"A despedida é uma dor tão suave que te diria boa noite até o amanhecer."
-William Shakespeare
*Maitê Sánchez*
01 de janeiro de 2013, 06:30 am
Minha cabeça latejava. Sentia-me como se estivesse de ressaca.
Onde estou?
Estava deitada em uma cama. Não era a minha e nem a de Alejandro.
O que aconteceu?
Olhei em volta. Não reconhecia o quarto.
Levantei da cama e segui para uma porta que eu julgava ser a do banheiro.
Foi quando descobri onde estava.
Na toalha de rosto estava escrito "Pestana Plaza Mayor Madrid". Eu estava em um hotel.
Como cheguei aqui?
Tudo o que eu lembrava era que Daniel me mandou mensagem, eu sai do carro de Alejandro e fui me encontrar com meu amigo.
Não lembro de mais nada.
Eu tinha que sair daqui.
Me arrumei o máximo que eu pude e sai correndo do hotel. Meu celular estava com 10% de bateria.
Peguei um táxi e fui para o apartamento de Alejandro.
Eram 07:00 am quando cheguei.
-Cariño? Tá ai? -Perguntei.
O apartamento estava escuro e silencioso.
-Alejandro? -Chamei mais uma vez.
Assim que acendi as luzes da sala encontrei Alejandro em uma das poltronas com um copo de whisky na mão e algumas malas em seus pés.
Que merda estava acontecendo?
Ele me olhava friamente.
-Cariño? Por que está bebendo as 7 da manhã? E o que são essas malas? O que está acontecendo? -Perguntei em um sussurro.
Ele deu uma risada sem humor.
-O que está acontecendo, Maitê? Você é uma vagabunda.
Eu paralisei.
O que?
-Do que você está falando, Alejandro? -Perguntei já com a voz embargada.
Ele chutou o seu celular que estava no chão em minha direção.
Fotos minhas com um cara...
Estávamos nus.
A cama era a mesma do hotel.
Eu não me lembro disso.
Eu não conheço esse homem.
-Eu não sei quem ele é, Alejandro. -Sussurrei. -Eu não sei o que está acontecendo. Eu acordei em uma cama de hotel e não me lembro de nada além de ter saído do seu carro nessa madrugada
Vi a fúria em seus olhos.
-CALA A BOCA MAITÊ! -Gritou.
Eu pulei em um susto.
Alejandro nunca tinha falado comigo desse jeito.
-Você quer mesmo que eu acredite nessa merda de história que você está inventando?
Lágrimas escorriam de meus olhos.
-Você acha que eu sou um idiota? -Perguntou bravo.
-Alejandro você não acha estranho essas fotos? São explicitas demais, como alguém estaria comigo tirando essas fotos e eu não me lembraria? -Perguntei chorando.
-PORRA EU NÃO SEI! -Gritou e atirou o copo de whisky na parede.
Meu coração estava saindo pela boca.
-Eu só sei que essas fotos existem, Maitê. E está claro para mim que você me traiu. Foi esse cara da foto que te mandou mensagem né? Não foi o Daniel.
-FOI O DANIEL SIM! -Gritei. -Tenho as mensagens para provar.
Peguei o celular quase descarregado.
Minhas mãos estavam tremendo.
Desbloqueei o celular com minha digital.
Não havia nenhuma mensagem de Daniel. Mas havia uma troca de mensagens com o cara da foto.
-O que? -Murmurei chorosa.
Alejandro tirou o celular de minhas mãos.
Ele riu. Um riso sem humor.
-Era isso o que você queria me mostrar? -Perguntou.
-Ligue para o hotel! -Falei desesperada.
Tirei o celular das mãos de Alejandro e disquei o número do hotel que eu estava essa manhã.
Eles confirmaram que eu estava lá. Falaram que eu cheguei lá aos beijos com um homem. Disseram que eu estava sóbria.
NÃO É POSSÍVEL!
Alejandro atirou as malas aos meus pés.
Dentro estavam alguns dos meus pertences que eu havia deixado aqui.
-Vá embora, Maitê. -Disse com frieza. -Eu sinto repulsa só de olhar para o seu rosto.
Eu chorava.
Meu coração estava destroçado.
-VOCÊ É A PORRA DE UMA VADIA! -Gritou. -SOME DA MINHA FRENTE AGORA SUA PUTA!
-Alejandro. -Sussurrei.
-VAI! -Gritou mais uma vez.
Peguei minhas malas e saí do apartamento.
Ainda no elevador eu escutei coisas se quebrando.
Alejandro...
Meu coração doía.
Eu queimava por Alejandro.
Eu fui destruída pelo mesmo.
Ele não confiou em mim.
Mas como poderia?
Mas ele tinha que confiar em mim. Podíamos resolver isso juntos, com uma conversa... Ele poderia ter me deixado explicar melhor o que eu sei.
O que é um relacionamento sem confiança?
Nada.
Mas se eu estivesse no lugar dele... O que eu faria?
Provavelmente a mesma coisa que ele fez.
Merda... Eu estou despedaçada.
Dói.
Quem diria que o amor poderia doer tanto?
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Descobrindo o Amor
Romansa*PLÁGIO É CRIME* Alejandro é o CEO das Indústrias Javier. Ele é um homem sério e que exala confiança e poder por onde passa. Maitê Sánchez é uma mulher forte, e como uma boa espanhola, também é bem temperamental, não leva desaforo para casa. Quando...
