Você é gay, Potter?

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Narrado por Draco Malfoy

Ontem ao Chegar em casa minha mãe surtou, ela disse que se orgulha por ter um filho gay, mas não me quer bêbado por aí.

Eu entendo ela, minha mãe não vê problemas em eu ser gay, no entanto ela não quer um filho viciado em drogas, bebidas e se metendo em coisas ilegais.

Quando acordei essa manhã minha cabeça parecia prestes a explodir, mas tomei coragem para ir à universidade hoje.

Eu curso fotografia. Amo fotografar, capturar momentos, momentos raros, pequenos momentos que podem se tornar grandes lembranças, momentos em que a vida parece surreal, um sonho... Pode se dizer que muito além de apenas momentos, elas podem contar histórias e até transmitir mensagens incríveis. Gosto de capturar momentos em fotografias. Talvez um dia minhas fotografias possam inspirar pessoas, ajudar ou trazer felicidade a alguém.

Para mim fotografia não é apenas uma simples foto, mas uma grande fonte de informações em relação ao mundo, as pessoas. É algo que consegui mostrar uma dolorosa realidade, ou uma mágica surreal em relação a nossa existência.

Na universidade não possuo amigos, não que eu sinta falta... Pretendo repetir isso até conseguir convencer a mim mesmo. Mesmo fingindo que eu não preciso de ninguém sei que a realidade é bem diferente, eu não gosto de me sentir solitário, não gosto. Eu queria ter pessoas ao meu lado, pessoas que se importam comigo.

Agora estou em casa depois de um longo dia na faculdade. Percebi os olhares do trio extraordinário direcionados a mim hoje cedo, e os ignorei.

Weasley e Granger parecem ótimas companhias, parecem animados, mas Potter... Potter era um garoto legal quando o conhece, mesmo trocando poucas palavras eu via que o mesmo era uma boa pessoa, porém não posso dizer o mesmo hoje em dia.

Não o conheço o bastante, não sei como a mente dele funciona. A mãe dele, Lilian Evans, é uma das pessoas mais baixas que conheço, ela é repugnante, vive julgando os outros.

Queria saber do porquê Potter e companhia me olhavam daquela forma.

Potter é um garoto bonito, muito bonito. Com aquelas grandes íris azuis, os cabelos pretos e àqueles lábios carnudos. Um sonho.

Seria interessante cobiçar o menino de ouro, o santo Potter. Eu daria tudo para ver a cara da Lilian e dos membros daquela igreja que veneram Potter como se ele fosse alguma divindade, um prodígio. Ele é amado pela doçura dele e sua dedicação em relação à igreja. Não tenho nada a perder, estou solteiro e Potter é magnífico. Vai ser incrível induzi-lo ao "pecado."

_ Bom-dia, meus reis. _ Cumprimentei ao chegar na sala de jantar. Os meus pais já estavam acordados e estão na mesa.

_ Bom-dia, filho. Você parece animado, algum motivo especial para isso? _ Papai perguntou arqueando uma das sobrancelhas.

_ Sim. Mas não vou contar, não agora. _ Respondi.

_ Draco, querido... _ Mamãe começou, mas a interrompi

_ Não vou fazer nada de errado, mãe. _ Falo para tranquilizá-la. _ Tenho que ir.

_ Não vai tomar café conosco? _ Ela pergunta.

_ Já são 6:30. Tenho que ir se eu não quiser chegar atrasado._ Beijei a testa dos dois antes de sair.

Peguei a minha moto na garagem, querendo chegar muito mais cedo do que das outras vezes em que eu ia a pé.

Ao chegar procurei um cantinho para me sentar, tentando ficar o mais invisível possível. Poucos minutos depois vi Potter passando com seus amigos, eles passaram por mim e de repente pararam, Potter disse algo aos dois que apenas balançaram a cabeça em concordância seguindo os seus caminhos, o moreno deu a volta vindo até mim.

Doce PecadoOnde histórias criam vida. Descubra agora