Capítulo 11

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Narração:

O resto da semana se seguiu de maneira tranquila. S/n e Tobirama não tocaram mais no assunto do encontro dela com Hikaru. Porém, o platinado vinha "arquitetando" meios de fazê-la desistir da ideia. Ainda não havia decidido como faria, mas iria impedir a qualquer custo.

Na sexta-feira, S/n foi até o hospital para tentar convencer o médico de que já estava bem o suficiente para treinar, de modo que a liberasse do repouso.

Mesmo depois de imensas súplicas, o pedido foi negado com um sonoro "NÃO".

— O que diria Ran-sama se eu liberasse sua aluna para treinar, sem ela estar realmente apta a isso?! Não vou arriscar meu emprego! — justificou-se o doutor.

No fundo, sabia que ele tinha razão. Saindo de lá chateada por ser contrariada, S/n se concentrou em pensar no que faria para passar o tempo.

Chegou a uma conclusão: treinaria sozinha. Seguiu caminho para uma área um pouco mais afastada do centro de Kumo, que rumava a mesma direção do campo em que sempre treinava com Ran.

Quando encontrou o local onde constatou que teria paz o suficiente sem riscos de interrupção, começou um treino básico de kunais e shurikens.

Saudades dos treinos com Tobirama-sensei. Pensou ela, sorrindo para si mesma. Nunca imaginou que iria sentir falta disso.

Relembrando alguns momentos com o mais velho, ela se ateve a uma memória em específico: o dia em que Tobirama lhe ensinara Kage Bushin no Jutsu.

Essa memória veio à tona em sua mente, juntamente com a sensação incrível que sentiu ao aprender como manipular Raiton. Sem dúvidas, jamais esqueceria essa sensação, de aprender algo novo e tão único.

Uma ideia começou a surgir em sua mente...

E se eu fizesse clones... mas ao invés de serem das sombras... fossem Raiton?!

Perguntava a si mesma se isso seria possível; de qualquer forma, ela sentia que valeria a pena tentar. Pôs-se imediatamente a praticar sua mais nova ideia.

Tobirama POV:

Minha cabeça se encontrava um caos essa semana, como há muito tempo não acontecia. Sentia uma mistura de sensações novas invadindo meu peito, sentimentos que antes nunca estiveram presentes.

Lembrei-me do tal "encontro" de S/n, que estava marcado para amanhã. Eu daria algum jeito de impedir... eu precisava. Só de pensar que aquele maldito desde o início planejou colocar suas mãos nela, meu sangue fervia.

Como Ay não me designou mais missões, me concentrei em entender um pouco mais sobre as relações políticas de Kumogakure com Kirigakure. Como hoje o Raikage foi resolver compromissos diplomáticos acompanhado de seu "braço direito", resolvi ir até a biblioteca da Vila consultar todos os pergaminhos públicos que pudesse sobre o assunto.

Ao chegar lá, identifiquei-me na entrada, e em seguida adentrei o local. Não era uma biblioteca muito grande; pude notar que ao fundo das cinco fileiras de estantes havia uma sala com a porta de madeira trancada com um cadeado grande. Haviam dois shinobi de guarda.

Provavelmente os documentos de maior importância, assim como os pergaminhos com jutsus proibidos se concentravam lá. Porém, não acho uma ideia inteligente guardá-los em um lugar tão óbvio...

Concentrei-me em encontrar o que vim procurar. O tempo foi passando de forma rápida, estava tão distraído que nem notei direito.

Depois de horas lendo, percebi que ali não encontraria nada útil. A maioria das informações era sobre acordos comerciais de muito tempo atrás e de pouquíssima relevância para o problema atual.

Olhei de soslaio para a pesada porta no fundo da sala... com certeza as informações que realmente importam estão contidas lá. Nem pensei duas vezes antes de me encaminhar até a sala, sendo barrado pelos shinobi imediatamente.

