Capítulo 11

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—Dori. Ei, Dori!- bato novamente em sua porta.

—Estou indo!- ouço um grito do lado de dentro da casa e após 30 segundo a porta é aberta.

Dori estava com uma aparência cansada, usava calça moletom preta e estava sem camisa. Seu cabelo estava bagunçado e coçava seus olhos por causa do contato com a luz do sol.

—Anne?!

—está tudo bem?

—Está sim.

—Vim te chamar pra sair...poderiamos ir ate a sorveteria.

—Bem, é que- ele olha para dentro da casa.

—Quem é Dori? Quem está na porta?- ouço uma voz feminina soar de dentro da casa.

Uma garota de aparência japonesa por fim aparece do lado dele. Ela se segura nele e coloca sua cabeça em seu ombro.
Eu a olho por completa, ela esta usando uma camisa larga do dori e um short de pijama. Ela me encara e me olha de cima abaixo.

—O que está acontecendo? Quem é essa?- ela pergunta, eu o encaro esperando resposta.

—Bem...- nao ouço mais a voz de Dori.

—Quem é essa garota, Dori?- o pergunto seria segurando o choro, ele permanece em silêncio.

—Tudo bem, nao precisa falar! Eu ja entendi tudo- corro e entro em meu carro, do lado de fora ainda do carro conseguir ouvir ele gritar meu nome, o que foi ignorado.
Dirigo ate minha casa sem olhar para tras.

"Como eu fui tão tola?" era óbvio que ele nao queria nada comigo, apenas me usar. Por sorte, não me entreguei por completo à ele.
Entro dentro de minha casa, jogando minha bolsa para qualquer canto.
Me encosto na parede, deslizando pela mesma ate o chão, o lugar que eu nunca deveria ter saído.
Meu telefone toca, era ele. Desligo o mesmo e o atiro para longe, ele bate na parede e caí no chão.

"Celular imprestável"

Depois de quase 1 hora tentando parar de chorar, eu posso finalmente me olhar no espelho do banheiro.
Meus olhos estavam vermelhos, e meu rosto inxado.

"Como pude me deixar chorar por um homem?"

Lavo meu rosto tentando segurar mais lagrimas que teimavam em parar de cair.
Por fim, entro de baixo do chuveiro, deixando que apenas a água quente me acalma-se.

Ja era tarde, daquele mesmo dia. Alguém bate em minha porta, era aquela garota japonesa que eu havia visto pela manhã

—Anne? Eu sei que você está ai! Olha, você entendeu tudo errado. Me deixe entrar para que possamos conversar.- abro a porta.

—O que quer?

—Conversar?- ela sorrir com olhar acolhedor.
—Podemos?

—Sim, entre!- dou espaço para que ela entre.
—Sentesse aí!- aponto para o sofá.

—O Dori me contou da sua relação com ele

—Que relação? Que eu saiba não temos nada.

—Ele não chegou a pedir oficialmente, mas vocês tem sim! Eu consigo ver isso!

—Continue, voce não deve ter vindo aqui para falar isso.

—Na verdade, eu sou uma amiga de infância do Dori. Da época em que ele ainda morava no Japão, eu o vim visitar. Cheguei ontem pela madrugada. E aquele blusa do Dori, bem...eu havia esquecido o conjunto do meu pijama, espero que entenda!

—Isso não quer dizer que voces não tenham tido algo.

—Não, eu e o Dori nao temos nada. Nunca tivemos, longe disso! Ele é como um irmão mais novo para mim, eu so quero ve-lo feliz.

—E por que, ele não quis falar quem eu era na sua frente naquela hora?

—Dori nao possui muito jeito para apresentar suas namoradas.

—Eu nao sou namorada dele- reviro os olhos

—Pos, ele acha que sim- tento evitar o sorriso que cresce em meu rosto.

—Eu espero que voce entenda Anne- ela segura em minha mão se levantando
—Eu so o quero ver feliz, e se você for a felicidade dele eu recomendo ir ve-lo! agora eu preciso ir, estou indo pegar um voo para Nova york, eu so vim ve-lo, porque há anos nao nos vemos. Desculpe toda essa confusão- ela me abraça.
—O torne feliz Anne, eu sei que você gosta dele, tchau- diz ao entrar no carro.

"Eu devia ir encontra-lo!"

Nas Vibrações do Seu Olhar:O Começo          Dori SakuradaOnde histórias criam vida. Descubra agora