Começo

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Lily's pov

Depois da equipe me atualizar no que encontraram no prédio da minha mãe, aproveitei para trocar de roupa e me equipar.

Ao chegar no armazém do arsenal, peguei na minha lança preta de lâmina dupla, com detalhes em dourado pela sua extensão. Peguei numa pequena mala onde guardei uma lanterna e em duas barras de cereais. Nunca se sabe quando a fome vai atacar.

Ao me virar, levei um susto ao ver o Dante parado na minha frente.

_Porra, que susto!_ coloquei a mão no peito e dei uma risada nervosa.

_Desculpa, não foi a minha intenção_

_Não se preocupe. Está tudo bem?_ perguntei.

_Sim, apenas queria saber como está_ franzi as sobrancelhas. _Você parecia nervosa sobre ir na missão_

Dei um sorriso fraco.

_É, sinceramente nunca gostei da ideia de ir numa missão_ admiti.

_Posso saber porquê?_ ele perguntou, claramente curioso. Encarei o Dante em silêncio por alguns segundos.

_Ah, eu só... Não sei, tenho sempre uma sensação horrível quando penso em ir numa missão. É meio complicado de explicar_

_E tem certeza que quer ir? Tenho certeza que os outros vão entender se não se sentir confortável_ ele afirmou e eu suspirei.

_Eu sei... Mas sinto que essa missão é diferente. E... bom, é a minha mãe que eles estão procurando_ expliquei.

_Entendo. Se te faz sentir mais tranquila, também não estou muito feliz por... bom, por me juntar a essa missão. Mesmo que temporariamente_ ele afirmou e eu dei um pequeno sorriso.

_Vamos pensar positivo. Tenho certeza que vai dar tudo certo_ disse e ele assentiu.

Deixei o Dante sobre a supervisão da Ivete e fui me trocar. Ao sair do box do banheiro, me olhei no espelho. Estava usando um camiseta castanha larga com a estampa de uma borboleta cinza, uma legging preta e um tênis da mesma cor.

Assenti para mim mesma, tentando me transmitir alguma confiança, e saí. Pude ver a Ivete encarando o Dante por cima do balcão que nem um falcão. Acenei para a mesma e fui até ele, o levando de volta para junto da equipe.

[...]

Dante's pov

A sensação de conforto que sentia no momento era impressionante. Finalmente, depois de quase 20 anos, estava novamente com as duas pessoas que considerava a minha família.

Enquanto a equipe discutia os detalhes da missão, eu olhava para a Lily várias vezes. Por algum motivo, até ficava um pouco mais feliz quando ela me olhava de volta e via um pequeno sorriso crescer nos seus lábios finos e rosados. Eu conhecia bem essa sensação, e desejava que não fosse o que aparentava ser. Tinha medo que chegasse onde uma vez chegou.

Nesse instante, um barulho alto chamou a atenção de todos. O Fernando, um homem de pele negra e olhos rosa, simplesmente pegou num copo e bateu com tudo na própria cabeça.

Logo em seguida, o mesmo pegou numa arma e mirou em mim.

Tanto o cara da katana, Joui, quanto a Lily tentaram bloquear o caminho dele, mas o Joui foi logo empurrado e só a Lily conseguiu ficar entre mim e o Fernando, que agora não era o dono do seu corpo.

Fiquei em silêncio enquanto todos tentavam acalmar o cara.

_Luciano, mantém a calma!_ a Lily falou num tom de ordem.

Ordem Paranormal Desconjuração//Universo AlternativoOnde histórias criam vida. Descubra agora