Capítulo 32

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Narração:

Mito pediu para seu avô que explicasse exatamente o que queria dizer com tais palavras, e enquanto ele o fazia, ela continuava a curá-lo mantendo as mãos espalmadas em suas costas.

                Tobirama agora assumia a posição de antes, ajudando a segurar a raposa novamente, fato que aliviou o esforço do velho possibilitando-o a diminuir o consumo de chackra. Após ouvir a ideia do avô, Mito exaltou-se.

— Mito: Vovô, só pode estar brincando! – olhava para ele incrédula. — Não acho que eu esteja pronta para tamanha tarefa.

— Ashina: Você sabe que jamais pediria isso em circunstâncias normais. Mas essas não são circunstâncias normais. – ele falava um tanto fraco; suspirou e prosseguiu. — Meu plano original não era esse. Eu deveria ser o receptáculo da Raposa, porém, não tenho mais forças para tal. – tossiu, de maneira fragilizada. — Você é a pessoa que mais entende do que estamos prestes a realizar aqui e portanto a mais apta. Não queria esse destino para você, minha neta, mas não tenho escolhas. Veja bem... de nada adianta se... –

Ele foi interrompido pela ruiva, que completou a fala.

— Mito: ... se a Raposa for selada em você e... e... – quase não tinha coragem para proferir tais palavras. — ... morrer. Ela será libertada novamente e retornará em um período imprevisível de tempo e todo o trabalho teria sido em vão. Eu entendo, vovô.

Os olhos dela quiseram se encher de lágrimas, mas a mesma enrijeceu sua postura de forma a manter-se forte e não deixar suas emoções transparecerem.

— Ashina: Que bom que você entende. Vamos começar logo com esse processo, sim?!

Ela assentiu, enquanto um pensamento percorria sua mente.

— Mito: Preciso tomar uma precaução antes. – falou baixo. — S/n?! – elevou um pouco a voz para chamar a garota, que estava um tanto distante.

— S/n: Sim?! – respondeu, já se aproximando rapidamente.

— Mito: Preciso que assuma meu lugar e continue aplicando ninjutsu médico no vovô. – a seriedade em sua voz era notória. — Ele quem vai guiar o selamento, e a julgar pela fragilidade em sua rede de chackra... – ela não precisou falar mais nada, S/n entendeu e assentiu com a cabeça.

— S/n: Não se preocupe, posso fazer isso sem problemas.

Por mais que ela tivesse suas desavenças com o velho, jamais se negaria a ajudar caso necessário; além do mais, ele havia salvo sua vida anteriormente, e mesmo sem entender muito o que tinha acontecido, estava imensamente grata. 

                Os três ficaram próximos à Kyūbi, mais especificamente, logo ao lado de sua cabeça, que estava abaixada devido ao aperto das cordas e correntes de Ashina. Perto o suficiente para até mesmo tocá-la, podiam ouvir a respiração irregular da besta.

                Ashina colocou sua mão esquerda sobre os pelos dela, de modo a sentir seu chackra e tudo o que pôde captar foi caos. Olhou para a neta de maneira inquisitória, e ela apenas assentiu.

                S/n se posicionou atrás de Ashina para continuar o trabalho de Mito, curando o núcleo de sua rede de chackra. Ao tocá-lo, ela sentiu que a dimensão de sua sensibilidade era muito maior do que mensurara anteriormente. S/n decidiu algo por conta própria: ao invés de apenas aplicar a cura de forma tradicional, se esforçaria para infundi-la no chackra dele de forma que quando o mesmo percorresse pelos finos ligamentos e ramificações da rede, levasse a cura consigo a todos esses pequenos pontos.

𝒯𝑜𝒷𝒾𝓇𝒶𝓂𝒶 - 𝒮𝑒𝓃𝓈𝑒𝒾Onde histórias criam vida. Descubra agora