordei no dia seguinte da final com esse sentimento misto de emoções, porém ansiosa para reviver essa loucura pelo menos por um dia. Rever pessoas queridas e com o propósito de deixar tudo resolvido, sem pendências ou rancores estava de pé; não quero levar nada de ruim de ninguém dali. Como Rodolffo sempre falou lá dentro e reafirmou aqui fora pra mim: o que acontece no BBB, fica no BBB, especialmente as brigas ridículas.

Por falar nele, ontem foi incrível vê-lo pela TV, agora com muito orgulho de ver sua felicidade e seu sucesso. Passamos a noite junto com nossos amigos e suas esposas e, confesso, me senti a vontade como há muito não me sentia. As meninas - Wal e Tamy, apesar de termos nos conhecido ontem, me abraçaram e parecia que éramos amigas de anos!

Eu estava me sentindo tão a vontade que até de casal, praticamente, fiquei com Rodolffo no quarto. Eram carinhos sutis, mas que, se alguém olhasse, percebia que tinha alguma coisa ali. Porém, graças a Deus e a todos os santos, só a Tamy comentou perto da gente:

- E aí, casal, o casório sai quando?

Não preciso nem dizer que fiquei vermelha igual um pimentão, mas, assim como Rodolffo, fingimos demência e rimos junto com ela.

Hoje pela manhã, acordei e logo abri meu celular e tinham algumas mensagens no Whatsapp, mas a que abri de primeira foi a dele.

"Sarita, o pessoal vai almoçar junto aqui no restaurante do hotel mesmo, antes de ir pro Projac. Bora lá?" - 11:00

"Ei! Acabei de acordar 🤣 mas vamos siim, vou só me arrumar e chamar o Higor pra descer comigo. Bjs" - 11:30

Assim que mandei a mensagem, avisei o Higor pra gente começar a se arrumar. Não sabia ao certo que horas a van da Globo ia nos pegar no hotel, mas já era bom estar meio preparada. A roupa já estava separada e arrumada para vestir, mas coloquei uma roupa mais leve para ir até o restaurante.

Ao chegar lá, estavam à mesa: Projota, Tamy, Caio, Wal, Iza e Rodolffo. Como Higor e Iza se conheceram na "tour de sp" (como nossos fãs fanfiqueiros começaram a chamar), a mesa foi composta apenas por casais, não tive como fugir. O restaurante foi reservado apenas para os participantes, para que não houvesse tumulto, sendo assim estávamos mais a vontade. Sentei ao lado da Wal, um amor de pessoa que tive o prazer de conhecer ontem, e na frente do Rodolffo. Ele olhava para mim com aquela cara de "eu sei o que você tá pensando, mas não podemos fazer muita coisa aqui" e a verdade era que eu queria mesmo era estar mais próximo dele, com a intimidade que já tínhamos criado.

Nessas olhadas para mim, ele me chamou rapidamente perguntando, sem sair som nenhum de seus lábios, só pra eu mesma entender:

- Tá tudo bem? - com um sorriso carinhoso, querendo mesmo saber se eu estava confortável. Respondi apenas com um sorriso e com a cabeça, assegurando que eu estava bem.

O almoço transcorreu bem e com muitas implicâncias dos outros na mesa por conta de nós dois. Caio e Projota eram os que mais nos zoavam, dizendo que já sabiam que isso iria acontecer uma hora ou outra. A Iza e Higor riam demais e ainda tiveram a audácia de fazer todo mundo reparar que a mesa estava só com casais.

E, nessas zoações todas, apenas uma coisa me tirava o ar e a atenção dos demais: o olhar dele fixo em mim, com aquele sorriso cúmplice de quem sabe como estou me sentindo. Ele só retirava os olhos vez ou outra para prestar atenção em outro assunto, mas sempre voltava para a nossa bolha baseada no olhar mútuo que misturava flerte, carinho e paz. Era bom só olhar para ele, apesar de me dar certo espanto de tudo isso que eu sentia logo, desviava sempre que possível.

Acabamos de almoçar e nos dirigimos ao elevador especial, reservado apenas aos participantes. Fomos subindo de 4 em 4 e, de primeira, fomos eu, Rodolffo, Iza e Higor. Ficamos lado a lado naquele espaço consideravelmente pequeno e enquanto subíamos pude sentir seus dedos esbarrando nos meus de leve, causando uma onda elétrica estranha em meu corpo. Quase chegando em nosso andar, ele une sua mão a minha, apenas com o mindinho e me olha com carinho, como se dissesse um "oi" singelo e carinhoso.

Nos despedimos rapidamente e fomos nos arrumar para logo ir para o Projac e seguir para o Dia 101.