♪ - Eu acredito em fadas! Acredito, acredito!

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Estacionei a bicicleta de Namjoon à frente da loja que ele mesmo me indicou

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Estacionei a bicicleta de Namjoon à frente da loja que ele mesmo me indicou. O estabelecimento era pequeno e parecia ter saído de um daqueles filmes de algumas décadas atrás. Havia um jardim bonito na frente — muito parecido com o de Namjoon —, e assim como a maioria das construções ali, também era revestida de azulejos vermelhos em formato de tijolinhos.

Parada na calçada, troquei o celular e os fones de lugar com a caixinha com a fita cassete. Com o aparelho já no bolso da jaqueta, respirei fundo e a segurei o objeto vermelho com às duas mãos.

É. Não tinha mais jeito.

Caminhei até a porta do estabelecimento, e antes que pudesse entrar, vi algo peludo e laranja — muito igual ao meu gato que eu deixei aos cuidados da minha irmã — surgir de dentro das flores coloridas. Ele veio até mim e se esfregou em minha perna, como quem pedia carinho. Me abaixei para o acariciar e sorri meio boba quando ele ronronou baixinho, parecendo agradecer o afago.

Talvez nem todos os gatos do mundo me odiassem, como a pestinha da minha irmã insistia em dizer. Aquilo deveria ser algo pessoal do Yeepe mesmo.

Ele se afastou de mim e seguiu em direção a loja que eu observava pouco tempo antes. O vi passar por uma portinha para animais ao lado da porta e achei aquilo a coisinha mais bonitinha do mundo!

Entrei logo depois, observando o caminho que o bichano fez, mas logo ele sumiu em meio às várias vitrines com muitas e muitas coisas antigas.

Olhei para o alto, ao ouvir o barulho que a porta fez ao esbarrar no sininho lá no alto.

Eu não sabia muito bem sobre mobiliários e decorações, mas arrisco dizer que os objetos, as luminárias, no teto e sob as cômodas, eram misturas de várias épocas e estilos. Apesar de o achar bonito, estava longe do que eu colocaria na minha casa — caso eu tivesse uma —, porque pelo menos na república, uma de suas regras era manter as paredes brancas e sem nada.

Me virei para o outro lado da loja e vi alguns relógios antigos em uma das paredes e em um canto do lugar havia uma sala de estar montada, com poltronas de madeira escura, estofadas de um pano vermelho.

Parei de analisar o ambiente quando notei que não estava sozinha — digo, sem ser pelo gato. Abri mais os olhos surpresa porque sem dificuldade reconheci o mesmo rapaz da bicicleta e de moletom, ainda com seus fones, atrás do balcão de atendimento. Ele segurava duas canetas, uma em cada mão, e se balançava animado no ritmo de alguma música.

Sorri o observando batucar os objetos no ar, como se estivesse tocando bateria. Eu entendia muito bem o que era se entregar a música e se esquecer de haver um mundo real aqui fora.

Mas ele parecia empolgado demais com a música.

Bem mais até do que eu costumava ficar.

Fiquei um tempo o observando, mas ele não pareceu notar minha presença ali nem com a minha aproximação. Pelo contrário, se virou de costas para mim e com as mãos nos fones, continuou no mundinho dele.

yesterday. today. • Park JiminOnde histórias criam vida. Descubra agora