Capítulo 31

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"Quando fala o amor, a voz de todos os deuses deixa o céu embriagado de harmonia."

-William Shakespeare 

*Alejandro Javier*

Eu estou nervoso. Estou quase tendo uma sincope. 

Eu tentava inutilmente dar o nó na gravata borboleta. 

 Eu estava em um dos quartos da "Hacienda Jacaranda", um dos lugares mais famosos de Madrid para realizar casamentos. 

Hoje seria o meu. 

-Nervoso, mané? -Pablo perguntou entrando no quarto.

-Esse vagabundo ai me traiu. Eu pensei que seria eu casando com ele. -Marco disse entrando também.

Eu ri. 

-Nem em seus sonhos, Marco. -Falei.

-Tá difícil aí, meu irmão? -Estevan perguntou. 

Ele nem me deixou responder, simplesmente veio até mim e arrumou a minha gravata. 

-Deus... Eu nem acredito que isso está acontecendo. -Pablo se pronunciou.

-É... Parece que o tempo está passando, quem diria que estaríamos aqui hoje? -Disse Marco.

Pablo suspirou. 

-As coisas estão mudando, meu amigo. Parece que foi ontem que nos conhecemos. 

-Ah larga a mão desse sentimentalismo todo. -Falei revirando os olhos. -Até parece que estou morrendo e que nunca mais vamos nos ver. 

-É assim que começa, Alejandro. -Marco dramatizou. -Logo Maitê não te deixará sair mais. Você vai virar o cachorrinho dela...

Os caras fingiram um choro.

-Por que eu sou amigo de vocês em? -Perguntei. 

Todos nós rimos. 

Olhei para o relógio.

18:00 PM.

Está na hora.

Hora de eu me casar com o amor da minha vida.   

*Maitê Sánchez*

-Você está linda, minha filha. Estou tão orgulhoso de você. -Disse meu pai.

Nós nos olhávamos através do espelho.

Eu segurava minhas lágrimas de felicidade. 

Não podia borrar a maquiagem. 

Virei-me para meu pai e o abracei. 

-Queria que mamãe estivesse aqui. -Falei.

-Tenho certeza que ela estará assistindo tudo seja lá onde ela estiver. 

Eu assenti. 

-Isso era da sua mãe... -Meu pai disse retirando um cordão fino de ouro do bolso. -Ela queria dar isso para você quando você se casasse... Acho que chegou a hora.

Algumas lágrimas escorreram de meus olhos.

-Obrigada, papai.

Meu pai colocou o cordão em volta do meu pescoço. 

 -Aah não. Sem lágrimas, vai borrar toda a maquiagem e atrasar o casamento. -Eva disse entrando no quarto junto com Nayara.

-Vou deixar vocês conversarem. -Meu pai disse sorrindo e saiu do quarto.

-Você está perfeita nesse vestido. -Nay disse.

Meu vestido era em um estilo clean e minimalista, ombros ciganinha, decote em "V", colado até a cintura e depois se abria em uma saia rodada até os pés. 

Meus cabelos estavam soltos a não ser pela coroa de trança. 

Minha maquiagem era leve.

-Amiga, não temos mais tempo para conversar. Já deu a hora de se casar. -Eva falou.

Nay rapidamente me entregou um buque de Lírios e Rosas. 

-Eu amo vocês. -Falei sorrindo.

-Nós te amamos mais. -Disseram em uníssono.

Eu estava nervosa, mas feliz.

Respirei fundo e fui.

*Alejandro Javier* 

Era o momento. As notas da música "Coleccionista de Canciones" - Camila, começaram a tocar. 

Meu sorriso rasgava o rosto.

Ela apareceu. 

Sorrindo.

Deslumbrante.

Perfeita. 

Todas as pessoas ao nosso redor sumiram. Só existia nós dois. 

Sabe quando você tem a sensação que o mundo para à nossa volta? Eu nunca pensei que isso iria acontecer comigo. 

Eu me sentia o homem mais sortudo do mundo. 

Maitê caminhava até mim. 

Perfeita.

A única certeza que eu tenho nesse mundo é que eu amo essa mulher. 

Ela chegou até mim sorrindo. Eu sorria mais. 

Tudo estava onde devia estar. 

Tudo estava perfeito.

Dei um beijo em sua testa, ela entregou o buque para uma de suas madrinhas e eu segurei suas duas mãos.

O padre começou a falar, mas eu não prestei atenção nele. Eu só tinha olhos para minha mulher. 

Eu seria muito idiota se não desse 100% da minha atenção para o anjo em minha frente. Quando vemos alguma coisa ou alguém que nos fascina não podemos perder a oportunidade de admirar.   

Quando encontramos a pessoa certa não podemos deixa-la escapar. 

Maitê era a minha pessoa certa. Disso eu tinha certeza. 

Quando chegou o momento eu coloquei a aliança no dedo de Maitê e repeti as palavras do padre. 

-Eu, Alejandro Castillo Javier, aceito você, Maitê García Sánchez, como minha legítima esposa. Prometo amar-te e respeitar-te na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, por todos os dias da minha vida, até que a morte nos separe. 

Ela fez o mesmo. Colocou a aliança em meu dedo e repetiu. 

-Eu, Maitê García Sánchez, aceito você, Alejandro Castillo Javier, como meu legítimo esposo. Prometo amar-te e respeitar-te na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, por todos os dias da minha vida, até que a morte nos separe. 

E finalmente eu escutei as palavras que eu tanto queria ouvir.

-Pelos poderes a mim concedidos, eu vos declaro marido e mulher. O noivo já pode beijar a noiva.

E esse foi um dos momentos mais felizes da minha vida.  

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