AMÉLIA CARTER - A Chama de uma Fênix

╭➰💕 CAPÍTULO 11 ~ Poção Polissuco

No alto da escada eles desceram, a Profa McGonagall bateu a uma porta que se abriu silenciosamente, e eles entraram. A professora disse a Amy e Harry que esperassem e os deixou ali, sozinhos.

No geral, Amy sempre gostou de estar na sala de Dumbledore. Olhou à volta. Uma coisa era certa: de todas as salas de professores que visitara até aquele dia, a de Dumbledore era de longe a mais interessante. Se não estivesse apavorada com a iminência de ser expulso da escola, ele teria ficado
muito feliz com a oportunidade de estar ali novamente.

Era uma sala bonita e circular, cheia de ruídos engraçados. Havia vários instrumentos de prata curiosos sobre mesas de pernas finas, que giravam e soltavam pequenas baforadas de fumaça. As paredes estavam cobertas de retratos de antigos diretores e diretoras, que sempre acena animada mente para Amy, no entanto, todos eles cochilavam tranquilamente em suas molduras hoje. Havia também uma enorme escrivaninha de pés de garra, e, pousado sobre uma prateleira atrás dela, um chapéu de bruxo surrado e roto - o Chapéu Seletor.

Amy observou calada Harry ir até o Chapéu Seletor. Sabia muito que o Chapéu formulou a ideia de colocá-lo na casa das cobras, o garoto contara isso para Amy no final do ano anterior.

- Você está enganado - disse Harry em voz alta fazendo com que Amy desse um salto. Harry recuou, observando o chapéu. Amy não estava com cabeça no momento para saber o motivo daquela exclamação.

Então, um ruído estranho e sufocado atrás deles os fizeram virar.

Afinal não estavam sozinhos. Encarrapitado em um poleiro dourado, atrás da porta, achava-se um pássaro de aparência decrépita que lembrava um peru meio depenado. Era Fawkes, a fênix de Dumbledore. Amy e Harry ficaram a encarando, e o pássaro sustentou funestamente o seu olhar,
tornando a fazer o mesmo ruído sufocado. Amy observou que Harry provavelmente achara que ele parecia muito doente e, de fato parecia. Seus olhos estavam opacos e, mesmo enquanto Amy e Harry o observava, caíram mais algumas penas de sua cauda.

Fawkes então de uma hora pra outra pegou fogo.

Harry gritou chocado e se afastou da mesa. Olhou ansioso em volta para ver
se encontrava um copo de água em algum lugar mas não viu nenhum; o pássaro, entrementes, transformara-se numa bola de fogo; o pássaro deu um grito alto e no segundo seguinte não restava nada dele, exceto um monte de cinzas fumegantes no chão.

Se Amy não estivesse em uma situação de pânico, teria dado risada da reação de Harry.

A porta da sala se abriu. Dumbledore entrou com o ar muito grave.

- Professor - ofegou Harry. - Seu pássaro, nós não pudemos fazer nada, ele simplesmente pegou fogo...

O garoto olhava para Amy, esperando que a mesma o ajudasse a explicar a situação. Para surpresa de Harry, Amy e Dumbledore sorriram.

- Já não era sem tempo. Ele tem andado com uma aparência medonha há dias; e venho dizendo a ele para se apressar.

O diretor deu uma risadinha ao ver a cara de espanto de Harry.

- Creio que Amélia possa explicar isso a você.

- Fawkes é uma fênix, Harry. As fênix pegam fogo quando chega a hora de
morrer e tornar a renascer das cinzas. Olhe ele... - Disse Amy com um fio de voz olhando para o pássaro.

Harry olhou em tempo de ver um pássaro minúsculo, amarrotado, recém-nascido botar a cabeça para fora das cinzas. Era tão feio quanto o anterior.

- É uma pena que você a tenha visto no dia em que queimou - disse Dumbledore, sentando-se à escrivaninha. - Na realidade ela é muito bonita quase o tempo todo, tem uma plumagem vermelha e dourada. Criaturas fascinantes, as fênix. São capazes de sustentar cargas pesadíssimas, suas lágrimas têm poderes curativos e são animais de estimação muitíssimo fiéis. Certo Amy? - O diretor deu uma piscadela para a garota que deu um sorriso fraco.