╭➰💕Capítulo 4 ~ O salgueiro Lutador

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O fim das férias de verão chegou muito depressa para o gosto de Amy. Ela
estava ansiosa para regressar a Hogwarts e falar com sua tia Jessie e Gart, que estava acompanhando a Carter mais velha na escola, mas aquele mês n’A Toca fora o mais feliz de sua vida.

Na última noite de férias, a Sra. Weasley fez aparecer um jantar suntuoso que incluiu todos os pratos favoritos de Amy, terminando com um pudim caramelado de dar água na boca. Fred e Jorge encerraram a noite com uma queima de fogos Filibusteiro; encheram a cozinha de estrelas vermelhas e azuis que ricochetearam do teto para as paredes durante no mínimo uma hora. Então chegou a hora da última caneca de chocolate quente e de ir para a cama.

Eles demoraram para viajar na manhã seguinte. Acordaram ao nascer do sol,
mas por alguma razão pareciam ter um bocado de coisas para fazer. A Sra.
Weasley corria de um lado para outro mal-humorada, procurando meias
desparelhadas e penas de escrever; as pessoas não paravam de dar encontrões nas escadas, meio vestidas, levando pedaços de torradas nas mãos; e o Sr. Weasley quase quebrou o pescoço, ao tropeçar em uma galinha solta quando atravessava o quintal carregando o malão de Gina até o carro.

Amy não conseguiu imaginar como é que oito pessoas, seis malões, três
corujas e um rato iam caber em um pequeno Ford Anglia. É claro que ela não contara com os acessórios especiais que o Sr. Weasley acrescentara.

– Nem uma palavra a Molly – cochichou ele a Harry e a Amy quando abriu a mala docarro e lhe mostrou como a aumentara por artes mágicas para que a bagagem coubesse sem problemas.

Quando finalmente todos tinham embarcado no carro, a Sra. Weasley olhou para o banco traseiro, onde Amy, Harry, Rony, Fred, Jorge e Percy estavam sentados confortavelmente lado a lado e disse:

– Os trouxas sabem mais do que nós queremos reconhecer, não é? – Ela e
Gina entraram no banco dianteiro que fora aumentado de tal maneira que parecia um banco de jardim público. – Quero dizer, olhando de fora, a pessoa nunca imaginaria como o carro é espaçoso, não é?

O Sr. Weasley ligou o motor e saiu do quintal, enquanto Amy e Harry se viravam para trás para darem uma última olhada na casa. Mal tiveram tempo para pensar quando a veriam outra vez e já estavam de volta: Jorge esquecera a caixa de fogos Filibusteiro. Cinco minutos depois, tornaram a parar no quintal para Fred ir buscar depressa sua vassoura. Tinham quase chegado à rodovia quando Gina gritou que deixara o diário em casa. Na altura em que tornaram a embarcar no carro eles já estavam muito atrasados e muito mal-humorados.

O Sr. Weasley olhou para o relógio e depois para a sua mulher.

– Molly, querida...

– Não, Arthur.

– Ninguém veria. Esse botãozinho aqui é um multiplicador de invisibilidade
que instalei, isso nos faria decolar e voar acima das nuvens. Estaríamos lá em dez minutos e ninguém saberia...

– Eu disse não, Arthur, não em plena luz do dia.

Eles chegaram à estação de King’s Cross às quinze para as onze. O Sr. Weasley disparou até o outro lado da rua para buscar carrinhos para a bagagem e
todos correram para a estação.

Amy tomara o Expresso de Hogwarts no ano anterior. A parte complicada era chegar à plataforma nove e meia, que não era visível aos olhos dos trouxas. O que a pessoa tinha que fazer era atravessar uma barreira sólida que separava as plataformas nove e dez. Não machucava, mas tinha que ser feito com cautela, de modo que os trouxas não vissem a pessoa desaparecer.

– Percy primeiro – disse a Sra. Weasley, consultando nervosa o relógio no
alto, que indicava que tinham apenas cinco minutos para desaparecer pela
barreira sem ser vistos.

AMÉLIA CARTER - A Chama de uma Fênix Onde histórias criam vida. Descubra agora