Capítulo 5

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Narração:

O clima entre S/n e seu Sensei estava normal, diferente do que ela imaginou que seria. Tobirama sentia um turbilhão de emoções o atingirem simplesmente por estar perto dela, mas resolveu ignorar esse fato, não podia se dar ao luxo de se preocupar com essas coisas, não agora.

Queria garantir sua chegada em segurança até Kumogakure. Explicou o caminho para S/n, que nunca havia passado por esses lugares antes. Ela ouviu tudo atentamente, e tratou de ficar o mais atenta possível.

***

Haviam andado quase o dia todo, fazendo apenas uma pequena pausa para almoçar. O dia já estava acabando quando pararam, ao comando de Tobirama.

— Tobirama: Aqui é o local ideal para pararmos e descansar. — olhou ao redor, e logo a diante, à esquerda deles, havia uma caverna. — Podemos nos abrigar naquela caverna.

S/n seguiu com o olhar para onde o mais velho apontava e assentiu. Caminharam até lá, e logo fizeram uma fogueira no local, enquanto a noite caía.

Os alimentos que levaram consistiam em pílulas de comida, e alguns biscoitos que Hashirama lhes dera antes que partissem. Essa noite, se alimentaram com as pílulas. O silêncio entre os dois estava se tonando incômodo, mas nenhum deles criou coragem o suficiente para quebrá-lo.

S/n foi a primeira a ajeitar seu saco de dormir em um lado da fogueira, deixando o primeiro turno da guarda com Tobirama.

***

S/n POV:

Aquela sensação estranha de vazio tomava conta de meu ser novamente. Me vi cercada por névoa, não sabia onde estava, mas sentia medo. Por algum motivo que me era desconhecido, senti meu corpo travar e não conseguia mover um músculo sequer.

"S/n! Venha aqui!" — Ouvi aquela voz feminina me chamando, e sem conseguir enxergar onde estava indo, a segui, despertando meu corpo daquele transe. Ouvia seus gritos desesperados e comecei a correr. Eu precisava ajudá-la, fazer alguma coisa.

Meu corpo congelou assim que vi a névoa se dissipando onde estava o corpo da mulher que me chamava tão desesperadamente. Mamãe. Meus olhos ainda não conseguiam acreditar no que estava vendo. Lá estava ela, caída, em uma poça de seu próprio sangue.

Me aproximei devagar e abaixei-me ao seu lado, meus olhos se encheram de lágrimas.

— S/n: Mamãe, o que houve? E o papai? — minha voz saía quase em um sussurro, minha visão estava turva em meio as lágrimas.

— Ele está lá. — apontou para uma casa, que ardia em chamas. — Ele não... conseguiu sair a tempo.

A dor em meu peito ardia enquanto eu segurava sua mão.

S/n: Por que? Vocês estão me deixando sozinha! Por que tem que ser assim?! — não conseguia conter meu desespero.

— Não, meu amor, me escute. — ela segurou forte em minha mão, me olhando nos olhos, enquanto tossia sangue. — Você não está sozinha. Nunca... te contamos... mas... — falava com dificuldade, e eu via a luz ir embora de seus olhos.

— S/n: NÃO! Mamãe! Mas o que?!

— V-Você... tem... uma irmã!

O toque de sua mão de repente ficou gelado, e seus olhos verdes, tão intensos, agora estavam apagados e frios. Distantes. A dor era insuportável. Enquanto eu chorava em desespero, via uma figura esguia e alta se aproximar, pude constatar que se tratava de uma mulher.

𝒯𝑜𝒷𝒾𝓇𝒶𝓂𝒶 - 𝒮𝑒𝓃𝓈𝑒𝒾Onde histórias criam vida. Descubra agora