1- A garota da jaqueta de couro.

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Minha primeira vez não foi com uma mulher, foi com uma garota. Eu também era uma.

Eu havia terminado o colegial e minhas amigas me puxaram pra uma festa da qual eu não queria ir. Era com pessoas hippies e que se auto diziam artistas, mas a maioria lá possivelmente tinha tanto dinheiro que comprou o talento que precisava.

Pude perceber ao entrar naquele apartamento enorme na cobertura, as paredes tinham alguns quadros de artistas famosos pela Ásia. Não soube dizer qual tipo de arte o dono da casa trabalhava, só que ele parecia gostar muito disso.

Todas minhas amigas namoravam, e elas estavam tão ocupadas com eles que me deixaram só com a bebida na mão. Eu já estava quase indo embora quando ela apareceu ao meu lado, com uma jaqueta preta jeans e seu cabelo rosa. Não pude só olhar de relance para ela, tive que a encarar como uma idiota.

Ela parecia perdida ali, então eu puxei assunto com ela. — Qual seu nome?

— Chaeyoung! E você?

— Sou a Sana.

Eu me concentrei novamente na minha bebida, mas a garota ao meu lado parecia querer conversar.

— Você nunca veio aqui.

Eu a olhei.

— Ah... Minhas amigas me trouxeram para cá, arrastada.

A garota sorriu, olhando para suas mãos ela sentou mais próxima a mim, para que pudéssemos conversar melhor.

— Sinto que você iria embora...

Na mosca.

— Eu ia. — Concordei com ela. — Bem... Eu vou.

— Ou você pode me fazer companhia, posso te mostrar meu quarto.

E foi simples assim, sem nada mais a ser dito. Não como eu pensei e imaginei minhas diversas primeiras vezes em meus pensamentos. Não foi algo tão mágico, mas eu me senti vivendo. E eu quis muito aquilo.

E ela me olhou, mesmo que parecesse nervosa, eu consegui perceber as segundas intenções em seu olhar. Ela era a dona da casa então? Ela não parecia ser mais velha que eu, nem muito mais nova.

Ela levantou da cama lançando sua mão na minha direção. Antes de ir com ela eu olhei para os lados em busca de minhas amigas, mas o apartamento estava cheio e não pude encontrar nenhuma por conta das pessoas sendo iluminadas apenas com as luzes coloridas, e pra ajudar eu estava sem meus óculos.

Eu a segui, de mãos dadas, ela subiu as escadas e me levou junto até o final do corredor e entrou em seu quarto comigo atrás.

Ela me empurrou na parede, mas era mais baixa que eu, então eu tive que deixar meu pescoço cair para beijar seus lábios. Sua boca tinha um estranho gosto de Keep Coleer com morango, e eu gostei daquilo.

Ela separou os lábios dos meus e me perguntou quantos anos eu tinha.

— 18 — Eu respondi, enquanto ela abria minha camiseta.

— Eu tenho 16, espero que não se importe.

Eu não soube o que pensar na hora, isso era permitido na Coreia? Provavelmente, minhas amigas namoravam homens muito mais velhos que elas e ninguém falava nada.

— Achei que você era a dona da festa.

— Minha mãe que é.

Eu não pensei mais em nada quando a garota sentou no meu colo na cama, suas pernas estavam abertas pra mim, e sua saia subindo por suas coxas. Nunca tinha feito sexo antes, nunca passei dos beijos com as mulheres, sempre quis, mas nunca tive coragem, tinha certeza que a coragem tomou meu corpo por causa da bebida. Além disso eu sabia exatamente o que fazer, já tinha visto e estudado muito sobre isso em fanfics.

Então nós nos despimos e eu a coloquei na cama, deitada enquanto olhava pra mim, eu pensei mais alguns segundos se deveria ir até o fim, se eu fosse não teria mais volta. E eu fui, prometi que seria a primeira e única vez que eu faria sexo com uma menor de idade, mesmo que ela só tivesse dois anos a menos que eu.

Eu ainda lembro de como a fiz chegar lá, eu a fiz se derreter em minha boca enquanto ela erguia seu corpo magro pra cima e suas costelas ficavam marcadas. Ela era um doce, e tão pequena, seus gemidos eram fracos e eu tentei ser o mais gentil que pude.

Mas foi só aquilo. Depois nós duas ficamos deitadas apenas conversando, ela me contou que tinha uma namorado na escola, mas que seu relacionamento era aberto para meninas, e ele podia transar com meninos também. Por isso pra ela era apenas diversão, ela não queria nada a mais pois amor já tinha com seu namorado.

E eu nunca mais a vi. Nem fui mais a festas.



todas as mulheres que já tiveOnde histórias criam vida. Descubra agora