Capítulo 18

34 4 17
                                    

°•°•° POV: Apolo⚡°•°•°

Já tinha passado dois dias desde o ataque dos caçadores, a alcatéia aos poucos está voltando ao normal, ainda precisamos arrumar algumas coisas.

Eu e a minha irmã não tivemos muito tempo de sobra, quase não paramos em casa. Ela está muito cansada, eu também estou. Estamos na casa dos curandeiros de novo, Lua está cochilando no meu ombro, e eu estou tentando me manter acordado.

Vejo Benta se aproximar em passos apressados. Ela se abaixa na minha frente.

-- Apolo, podem ir para casa descansar. Os dois devem estar exaustos! Só faltam mais duas pessoas, assumimos daqui -- ela deixa um selar na minha bochecha e um na da Lua.

Benta sempre foi carinhosa com nós dois, praticamente foi uma avó materna, já que não chegamos a conhecer a nossa.

Acordo minha irmã, para irmos para casa.

-- Lua, acorda -- ela olha pra mim, seus olhos estão praticamente fechados.

-- O que foi? Aconteceu algo? -- pergunta se arrumando melhor no banquinho.

-- Não aconteceu nada, Benta já nos liberou, vem vamos pra casa.

Minha gêmea concorda ainda meio sonolenta. Nos despedimos dos curandeiros que ainda estavam por ali. Quando saímos já tinha escurecido, pego meu celular para ver as horas, e me surpreendo ao perceber que já tinha passado das dez da noite. Estávamos lá desde às três da tarde.

Chegamos em casa, e nossa mãe estava na cozinha, provavelmente nos esperando. Acho que papai ainda não chegou.

-- Venham comer algo, depois banho e cama! -- nenhum de nós dois se opôs a isso,  simplesmente nos sentamos na mesa, e comemos.

Cada um foi para seu quarto depois disso. Tomo um banho rápido, e me jogo na cama, mas sei que não vou dormir agora, mesmo estando muito cansado. Nem vi a hora que acabei pegando no sono.

Acordo com alguém me chamando. Certo, ainda temos escola! Que saco, por que não podemos faltar uns dias? Tenho cabeça para colégio não!

-- Apolo, acorda! Te dou cinco minutos para tu se levantar dessa cama, vou acordar a Lua enquanto isso, se eu voltar e você ainda estiver deitado, te arranco daí pela orelha! -- dito isso, mamãe sai do quarto.

Queria dormir o resto da vida, mas querer não é poder. Decido me levantar antes que senhorita Tabata resolva cumprir sua palavra.  Tomo banho, porquê é a única forma de me manter acordado de manhã, e porquê já é rotina.

Ponho o uniforme da escola, que na verdade é só uma blusa, com o emblema da escola. Coloco uma calça jeans qualquer, e calço o tênis. Desço para tomar café, e esperar as outras duas belezas descer.

▪︎▪︎▪︎

Chegamos na escola faltando cinco minutos para começar a primeira aula. Jorge e Douglas, não chegaram ainda. Lua estava conversando com o Carlos, os dois se aproximaram bastante nesses últimos dias. É estranho ver minha irmã, tão próxima de alguém, que ela mal conhece, vamos se dizer que Lua não é de confiar muito nas pessoas.

Matheus entra na sala, acompanhado de Jorge e Dg. O último com uma cara nada boa. Eles se sentam nas cadeiras vazias perto da minha. Minha irmã se vira para eles, junto com Carlos.

-- Qual foi da cara feia, Douglas? -- questiona minha irmã.

-- Nada, somente o idiota do meu irmão que perdeu a porcaria da chave do carro! -- olha para o irmão, que desvia o olhar para o lado.

Alcatéia Lúpus: Maldição dos Gêmeos Onde histórias criam vida. Descubra agora