Alcatéia Lúpus: Maldição dos Gêmeos

Capítulo 17

°•°•° POV:Autora °•°•°

Os gritos estavam ficando cada vez mais altos. Os lobos da guarda do Alpha enfrentavam os Caçadores, enquanto os outros tentavam retirar os mais novos que estavam fora de casa.

Os gêmeos corriam entre as casas, com Charles ao seus alcance, ele não era preparado para lutar em guerras ao lado do pai, diferente de Lua e Apolo. Os três já tinham levado algumas crianças para a casa do Alpha, que era protegida com feitiços poderosos para proteger a família. Douglas e Jorge entraram na busca de feridos na alcatéia, os dois já tinham perdido pessoas nesses ataques, ambos sabia a dor que era perder alguém, e não queriam que sua alcatéia passasse por isso.

No outro lado da Alcatéia, Félix, Caio e Bruno não poupavam os Caçadores, eles atacaram primeiro, tinham motivos de os querer mortos. Bruno desviou de um caçador, e viu o momento exato de uma flecha quase acertar Ive, que estava tirando uma das crianças que estava presa em algo, ele não queria meter as filhas nisso, mas a sua primogênita tinha sido treinada para situações como essa.

A casa dos gêmeos já estava com algumas crianças, maioria tinha em torno de oito anos. Os mais velhos, já tinham sido instruídos para em casos de ataque, fossem para a biblioteca ou para a casa do seu Alpha. Tinha alguns na biblioteca, ainda transformados em lobos.

Lua corria com o irmão, Apolo carregava um garoto nos braços, a criança devia ter em torno de cinco ou seis anos, e estava ferida, provavelmente caiu no meio da confusão. A loba voltou sua atenção para um canto escondido perto de um jardim, onde uma menina estava encolhida no canto, Lua podia ver que ela estava machucada.

-- Apolo, leva o garoto para casa, tem uma garotinha ali! -- grita para o irmão, enquanto se abaixava em frente à garota.

Apolo acena para a sua gêmea, e segue para casa. A garota se assusta com a aproximação da loba, e se encolhe mais no canto.

-- Ei, não precisa ter medo, não vou te machucar. Vou te levar para um lugar seguro, depois te levarei para seus pais! -- Lua estende a mão para a garota que ainda estava hesitante.

Um flecha acertou o lado da cabeça da menina, fazendo a mesma se assustar e se jogar nos braços de Lua, que aproveita para pegá-la, e à levar para sua casa.

O corpo da menininha se tremia nos braços da loba, que a segurava com força, tentando passar um pouco de proteção. A garota estava assustada, e Lua sabia disso, além da menina está machucada.

Tabata tentava ajudar todas as crianças que estavam na casa, algumas tinham machucados, e todas estavam assustadas com o ataque, que não era dos pequenos, o barulho lá fora era imenso. A ômega estava aflita com os filhos e o marido lá fora. Luana não tinha Voltado para casa depois do treino, a mulher tentava se convencer de que a sua caçula estava com Sam, na casa de Bruno, sã e salva. Mas seus pensamentos no mesmo instante que estavam em Luana, estavam nos gêmeos lá fora, no meio daquilo tudo. Ela sabia que quando a guerra desse início os dois teriam que lutar, eles nasceram para isso, mas a ideia não a reconfortava, sentia tanto medo de perder um deles no meio disso.

A porta dos fundos se abriu, a mulher se virou, e viu sua filha mais velha passar por ela com uma garota agarrada à si.

-- Ela está machucada, mãe! E muito assustada.

-- Imagino Sunshine. Oi querida, posso dá uma olhada nos seus ferimentos? -- a garotinha se encolhe no colo de Lua, mas deixa a ômega se aproxima e limpar seus machucados.

Alguns minutos depois, o sino bateu, o aviso de que estava acabado. As crianças estavam mais calmas, mas perguntavam sobre seus pais e como eles estavam. E nenhum dos presentes ali sabiam se tinha feridos ou mortos no meio do ataque.