Capítulo 33

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°•°•° POV: Lua 🌙 °•°•°

Eu estava bem irritada para falar a verdade. Camilo não larga do meu pé, e eu estou quase considerando a ideia de matá-lo!

Apoio minha cabeça no colo de Amanda, que estava ao meu lado direito. Ela e Apolo estavam terminando os últimos detalhes do trabalho do professor. Eu e Carlos já tínhamos terminado há um bom tempo.

Falando em Carlos, ele veio deixar a irmã na casa da Sam e ficou por aqui mesmo. E agora o moreno está à minha frente.

Eu podia sentir Amanda tensa, algo está à incomodando. Nós duas nos aproximamos bastante nessas semanas.

A reunião entre os líderes das alcatéias e dos clãs já tinha terminado há duas horas, mas meu pai ainda não tinha retornado, talvez ainda esteja no escritório resolvendo alguns assuntos inacabados.

-- Eu desisto dessa vida! Vou atrás de um penhasco e me jogar de lá -- Jorge fala passando pela porta com Douglas.

-- Deixa de ser dramático, foi só um sete! -- Douglas responde balançando a cabeça.

-- Sete que poderia ser um nove ou dez! -- exclamou como se aquilo fosse resposta -- Oi gente!

Os outros acenaram para eles, eu fiquei quieta no meu canto, eles saíram daqui a menos de uma hora.

-- Ué, cadê o Matheus? Ele disse que também estava aqui... -- Jorge questionou com uma sobrancelha arqueada.

-- Está lá em cima, ajudando Luana nos deveres -- respondi calmamente.

Apolo levantou o olhar para mim. Ah é, ele não sabia sobre isso... Opps!

"- Como assim ele está no quarto da Luana, e eu não sabia?" Meu gêmeo pergunta para mim.

"- Deixa de ser paranoico, ela precisava de ajuda e como eu não podia ajudar e você estava com o Max, pedi para o Theus ajudá-la"

Apolo franze a testa e olha diretamente para meus olhos. Mantenho o olhar, não vou dar o gostinho de ser a primeira a desviar.

-- Ih alá, eles estão fazendo o lance de se comunicar com a mente ou com os olhos, sei lá -- um dos meninos murmurou, eu julgo ter sido Jorge já que ele estava bem tagarela hoje.

Depois de longos segundos se encarando, meu gêmeo desvia o olhar, bufando e cruzando os braços como uma criança mimada que acabou de ser contrariada. Reviro os olhos para seu drama.

Levanto do colo de Mandy, seu corpo ainda estava tenso, ela está escondendo algo ou quer falar, mas não sabe por onde começar.

-- O que te aflige loirinha. Porque até mesmo eu que estou longe consigo sentir você tensa... -- Apolo faz a pergunta que eu estava prestes a fazer.

A bruxa suspira e pega algo no bolso da calça.

-- Antes de vir para cá, recebi esse bilhete. Não tinha ninguém perto da casa, ou pelo menos eu não vi ninguém.

Me aproximei dela, vendo o pedaço de folha com algo escrito e isso só me fez lembrar de uma coisa.

-- Espera, eu já volto, vou pegar uma coisa. Aproveito e olho os dois lá no quarto para você, Apolo. Sei que está se coçando para ir lá.

Meu irmão não questiona. Subo as escadas rápido, passo logo no quarto da minha irmã.

Os dois estavam sentados na escrivaninha, Matheus tinha um dos braços pelos ombros de Luana e fazia um leve afago em seus cabelos.

-- Oi pombinhos, lamento atrapalhar, mas acho melhor dar uma afastada. Não vou conseguir segurar o Apolo muito tempo lá em baixo. Tchau.

Fecho a porta antes de algum deles responderem. E sigo para meu quarto.

Alcatéia Lúpus: Maldição dos Gêmeos Onde histórias criam vida. Descubra agora