salt skin

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S/n encarou seu reflexo ao espelho assim que percebeu que iria para um lugar público pela primeira vez após um sumiço de seis meses. Ela se sentia bem após o afastamento das redes sociais, mas gostava da idéia de querer finalmente voltar a sua rotina normal. Portanto, seus cabelos agora estavam curtos e sua imagem era diferente. Isso era ótimo. Tudo era ótimo. Mas ela não sabia se era o melhor momento para aparecer na praia com um biquíni completamente brasileiro e o namorado famoso ao seu lado.

── ok... eu definitivamente não vou ir ── disse assim que encarou o celular carregando ao lado de sua cama.

Mas seus pensamentos foram desviados assim que ouviu o interfone. Não tinha mais escolha, Finn já estava ali e iria convencê-la de qualquer jeito.

Depois de ouvir a história de Finn sobre como ele conheceu um idoso estiloso na rua, S/n finalmente conseguiu arrumar sua sacola ecológica e colocar a mesma no carro, apressando Finn a todo momento.

── eu sei, eu sei. ── Finn repetiu assim que S/n reclamou sobre as conversas do garoto com estranhos na rua.

── ele poderia ser um serial killer, amor ── S/n disse assim que ligou seu carro. Finn parecia entediado no banco do passageiro, mas ele geralmente tinha o mesmo ânimo e não era bom em demonstrar entusiasmo.

── ele era um idoso, S/n!

── idosos não são inofensivos.

── seu porteiro é um sereal killer? ── Finn encarou S/n, ele obviamente estava fingindo ter um argumento válido e queria rir por isso.

Ele sabia que não deveria conversar com idosos aleatórios no caminho para o condomínio de S/n, mas o senhor de xadrez parecia legal. S/n riu. Não houve outra resposta além dos sorrisos e da troca de olhares dos dois.

── você chegou ao seu destino, parabéns. ── S/n disse após alguns minutos apreciando o som de músicas aleatórias que Finn escolhia.

── não sei se quero sair do carro. ── Wolfhard falou assim que viu um grupo de adolescentes passando frente ao mar, eles falavam de uma maneira escandalosa assim como a maioria dos adolescentes que tinham liberdade para ir a praia às sete da noite, quase ao anoitecer.

── quer fazer o que então?

S/n perguntou e virou para o lado para observar o rosto do namorado, que sorriu envergonhado ao perceber que S/n explorava cada detalhe de seu rosto.

── quer voltar pra casa?

S/n fez outra pergunta. E logo levou uma de suas mãos até o rosto do menino e mapeou as sardas do mesmo com seus dedos. O garoto fechou os olhos assim que foi surpreendido com o toque repentino, mas logo voltou a observar S/n, que parecia esperar por uma resposta.

── esquece o que eu falei. eu não gosto da praia mas vale a pena te ver de biquíni saíndo do mar. ── o garoto falou e S/n riu.

── eu sei. ── ela disse com um sorriso convencido.

Os dois saíram do carro e caminharam em passos lentos até a praia. Pararam duas vezes para tirar fotos, mas não demoraram muito.

── eu gostei do seu cabelo assim ── Finn disse assim que viu S/n tentando arrumar seus cabelos assim que os mesmos foram bagunçados pelo vento.

── você gosta de me deixar sem graça também? ── a garota perguntou assim que retirou a blusa que havia roubado de Finn.

── eu não gosto, é tipo um dom.

S/n revirou os olhos e foi em direção ao mar. Ela chamou Finn algumas vezes, mas o mesmo disse que iria ficar ali lendo seu livro. O mar não parecia tão legal sem companhia, por isso a garota voltou alguns minutos depois.

── muito chato você, hein. não tem graça vir pra praia se você não for brincar de sereia comigo.

── você é mais chata ainda e eu não gosto de brincar de sereia. ── Finn disse como uma criança na defensiva. S/n sorriu e pegou seu celular e sentou em sua toalha ao lado de Finn.

── a gente pode brincar de outra coisa quando chegarmos em casa ── Finn disse com um sorriso malicioso.

── nossa, essa foi pior que a piada de ir lavar a roupa. ── S/n disse séria enquanto viu Finn revirar seus olhos.

── tá vendo? você é muito chata. ── ele disse fechando seu livro. Logo acariciou os cabelos da garota e se aproximou da mesma.

── o que você passa no cabelo? ele tem cheiro de limão... ── Wolfhard disse cheirando os cabelos da garota, que provavelmente respondia uma mensagem em seu celular.

── shampoo, já ouviu falar?

── não, é de comer? eu gostei do cheiro ── o garoto respondeu ironicamente antes de beijar o ombro de S/n.

── é um produto que você usa no cabelo pra ele não ficar sujo e fedido. ── S/n provocou o menino assim que guardou o celular em sua bolsa.

── isso é uma indireta pra mim, fofa?

S/n riu e se aproximou do menino que tinha uma expressão indecifrável em seu rosto. Logo ela sentiu sua respiração ofegante e não exitou em aproximar seus rostos ainda mais. Finn segurou o rosto da menina e juntou seus lábios com os da mesma por alguns instantes, logo distribuindo seus beijos pelo pescoço da mesma.

Ele sentiu o gosto salgado da pele da menina e viu lembranças boas invadindo sua mente, o que fez o mesmo sentir que realmente gostaria de se perder em S/n naquela noite.

alguém tem algo a declarar?
eu to com vergonha desse capítulo mas ok

imagines finn wolfhard Onde histórias criam vida. Descubra agora