Desde o desastroso episódio com os diabretes, o Prof. Lockhart não trouxera mais seres vivos para a aula. Em vez disso, lia trechos dos seus livros para os alunos, e, por vezes, dramatizava algumas passagens mais pitorescas. Em geral ele escolhia Amy ou Harry para ajudá-lo nessas dramatizações; até aquele momento a garota fora obrigada a representar uma camponesa simplória da Transilvânia, de quem Lockhart curara um feitiço de gagueira, Harry um iéti com um resfriado na cabeça e um vampiro que se tornara incapaz de comer outra coisa a não ser alface, depois que Lockhart dera um jeito nele.Harry foi chamado à frente da classe na aula seguinte de Defesa Contra as Artes das Trevas, desta vez para representar um lobisomem. Se não tivesse uma boa razão para deixar Lockhart de bom humor, ele teria se recusado.
– Um belo uivo, Harry, exato, e então, queiram acreditar, eu saltei sobre ele, assim, joguei-o contra a porta, assim, consegui contê-lo com uma das mãos, com a outra apontei a varinha para o pescoço dele, e então reuni toda a força que me restava e lancei o Feitiço Homorfo, muitíssimo complicado, e ele soltou um gemido de dar pena... vamos, Harry, mais alto, bom, o pelo dele desapareceu, as presas encurtaram, e ele voltou a virar homem. Simples, mas eficiente, e mais uma aldeia que se lembrará de mim para sempre como o herói que os salvou do terror mensal dos ataques de lobisomem.
A sineta tocou e Lockhart ficou em pé.
– Dever de casa... compor um poema sobre a minha vitória sobre o lobisomem de Wagga Wagga!
Exemplares autografados de O meu eu mágico para o autor do melhor trabalho!Os alunos começaram a sair. Harry voltou ao fundo da sala, onde Amy, Rony e Marcela e Mione esperavam.
– Prontos? – murmurou Harry.
– Espere até todos saírem – pediu Mione nervosa. – Certo...
Ela se aproximou da mesa de Lockhart, um papelzinho seguro firmemente na
mão, Amy, Marcela, Harry e Rony logo atrás.– Ah... Prof. Lockhart? – gaguejou Mione. – Eu queria... retirar este livro da biblioteca. Só para ter uma ideia geral do assunto. – Ela estendeu o papelzinho, a mão ligeiramente trêmula. – Mas o problema é que ele é guardado na Seção Reservada da biblioteca, então preciso que um professor autorize, tenho certeza de que o livro me ajudaria a entender o que o senhor diz em Como se divertir com vampiros sobre os venenos de ação retardada...
– Ah, Como se divertir com vampiros! – exclamou Lockhart apanhando o papelzinho de Hermione e lhe dando um grande sorriso. – Possivelmente é o livro de que mais gosto. Você gostou?
– Gostei – disse Hermione depressa. – Muito esperto o modo com que o senhor apanhou aquele último, com o coador de chá...
– Bem, tenho certeza de que ninguém vai se importar que eu dê à melhor aluna do ano uma ajudinha extra – disse Lockhart calorosamente, e puxou uma enorme pena de pavão. – Bonita, não é? – disse ele, interpretando mal a expressão de indignação no rosto de Marcela. – Em geral eu a uso para autografar livros.
Ele rabiscou uma enorme assinatura cheia de floreios no papel e devolveu-o a Hermione.
– Então, Harry e Srta. Black – disse Lockhart, enquanto Hermione dobrava o papel com dedos nervosos e o guardava na mochila. – Creio que amanhã é a primeira partida de quadribol da temporada. Grifinória contra Sonserina, não é? Ouvi dizer que vocês são jogadores muito úteis. Eu também fui apanhador e artilheiro. Convidaram-me para tentar a seleção nacional, mas preferi dedicar minha vida à erradicação das Forças das Trevas. Ainda assim, se algum dia vocês acharem que precisam de um treino pessoal, não hesitem em me pedir. Fico sempre feliz de passar minha experiência a jogadores menos capazes...
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AMÉLIA CARTER - A Chama de uma Fênix
FanfictionAmélia Carter é uma garota órfã que em seu décimo aniversário recebe a notícia mais feliz de sua vida: Sua tia irá adota-la. Agora que mora com a irmã gêmea de sua mãe poderá descobrir algumas coisas sobre seu passado, como por exemplo, tanto ela, q...