Capítulo 18

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Narração:


Depois de sair da sala do Hokage, S/n comprou alimentos antes de ir para casa; afinal, deixou sua despensa praticamente vazia, imaginando que ficaria fora por um período maior. Fez uma refeição e tomou banho, apenas desejando descansar o quanto antes.

Dormir tornou-se um desafio e tanto. Sentia falta dos braços fortes do platinado a envolvendo e do calor de seu corpo; da sensação de conforto e segurança que eram únicas a seu lado. Jamais imaginaria que o apego viria assim tão rápido.

Suspirava com as lembranças que tiravam sua paz e levavam embora seu sono.

Do outro lado de Konoha, na casa dos Senju, a situação não era diferente. Tobirama estava inquieto em sua cama, sem paz para descansar. S/n estava em seus pensamentos o tempo todo. Ponderou diversas vezes sobre a hipótese de ir até a casa da mesma, se xingando mentalmente para lembrar de colocar uma kunai selada mais perto da moradia da garota, facilitando assim seu transporte até lá.

De ambos os lados, pensavam um no outro até o momento despretensioso em que pegaram no sono.

***

S/n acordou em um pulo, olhando seu relógio e vendo que já passava do meio-dia. Imediatamente se assustou, sensação que foi embora assim que se lembrou que estava de folga. Fez suas higienes e tratou de comer algo, lembrando-se ansiosa de sua "reunião" com Hashirama ao fim do dia.

Lembrou-se de fazer uma lista mental de todas as perguntas que tinha para fazer ao mesmo, para garantir que iria esclarecer todas as pontas soltas.

Na casa dos Senju, os irmãos já haviam almoçado, encaminhando-se agora para sua reunião. Como Tobirama ainda estava descansando pela manhã, Hashirama optou por deixar para tratar dos assuntos pendentes apenas na parte da tarde.

Dirigiram-se ao escritório da própria casa, acomodando-se nas confortáveis poltronas aveludadas de cor vermelho vinho que havia no canto da sala, com uma mesinha de centro à frente.

— Hashirama: Então, Tobirama, me conte o que era tão importante a ponto de não poder ser revelado por carta. — o moreno estava sério.

Tobirama prontamente contou em detalhes o que Ay revelou sobre os conflitos entre Kumo e Kiri, e a motivação, que se tratava da tragédia envolvendo o irmão do Mizukage. Após ouvir tudo atentamente e fazer um breve silêncio, de forma a processar as informações, o mais velho se pronunciou.

— Hashirama: E ele não disse o que motivou aqueles ninjas a agir com tamanha psicopatia? — questionou.

— Tobirama: Não.

— Hashirama: É bem mais complexo do que eu poderia imaginar. — falou, pensativo. — Mesmo que nossos laços políticos com Kirigakure sejam bons, não sei se será o suficiente para negociar com o Mizukage.

— Tobirama: De qualquer forma, acredito que a tentativa é válida. — disse.

Hashirama reparava no irmão, ele parecia diferente. Ele não sabia dizer como ou porquê, mas tinha algo nele que não havia antes de ir a Kumogakure. O moreno balançou a cabeça levemente para afastar os pensamentos bobos e sem fundamento (a seus olhos), para se concentrar no assunto.

— Hashirama: Concordo com você. Iremos pensar em alguma estratégia. — falou como se estivesse pensando alto. — Mas agora, tem outro assunto me preocupando.

— Tobirama: E do que se trata? — olhava para o mais velho com curiosidade.

— Hashirama: S/n.

𝒯𝑜𝒷𝒾𝓇𝒶𝓂𝒶 - 𝒮𝑒𝓃𝓈𝑒𝒾Onde histórias criam vida. Descubra agora