coffee

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Novembro de 1984.

Não faz sentido... S/n pensava ao analisar um pequeno bloco de notas que tinha em suas mãos. Suas mãos estavam manchadas de tinta por conta da transpiração. Assim como as páginas não tinham uma letra bonita, agora, ela estava completamente manchada com uma tinta preta, da sua caneta favorita, comprada em uma loja aleatória. Ainda assim, podia-se ler as escrituras no pequeno bloco de anotações. Um pequeno bloco com grandes palavras. Belas palavras escritas por S/n, a garota que agora não via sentido em seu texto. Apenas uma redação para a escola e a garota estava completamente nervosa, enquanto bebia seu café descafeinado em uma cafeteira que ela gostava.

── os outros lugares estão ocupados, posso me sentar aqui?

S/n ouviu a voz masculina dizendo e concordou com a cabeça, sem fazer questão de olhar para o dono da voz.

── você é escritora? Sou Finn Wolfhard, prazer.

S/n finalmente olhou para Finn e gaguejou antes de dizer um simples "sim". O garoto parecia ter saído de um livro de literatura clássica. Ou até mesmo de uma obra de arte contemporânea. Finn era incrivelmente atraente e bonito. E estava ali, sentado em sua frente, olhando para ela com os olhos brilhantes e interessado em sua escrita.

── S/n Sweeney, prazer. E sim, eu sou escritora, porém ninguém nunca me pergunta isso.

── se incomodaria se eu... É que eu gosto muito de escrever também. Eu escrevo músicas, na verdade.

── hm, pode ler.

S/n disse em meio de dúvidas. E se aquele garoto lindo, com o rosto esculpido por anjos, achasse sua redação patética e sem sentindo?

── você é boa nisso.

── você não viu nada.

S/n se gabou, ironizando. Finn deu um pequeno sorriso e pegou a caneta das mãos de S/n.

── troque "pensamentos" por "devaneios" e isso vai deixar sua redação mais perfeita ainda.

Finn disse. S/n abriu a boca várias vezes, mas não conseguiu dizer nada.

── ah, eu esqueci de pedir meu café. Posso te pagar outro para continuarmos conversando?

S/n sorriu e concordou com a cabeça. Finn Wolfhard era como o homem de seus sonhos. E talvez ele fosse.

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