Santa Menefreda

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Lily's pov

Estávamos dentro da van, esperando todos subirem para ir para o Orfanato Santa Menefreda.

O Dante ficou o tempo todo ao meu lado, até quando estava guiando o Arthur até ao orfanato.

No meio do caminho, o carro quebrou e tivemos de parar numa estrada de terra meio familiar.

_Gente, é por aqui_ o Dante falou e eu o encarei, encontrando os seus olhos de diamante.

Ele deu um pequeno sorriso, o qual eu retribui e me virei de novo para o Joui, que nos olhava desconfiado.

A Beatrice falou sobre a Rota do Morro e caminhamos um pouco.

Depois de um tempo, foi possível ver o orfanato iluminado pelos faróis de um caminhão. De dentro do mesmo, algumas silhuetas de ocultistas saíam acompanhadas de várias criaturas.

_O que esses homens estão fazendo num orfanato? Não consigo entender_ o Dante falou do meu lado.

_São ocultistas, algo bom não é de certeza_ comentei, sendo algo bem óbvio para mim.

_Hey, eu sou um ocultista fazendo algo bom_ ele retrucou e eu o encarei, quase esquecendo de novo.

_É. Bom, você é uma exceção_ disse e dei um sorriso ladino.

_Gente, foco_ o Kaiser apareceu no nosso meio do nada, nos encarando do mesmo jeito que o Joui. Desconfiado.

Voltei a observar os ocultistas e foi nesse momento que algo me deixou em choque. Um homem de cabelos negros com uma faixa preta nos olhos entrava no orfanato. ...Gal?

Me levantei e me afastei um pouco, enquanto o choque aos poucos tomava conta de mim. Logo senti a mão do Dante sobre o meu ombro, me virando na sua direção.

_Não é ele Lily, é impossível_ o loiro afirmou.

_Como você sabe?_ questinei, sem tirar os olhos dele.

_Gente, aconteceu algo?_ o Kaiser perguntou ao se virar para trás.

Ambos assentimos que não e fomos para dentro da van, deixando os outros do lado de fora.

Nervosismo atingiu o meu corpo e me sentei, começando a bater repetidamente com o pé no chão. Pensar na possibilidade de o Gal também ter virado um ocultista me deixava mal.

O Dante percebeu isso e se sentou do meu lado, me segurando no ombro.

_Lily, você não pode ficar assim sempre que descobrir que alguém do orfanato virou ocultista_

_Ele parecia muito o Gal..._ falei baixinho.

_Lucie, olha para mim. O Gal pode ser muita coisa, mas uma coisa que ele sempre será é leal com você. E ele lembra que você odeia esse tipo de coisas, não pode ser ele_ o loiro segurou os meus ombros e falou me olhando profundamente.

Eu sempre soube dos cíumes que o Gal e ele tinham um do outro, tudo por mim. Nesse momento parecia que isso não importava mais, ele só queria me ver bem. Ao ponto de dar ao Gal a possibilidade de ele ser bom para mim.

_Gaspar... ele pode não saber que eu estou... sei lá, viva. Até você virou um ocultista_ falei num tom fraco e coloquei a mão na cabeça. No momento, o meu cérebro criava um monte de possibilidades. Mas antes, percebi um outro detalhe. _Espera um minuto. Lucie?_ perguntei com um olhar curioso.

O mesmo ficou tímido e passou a mão nos seus cabelos loiros, com um tom carmim tomando o seu rosto.

_É o hábito. Parece que não o perdi_ o Dante retrucou, soltando uma pequena risada nervosa.

Ordem Paranormal Desconjuração//Universo AlternativoOnde histórias criam vida. Descubra agora