Pedido

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É manhã. Seus olhos se abrem, a vista um pouco embaça até esfrega-lá com as costas da mão. Seu primeiro pensamento ao acorda foi o seu mesmo de antes de dormi, Ace.

Seu coração bate um pouco mais forte ao caminhar em direção a maçaneta. Parando ali por alguns segundos em hesitação. Ele disse que estaria aqui. Se lembrou. Confiava em Ace, ele era o seu irmão, seu protetor. Tomando essa confiança estufa o peito sugando o ar e abre a porta.

(...)

É realmente muito cedo. A luz transmitida pelo sol é de um amarelo claro e trazia calor ao se deparar com sua pele. Os raios davam brilho as águas tremulas do índigo oceano. Algumas gaivotas passavam voando pelo Sunny. É mais uma manhã no Novo Mundo, mas para Luffy era uma diferente. Todas sempre são.

Desce animado, e seus olhos se abrem mais junto de seu sorriso ao ver Ace ali na areia. Sem demorar pula de surpresa em cima do mais velho o abraçando desengonçado e tão forte que sente Ace lutar para respirar em seu apego.

Estava tão feliz que era difícil por em palavras todo aquele sentimento. Só lhe faltava uma coisa para a manhã ficar perfeita e o garoto usou todo o ar de seus pulmões para falar.

_ Sanji! Carne! - Gritava com um grande sorriso.

***
O café foi agitado, quer dizer, mais agitado. A baderna era maior, as conversas eram altas, as risadas se misturavam com as gargalhadas, as brigas pelos pedaços de algo ou as reclamações pelas comidas usurpadas por Luffy que logo se eram esquecidas.

Era assim nos almoço, jantares, lanches da tarde ou em qualquer momento. Afinal, era a tripulação do Chapéu de Palha.

Dias passaram-se desde então. Tão rápidos que parecia que foram apenas um. A maior parte da tripulação estava feliz, passavam o tempo com quem antes o mesmo lhe foi roubado. Era como se aqueles dias lhes fossem uma dádiva, um pagamento do tempo por toda tragédia que caiu sobre eles. Então passavam por ele juntos, apegados aos sentimentos que continham dentro de si. Os bons, mas também os ruins. Esses especialmente, sempre atentamos mais para onde falhamos do que para onde acertamos, e algo de vez em quando os sussurrava... eram sobre não ter sido o suficiente; Luffy, Brook e Chopper. Sobre querer mais do que podia ter; Nami e Frank. Sobre não poder fazer nada; Usopp e Sanji. E até para aqueles que se diziam fortes o sussurro também atingia... o desejo de que pudesse ter sido diferente, o pensamento de como poderia ter sido; Robin e Zoro.
Para esses sentimentos, cada um buscava do seu jeito, por reparação.

(...)

Luffy e Ace quanto não comendo ( e dormindo ao mesmo tempo no caso de Ace) estavam metidos em varias competições bobas como quem comia mais, quem pegava o maior peixe, quem segurava a respiração por mais tempo.... Uma em especial lhes custou algumas mocas: a de quem pegava mais sapos. Apanharam o máximo que conseguiram e jogaram sobre a grama do Sunny enquanto totalizavam suas presas. A navegadora só soltou um "kyaa" de nojo e sairam dali com bons galos cada um. E Luffy sempre perdia.

Nami passava o tempo mostrando seus mapas para a mãe que ria e se impressionava de suas perfeições. Contava as historias sobre cada mapa dos lugares que passou por confusões com o bando de bobos.

Falando em historias Usopp contava das suas aventuras como bravo guerreiro do mar a sua nariguda mãe. Imitava cada um dos vilões que bateu de frente, enfrentados com sua coragem, sua arma kabuto e... sua lábia. A última uma das mais perigosas.

Sanji estava sempre cozinhando pratos diferentes, eram sobremesas, salgados, tortas e pães dos mais variados tipos. A tripulação agradecia, Luffy era o mais grato de todos. Sempre demostrando suas boas habilidades de culinária a mãe que o acarinhava.

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