Ezio levou um longo tempo para chegar aos Apeninos, cavalgando o dia todo e descansando o
mínimo que podia ao mudar a mão que cavalgava, mas ao chegar descobriu que a busca por
Checco Orsi demoraria ainda mais. Porém, também sabia que, se Checco tivesse voltado à
sede de sua família em Nubilaria, conseguiria encontrá-lo no meio da estrada que ia de lá, na
direção sul, até a rota serpenteante e longa que levava a Roma. Não havia como saber se
Checco tinha ido diretamente até a Santa Sé, mas Ezio achou que, com uma carga tão
preciosa quanto a Maçã, seu adversário primeiro buscaria segurança onde era conhecido e de
lá mandaria mensageiros para descobrir se o Espanhol havia voltado ao Vaticano, antes de se
encontrar com ele lá.
Portanto, decidiu pegar a estrada para Nubilaria e, depois de entrar em segredo na cidade,
se pôs a pesquisar sobre o paradeiro de Checco. No entanto, os espiões do próprio Checco
estavam em toda parte, e não demorou para Ezio descobrir que seu inimigo sabia de sua
chegada, e que planejava partir com a Maçã em uma caravana de duas carruagens, para
escapar e frustrar seus planos.
Na manhã em que Checco planejava partir, Ezio estava a postos, observando atentamente
os portões ao sul de Nubilaria. Não demorou para que as duas carruagens que ele estivera
esperando os atravessassem sacolejando. Ezio montou no cavalo para persegui-las, mas no
último instante uma carruagem mais leve, conduzida por pajens dos Orsi, saiu rapidamente de
uma rua lateral e propositalmente bloqueou a passagem de Ezio, fazendo seu cavalo empinar
e atirando o cavaleiro ao chão. Sem tempo a perder, Ezio, que tinha sido obrigado a
abandonar seu corcel, saltou para a carruagem dos Orsi, derrubando o condutor com um único
golpe. Chicoteou os cavalos e continuou a perseguição.
Logo avistou os veículos de seu adversário, mas eles também o viram e aumentaram a
velocidade. Enquanto desciam pela estrada montanhosa e traiçoeira a toda, a carruagem de
escolta de Checco, repleta de soldados que estavam preparando-se para atirar em Ezio com
suas bestas, fez uma curva rápido demais. Os cavalos se soltaram dos tirantes e correram
contornando a curva à frente, mas a carruagem, sem seu leme e com os cabos soltos, seguiu
direto por sobre a beira da estrada, caindo dezenas de metros no vale abaixo. Sem fôlego,
Ezio agradeceu pela bondade do destino. Incitou os cavalos, embora estivesse preocupado em
sobrecarregá-los demais e fazer com que seus corações explodissem, mas logo percebeu que
eles estavam carregando menos peso do que os animais da carruagem de Checco, e aos
poucos Ezio cobriu a distância que o separava de sua presa.
Quando Ezio emparelhou, o cocheiro dos Orsi tentou atingi-lo com o chicote, mas Ezio
pegou-o de suas mãos e puxou, soltando-o. Então, quando chegou o momento certo, Ezio
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Assasins Creed : Renascença - Oliver Bowden
AventuraEmbora eu acreditasse estar aprendendo a viver, estava aprendendo a morrer - Leonardo da Vinci