Doce Pecado

Descobertas

Narrado por Harry Potter

Não queria fugir dessa maneira, ele havia se esforçado muito para preparar tudo aquilo. A primeira instância achei que eu teria o controle da situação... Me enganei.

Como posso ser gay?

Apenas nunca namorei nenhuma garota, mas nunca namorei um garoto também, não sinto vontade de ficar com qualquer garota e isso vale para os garotos... Talvez nem todos.

Malfoy... Draco é o único garoto que chegou à mim com intenção de ser mais que um amigo e ele conseguiu despertar muitas reacções desconhecidos por mim mesmo.

No momento em que ele estava tão perto de mim, me segurando firmemente em seu colo, sussurrando àquelas palavras em meu ouvido... Tudo aquilo me agrado mais do que devia e fui incapaz de sair do colo dele.

E quando ele me puxou pela cintura, grudando nossos corpos, com os lábios tão próximos do meu, não pude evitar a vontade de beija-lo.

Isso faz com que eu seja gay?

Eu estou confuso, isso tudo está muito confuso para mim.

Eu gostei daquele beijo? Gostei... Eu gostei do beijo e de tudo que aconteceu naquele lugar, o que me assusta bastante.

Mamãe estava na sala quando cheguei, passei por ela lhe dando um beijo de boa noite e me retirando da sala para ir ao meu quarto.

O que faço? Será que finjo que estou doente para não ir para a universidade amanhã?

Não, não, não. Não vou ser um covarde, eu vou e conversarei com o loiro.

Isso mesmo que vou fazer. Dialogar com ele.

Agora tenho que dormir.

_ Draco!

Berrei ao avistar o loiro andando de costas para mim, e com fones no ouvido, ele parece nem estar ligando para ninguém naquela faculdade.

Ele parou, olhou para trás, tirou os fones. Ele começou a caminhar em minha direção.

_ Oi. _ Falou

_ Oi, podemos conversar?

_ Claro, podemos ir para um canto mais reservado do que ficar parado no meio da universidade, se quiser.

Concordei com a cabeça antes de começar a seguir o loiro.

_ Pode falar. _ Encostou-se na parede e cruzou os braços.

Olhei para ele e para o lugar, é o mesmo lugar que conversamos na vez que ele afirmou ser gay e me acusou de ser gay.

_ Desculpa por ter ido embora daquele jeito. _ Falei quase em um sussurro.

_ Tudo bem. Estou feliz por ter passado esse tempo com você e entendo que você não é gay.

_ Na verdade... Humm...

_ Na verdade? _ Incentivou.

_ Talvez... Eu seja...

Forcei as palavras a saíram, e isso foi o que obtive.

_ Talvez você seja o quê?

Vi a sombra de um sorriso em seus lábios, ele tentava reprimir aquele sorriso, mas estava fracassando.

_ Você sabe...

Encarei o chão, e ao levantar novamente a cabeça o loiro já não estava encostado na parede, e sim, parado em minha frente.

_ Não, eu não sei Hazzi, diga- me você.

Fiz menção de abaixar a cabeça mas fui impedido pelo loiro que puxou meu queixo para cima, sua mão repleta de anéis segurava meu queixo não com muita força e muito menos com delicadeza. Pela posição em que estou, meus olhos ficaram presos nos dele.