✽3✽ ─ escrevendo, carícias e aulas separadas

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boa leitura ♡


.•°☆°•.

Era domingo de tarde e tanto Albus quanto Scorpius escreviam para suas famílias. Já haviam esquecido da briga que tiveram, e Scorpius apenas citou por cima que estavam bem para seu pai. O loiro já havia terminado a carta para seu pai e tinha um olhar carinhoso para o pergaminho enquanto finalizava a para a avó.
As de Albus eram, como sempre, curtas. Diferente das dos outros filhos. As vezes, Albus preferia escrever apenas para a mãe, e era o que fazia no momento, mesmo que não tivesse muito o que contar.

Bufou e resmungou, mas isso não pareceu distrair Malfoy, que agora terminava de envelopar a carta e sua atenção voltou para o moreno que continuava a escrever, com tédio, sobre sua semana.

─ Como está indo? ─ Perguntou.

─ Acabando, eu acho... ─ Potter respondeu, tirando o olhar do pergaminho apenas por um minuto para encarar rapidamente os olhos azuis.

Scorpius se aproximou, tão perto que Albus se arrepiou ao sentir o toque do mesmo deslizando de seu pescoço até seu braço e cintura. O coração de Albus começou a bater mais rápido. Sem entender como poderia se render tanto à simples carícias.

─ S-Scorpius... Você desenvolveu uma grande fissura em me tocar que... ─ Mordeu os lábios, soltando a pena.

Viu de soslaio o sorriso de Malfoy. Fazendo sua respiração mudar. Será que ele fazia ideia de quanto efeito causava?
Albus sentia-se como em uma montanha russa, cheio de euforia.

─ Gosto de sua pele e de seu cheiro e... ─ Ele sabia que se fosse continuar, jamais terminaria. ─ Não quero atrapalhar, consegue continuar, sim?

Albus apenas assentiu, ainda com os dentes presos ao lábio inferior, voltando a atenção de novo à carta para sua mãe. E Scorpius continuou passeando seus dedos pelo corpo do menor. Ele se esforçou, escreveu três palavras, e pareceram o suficientes.

─ Scorp... Não, n-não dá. Mas eu não quero que pare.

─ Com certeza dá, leia o que já escreveu e eu posso ajudar.

Albus lançou um olhar mortal para Scorpius que o encarava inocentemente.

─ Sabe que não é disso que estou falando. ─ Respirou fundo. ─ Certo: "Querida mãe, Espero que tudo esteja bem no trabalho e..." Céus, Scorpius, se não parar com isso vou acabar me jogando em cima de você!

Ele não queria ter dito isso, mas saiu de sua boca e não podia ser desfeito. Corou e apertou os olhos, tomado de vergonha.

─ Então, eu paro? ─ Por que Scorpius lhe dava o controle daquela forma? Albus negou.

─ Se parar vou ter que azarar você ─ Sorriu, brincando.

Albus se deu conta ao ver o sorriso de Scorpius que aquele sentimento em seu peito era incrível, sempre estivera ali, mas parecia de repente possuir cores novas e extravagantes. Impossíveis de não reparar. Olhou para os lábios do garoto, percebendo pela milésima vez como pareciam macios. Sacudiu a cabeça, temendo que o melhor amigo não fosse corresponder, mesmo que fizesse o que estava fazendo agora.

Scorpius sorriu travesso e malicioso.

─ O que vai ser? ─ Sussurrou próximo à orelha de Albus ─ Você vai se jogar em cima de mim ou me azarar?

As bochechas de Albus queimavam tanto, que ele sentia como se estivessem em brasa. Não sabia o que fazer, nem como reagir. Parado ali com o coração a mil, batendo tão rápido e forte que se perguntou se Scorpius seria capaz de ouvir.

Belong Together | ScorbusOnde histórias criam vida. Descubra agora