✽24✽ ─ expulsão, salvação e redenção

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Srta. Chapman, depois de tudo a que foi advertida, não é possível pra mim acreditar que agiu com tamanha imprudência outra vez! Não tenho outra solução, senão expulsá-la!

O queixo de Polly caiu e ela se levantou da cadeira com pressa, observando a senhora que ajustava seu óculos e parecia tremendamente nervosa, com desespero.

─ O quê? Me expulsar?! Apenas fiz um feitiço de sede e dei uma poção anti-magia para ele! Diretora McGonagall, não me diga que apenas porque ele é filho de Harry Potter, ele tem privilégios!

─ Você arriscou propositalmente a vida de todos nessa escola mais de uma vez. Na primeira vez foi perdoada, mesmo tendo feito uma poção muito poderosa, porque não sabia da consequência de seus atos, mas agora que sabe, não há razões para admitir que continue sendo um risco para todos nós. Essas mesmas precauções teriam sido tomadas independente de ser o filho de Harry Potter ou de qualquer outro bruxo. Eu já comuniquei os seus pais, e não se preocupe quanto aos seus estudos, tenho certeza que outra escola poderá aceitá-la, já que, pelo menos em matéria de nota, você se mostrou exemplar.

─ Mas... Diretora McGonagall...

─ Arrume suas coisas, você partirá assim que o ciclone acabar. O que, graças a você, vai demorar bastante.

* * *

Os alunos que antes foram para as Torres, a fim de serem protegidos da inundação, agora migravam para as Salas Comunais abaixo do castelo, como a da Lufa lufa ─ ao lado da cozinha ─ e como a da Sonserina ─ nas masmorras, já que as chances das Torres serem afetadas pelo furacão eram imensas.

Corvinal e Lufa-lufa ficaram juntos dessa vez, restando em Grifinória e Sonserina. A ideia de sair do dormitório e encontrar Polly dava em Albus e Scorpius a maior e tremenda agonia, mas a novidade sobre sua expulsão aliviava os fatos. Todos na escola já sabiam disso, e mais tarde, a diretora finalmente daria um decreto sobre as razões do ocorrido.

Era chocante para os alunos da Grifinória entrarem no Salão da Sonserina. Alguns, é claro, acharam um absurdo a ideia de ficarem naquele local, mas a diretora aproveitou a situação para deixar a todos pelo menos uma mínima fração mais tolerantes.

Escutaram os comentários mais ridículos sobre o local, como: "Uau, é por isso que são tão maus, olha esse lugar..." cansados, Albus e Scorpius foram para o dormitório, com Kath, Will e Lily os seguindo.

O dormitório deles, por incrível que pareça, não era uma bagunça. As camas ─ duas de solteiro unificadas ─ tinha lençois bem drobados e travesseiros macios com fronhas limpas e cheirosas.   A cada lado da cama havia uma pequenina cômoda, cada uma com um pequeno abajur e mais pertences; ao lado da esquerda, o lado de Albus, havia a caixinha marrom com os remédios para cuidar de seu namorado (estes, por sinal, já estavam acabando) e um pequeno porta retrato com uma foto deles dois e Ginny; ao lado direito, o lado de Scorpius, tinha uma pilha com mais de cinco livros e na gaveta, papéis para cartas. O mural que haviam feito era lindo: repleto de fotos dois dois, dos amigos e de ambas as famílias. Lily sorriu ao notar que havia uma foto com ela, a ruiva não esperava isso.

─ Lily, você é uma guerreira por aguentar essas pessoas ─ Will falou, sentando-se no baú grande que compartilhavam, onde ficavam suas roupas, na ponta da cama. ─ Espero que isso passe logo, porque eu até posso aguentar a Corvinal, mas a Grifinória já é pedir demais.

─ Will, cala a boca. Lily pode se ofender ─ Katherine lhe chamou atenção, seriamente. Lily balançou a cabeça e fez um gesto com a mão que indicava que ela não se importava. Já estava suficientemente acostumada com comentários assim, mesmo que em geral viessem de seu irmão.

Belong Together | ScorbusOnde histórias criam vida. Descubra agora