— Shinobi 1: Onde pensa que vai? O acesso a essa área é restrito.

— Shinobi 2: Sugiro que se retire daqui imediatamente se não quiser encrenca.

Quando estava prestes a abrir a boca para contestar o que falaram e explicar que estou fazendo um favor ao Raikage, ouvi uma voz extremamente conhecida atrás de mim.

— Samui: Está tudo bem, ele está comigo.

Estranho não ter sentido o chackra antes...

Imediatamente eles relaxaram a postura, e me virei para trás para encarar a mulher.

Ela tirou de seu bolso uma chave, a qual abriu o cadeado que lacrava a porta. Que porra é essa? Não pude deixar de perguntar como ela estava em posse de algo assim. Ela abriu a porta, passando por ela e indicando que eu fizesse o mesmo. Assim que entramos na sala, vi que os homens a trancaram por fora. Minha tensão era evidente.

— Samui: Relaxa, gato. Quando quisermos sair é só bater na porta que eles abrem. Sabe como é, normas da instituição. — seu sorriso ladino surgiu em sua face.

— Tobirama: E como alguém como você tem acesso a um lugar tão restrito?

— Samui: Não é óbvio, amorzinho? — franzi meu cenho em uma carranca ao ouvir como ela me chamara. — Meu irmão é o ninja de confiança de Ay, e eu sou a Kunoichi de confiança. Simples.

Ela fazia uma expressão convencida. Virei-me para observar melhor o cômodo, notando prateleiras que diferente daquelas da sala anterior, iam até o teto, em uma enxurrada de pergaminhos e consequentemente informação.

O espaço continha apenas uma janela praticamente em seu canto, à direita; uma escrivaninha de madeira avermelhada estava disposta no centro do cômodo, juntamente com uma cadeira estofada em couro. Rapidamente me pus a olhar minuciosamente cada categoria em que se separavam os papéis.

— Samui: Sabe... acho que sei o que você está procurando. — continuei concentrado no que estava fazendo, sem lhe dar atenção. — Você quer estudar as possíveis causas de rivalidade entre Kumo e Kiri.

Olhei para ela um tanto surpreso.

— Samui: Acertei... não é? — o sorriso convencido se alargou ainda mais. — Ocultei meu chackra para te observar melhor anteriormente e vi que lia cada pergaminho com certa... urgência, diria.

— Tobirama: Não te ensinaram que é feio espiar os outros?

— Samui: Qual é, Senju. Faz parte do meu trabalho. — se aproximava em passos lentos. — E se quer saber, as respostas que procura não estarão em nenhum desses pedaços de papel. As pessoas muitas vezes escondem coisas... simplesmente para não ter que lidar com a reação alheia ao que fizeram no passado.

— Tobirama: O que quer dizer com isso? — recuei vendo que ela não parou com a repentina aproximação.

— Samui: Pergunte ao Raikage. Somente ele pode contar essas coisas.

Quando menos esperava, a morena me pegou desprevenido em um beijo. Em um impulso, segurei sua cintura, segundos depois me dei conta da merda que estava fazendo. A empurrei para longe, fazendo ela bater com as costas contra as prateleiras.

— Tobirama: Perdeu a noção? — esbravejei, já socando a porta para que os guardas abrirem.

— Samui: Eu apenas... te desejo.

— Tobirama: Pois então sugiro que pare de desejar, e jamais faça algo assim de novo. Não é recíproco.

Quando a porta foi aberta à minha frente, apenas a atravessei e saí daquela biblioteca o mais rápido possível, pisando duro; sem olhar para trás e nem esperar resposta de Samui.

A única coisa que queria agora era tomar um banho e esquecer dos problemas, nem que por apenas um instante.

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Até o próximo capítulo ❣️

𝒯𝑜𝒷𝒾𝓇𝒶𝓂𝒶 - 𝒮𝑒𝓃𝓈𝑒𝒾Onde histórias criam vida. Descubra agora