Memórias

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Lily's pov

Parte da equipe já tinha voltado a entrar na casa. No entanto, eu, a Erin, a Beatrice e o Luciano ficamos do lado de fora.

Eu percebi o porquê de a Erin e a Beatrice ficarem. Afinal, estavam instáveis emocionalmente. O Luciano ficou para ser a nossa baby-sitter, garantindo que nenhuma de nós entrava sem aviso.

Mas por que eu fiquei? Ok que eu estava levemente incomodada pela lembrança que a morte do Tristan trouxe. Mas eu conseguia lutar. Eu podia ajudar e eu seguiria o Joui a todo o tempo se fosse necessário. Mas ele insistiu que eu tinha que ficar.

Flashback on

_Por quê que eu não posso ir?!_ perguntei depois do Joui dizer que não podia entrar.

O ginasta virou-se novamente para mim, com um olhar sério.

_Porque sim_

_Joui, eu posso ajudar. Quanto mais gente for, maiores chances vocês vão ter se aquele bicho aparecer_ argumentei, mas ele bateu o pé.

_Lily, você tem que ficar aqui_ o seu tom era autoritário.

Encarei-o, confusa. Ele nunca mandaria em mim daquele jeito, então tinha que ter um motivo. Suspirei e fiquei imóvel, enquanto eles entravam na mansão.

Flashback off

_Oi_ a voz do Luciano afastou aqueles pensamentos. Assenti. _Você está melhor?_ assenti novamente.

Ele ficou meio constrangido pelo silêncio e voltou a afastar-se.

Suspirei, encostando a cabeça na parede da van. Eu não conseguia perceber as atitudes do Joui. Tudo depois daqueles mascarados terem aparecido... Será que eles fizeram algo com ele?

Nem eu nem ele fomos para o tal lugar escuro que o Dante e os outros foram. Eu fiquei inconsciente, apesar de ter ouvido algumas coisas. Hela... Apenas pensar nessa palavra trazia uma sensação terrível, como um demônio que sobe pelas suas costas e te consome pelo caminho.

_Lily_ dessa vez foi a Erin que me tirou dos meus pensamentos. _A gente precisa checar se tem alguma câmera do lado de fora da casa_

Assenti e levantei. Nós os quatro demos a volta na casa, e nada. Depois da Erin passar a informação pela escuta, decidi sentar-me na beira da piscina e fechar os olhos. Deixar que a minha mente ficasse vazia, e apenas aproveitar o vento suave que tocava o meu rosto.

Uma hora passou, até ouvir um assobio vindo de trás. Olhei para o segundo andar da mansão, vendo o Dante na varanda. O mesmo olhou para a Beatrice e para mim, visivelmente preocupado.

O loiro acenou levemente, e eu retribui com um pequeno sorriso. Assim que a sua figura voltou para dentro da casa, voltei a encarar a piscina.

Eventualmente, peguei num papel solto e decidi desenhar. Desenhei o Dante, a Beatrice. E acabei por me ver desenhando o Gal e o Henri.

Os momentos que passei no orfanato vieram como um soco no estômago, e ao mesmo tempo como uma sensação quentinha no peito.

Cresci com essas quatro pessoas, que combinavam tanto quanto o verde combina com o castanho.

Era irônico pensar que agora eu, juntamente com dois desses meus irmãos, lutavam para matar dolorosamente os outros dois. Afinal, sempre cheguei a escolher um lado.

Flashback on

_Luh!_ o Henri veio, com um olhar fulminante. Tinha quase a certeza de quem havia deixado ele assim. _Você devia controlar melhor o seu cachorrinho_

Ordem Paranormal Desconjuração//Universo AlternativoOnde histórias criam vida. Descubra agora