Capítulo 5

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*Alejandro Javier*

Cheguei na empresa cedo hoje. Não tinha praticamente ninguém. Fui fazendo meu trabalho na tranquilidade do meu escritório.

Quando deu 07:00 AM, fui abrir a porta da minha sala para ir pegar um café no Starbucks que fica de frente para o prédio, mas um corpo pequeno se chocou contra o meu. Logo tratei de segurar Maitê para ela não cair e se machucar. A agenda que ela carregava foi parar no chão, mas ela estava segura em meus braços.

-Você está bem? Se machucou? –Perguntei preocupado.

Ela negou com a cabeça.

Percebi que nossos rostos estavam muito perto um do outro. Logo a soltei e me abaixei para pegar a agenda do chão.

Entreguei de volta para ela.

As bochechas de Maitê estavam vermelhas de vergonha.

Abri um sorriso com isso.

Essa mulher que mal conheço está me fazendo sorrir mais do que os últimos cinco anos juntos.

-Você está de saída? –Perguntou. –Eu ia ler os seus compromissos de hoje.

-Tudo bem, pode ler. Vamos para minha mesa. –Falei enquanto a guiava para se sentar na cadeira. Sentei em sua frente na ponta da mesa.

Ela se sentou e alisou a saia. Hoje ela estava com uma roupa diferente, uma roupa mais quente. Uma saia lápis preta que ia até os joelhos, uma meia calça também preta, uma camisa feminina branca de mangas compridas e um decote em "V" que não mostrava seus seios, somente o colo. Seu salto era preto e seus cabelos estavam soltos. Reparei que usava pouca maquiagem, estava linda.

-A Sra. Isabel Javier marcou uma reunião com o senhor para a hora do almoço. Mas antes disso o senhor tem somente contratos para assinar e documentos para revisar. Uma reunião com os japoneses está marcada para as 17:40 PM.

Isabel é minha mãe. Meus pais se mudaram para Barcelona assim que assumi a empresa. Minha irmã Emma conheceu um cara lá e se casou com ele e já até tem um filho de dois anos. Então eu sou o único que mora em Madrid. Agora a pergunta é: O que a senhora Isabel quer?

-Você participará da reunião com os japoneses comigo. –Falei. –Tomará notas que achar importante. Prepare os documentos que serão usados.

Ela assentiu e se levantou.

-Srta. Sánchez, pode trazer um Expresso Roast do Starbucks para mim?

Ela assentiu novamente.

-Obrigado.

Ela saiu da sala e eu fui continuar meu trabalho.

*Maitê Sánchez*

Assim que sai da sala do Sr. Javier fui para minha mesa e escrevi no bloco de anotações para preparar os documentos da reunião. Depois de anotado, eu peguei meu sobretudo camurça que ia até um pouco abaixo dos joelhos e também minha bolsa e entrei no elevador.

Quando cheguei na parte de fora do prédio, agradeci por estar agasalhada hoje. A temperatura estava mais fria do que no dia anterior.

Atravessei a rua e entrei no Starbucks.

Fiz o pedido do café e também acrescentei uma empanada integral com Peito de Peru e Ricota e um Muffin de Chocolate.

Achei o Sr. Javier muito pálido. Talvez comer alguma coisa melhore.

-8,90 €, senhorita. –O atendente falou me entregando o pedido.

Paguei e voltei para a empresa.

Assim que cheguei ao meu andar, fui direto para a sala do meu chefe. Segurei tudo em uma mão só e bati duas vezes na porta.

-Entre. –Escutei a voz dele.

Entrei e vi que o Sr. Alejandro estava concentrado em alguns papéis.

-Deixe na mesa de centro, Por favor. –Falou sem me olhar.

Coloquei tudo lá.

-Comprei algumas coisas para o senhor comer também. –Falei.

Ele olhou para mim com, uma cara surpresa, depois abriu um pequeno sorriso.

-Obrigado. –Disse se levantando e indo até mim.

Eu já ia me retirar mas ele me impediu.

-Queria me desculpar por ter sido grosseiro ontem, quando você voltou do seu almoço. –Falou. –Você estava certa, era o seu horário de trabalho, desculpe.

Dei um pequeno sorriso.

-Sem problemas.

Ele assentiu e eu sai da sala.

Meu coração estava acelerado. Mas não entendo o motivo.

Respirei fundo e fui fazer meu trabalho.

*Alejandro Javier*

Eu não como desde o almoço de ontem. Fiquei surpreso por Maitê ter comprado coisas para eu comer também.

Abri um sorriso.

Sentei-me no sofá e comecei a comer.

Logo meu celular começa a tocar e eu vejo o nome do Estevan na tela.

-E aí Lelê? –Ele começa assim que eu atendo.

-Você sabe que não gosto quando você me chama assim. –Falei enquanto bebia um gole do café.

Escutei sua risada.

-Por isso mesmo que eu continuo te chamando de Lelê.

-O que você quer Estevan?

-Nossa que grosso... Assim você magoa os meus sentimentos amor. –Disse com uma falsa voz triste.

Eu ri. Meu amigo era um palhaço.

-Fala logo.

-Só queria te chamar para ir para o Night Club na sexta. Pablo e Marco já falaram que vão.

-Não sei se estou com vontade Estevan.

-Problema seu. Você vai. Faz tempo que você não sai para uma boate com a gente.

-Pensei que eu tinha uma escolha entre ir ou não.

-Pois não tem. Nos encontramos lá na sexta. –Falou e desligou.

Revirei os olhos e voltei a comer.

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