sarah's pov

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Chegamos na casa do tal Canedo, logo avistei a Iza. Que saudade eu tava da energia e do astral dela, é incrível. Cumprimentei todos ali presentes, mas fiquei conversando com ela praticamente a noite toda.

De vez em quando, me pegava olhando ao redor. Lá estava ele. Rindo, bebendo... como fazíamos juntos na casa. Aliás, eu sentia algumas olhadas queimares minhas costas e meu rosto do tanto que ele focava em mim. Num certo momento, Rodolffo vem em minha direção, senta ao meu lado, a Iza pede licença e diz que vai ao banheiro. Ele chega sorrindo com os olhos e com a boca. Com. A. Boca.

- O que foi que você não para de rir de mim? - pergunta Sarah
- Uai, de você não. Pra você. Tô feliz demais da conta por você ter aceitado vir aqui. Sei que fazia tempo que a gente não se via, né?
- É né, agora a gente nessa distância toda, quem aguenta?
- Eu que não - disse Rodolffo.

Nesse instante, eu quase perdi as pernas de tanto que a gravidade me puxava pra baixo. Repetia internamente que aquilo não era nada demais, era só uma conversa entre amigos, certo?

- Cê vem cá comigo rapidin, Sarita?

Chegamos na sala da casa onde rolava a resenha e Rodolffo estava perto demais. Tão perto que podia sentir a respiração, o toque, mesmo sem nem estar me tocando. Que atmosfera é essa?

- E aí, Sarita? Queria conversar com ocê... sozinho
- Uai, sozinho por que? - Eu, de verdade não estava entendendo o motivo, mas começou a fazer muito calor ali - ou será que era coisa da minha cabeça pensante? Enfim, ele riu da minha pergunta, aquela risada que só de ouvir aquecia meu coração, como sempre.
- Ouvi por aí que você me pegaria, que história é essa? - Ele riu, de novo, e eu já não sabia aonde enfiar a minha cara.
- Uai, nunca neguei, fala sério. Se colar, colou, lembra?
- Lembro bem... - Nesse exato instante ele colocou a mão na minha cintura, como fazia quando dançávamos no BBB, mas dessa vez o toque foi diferente. Eu sentia diferente. Era como se encaixasse de novo, mas com um choque bom de realidade, uma conexão real.
- O que cê tá fazendo, Rodolffo?
- Vendo se dá pra colar agora... pode ser?

Logo assim que disse isso, ele se aproximou mais e mais. Sua respiração se unindo à minha num misto de excitação, medo e tesão. Num instante, seus lábios se uniram aos mesmo e o encaixe... o encaixe perfeito, eu diria. Ele beijava meu lábio inferior na tentativa de intensificar mais o beijo. Pediu passagem com a língua e eu, obviamente, dei. Era bom, era como se já tivesse acontecido, era como se tivesse que acontecer.

Terminamos o beijo com um selinho íntimo e natural; Rodolffo olhou pra mim como se perguntasse como eu estava depois daquilo. Achei fofo.

- Se eu soubesse que seria assim teria tentado naquela noite no quarto do líder quando ficamos sozinhos... - ele disse, me dando um selinho logo em seguida. Minhas mãos em sua nuca faziam um carinho gostoso em seu cabelo, parecia certo.
- E as câmeras certamente tornariam tudo mais simples, né lindão? - eu respondi rindo da cara dele.
- É... pensando bem... - ele riu.
- Sabe que eu amo essa sua risada, né? Me faz rir sempre.

Ele me beijou de novo, com mais intensidade dessa vez. Ficamos ali um bom tempo, conversando sobre coisas aleatórias, quando nos demos conta de que estávamos a tempo demais ali e precisávamos socializar um pouco. Quando foi chegando perto de 01h da manhã, minha comunicação com Higor pelo olhar me dizia que já estava na hora de ir. Assim que anunciamos nossa despedida, Rodolffo se prontificou a nos levar de volta ao apartamento.

No caminho para o carro, Higor me dava umas olhadas enquanto eu caminhava ao lado de Rodolffo, conversando com ele. Chegava a ser engraçado as tossidas nada discretas do meu amigo, já sabia que ia ter que dar explicações.

O trajeto da volta foi mais rápido que o da ida e, ao chegarmos, Higor saiu primeiro dizendo que me esperava lá em cima. Num pequeno constrangimento, olhei para Rodolffo e ele para mim, começamos a rir.

- A gente conversa sobre isso? - eu pergunto receosa, mas tranquila porque estar com Rodolffo é assim, uma montanha russa de emoções.
- Ou a gente vê no que dá, Sarita... sem noia, só vivendo, o que cê acha?

Cheguei perto dele, dei um selinho e ele retribuiu, colocando a mão no meu pescoço e fazendo um carinho ali enquanto eu colocava, gentilmente, minha mão no seu antebraço. Assim, me despedi e subi para o apartamento.

No que isso vai dar? Eu não faço a mínima ideia, mas o dia vou perfeito e a noite mais ainda, então vou focar nisso enquanto fofoco tudo pra bonecona que está, com certeza, me esperando ansioso no sofá da sala.

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