Capítulo trinta e nove...
Maeve
Tudo. Eu sinto absolutamente tudo. Todos os sentimentos, sentidos e desejos. Eu tenho tudo novamente, e é terrivelmente torturante.
Não sei exatamente como cheguei aqui, mas só o que sei é que estou de volta ao meu quarto. Onde tudo começou. Onde eu a matei...
Pensar no que aconteceu, me faz sentir uma agonia tão grande que mal consigo respirar. É sufocante, o quarto todo parece estar girando e quente demais. Poderia ser o próprio inferno se eu não soubesse que ainda estou viva.
Sem conseguir aguentar, me viro para o outro lado da cama e deixo tudo sair. Vomito tudo no chão. Deixando tudo sair de dentro de mim. Assim que termino de botar tudo pra fora, finalmente volto a me deitar.
Estou chorando. Eu acho. É difícil saber, quando meu corpo todo está molhado de suor. Preciso respirar, preciso parar de pensar.
— Maeve! Maeve? Você está bem? Maeve??— ouço a voz familiar de alguém, não sei identificar de quem seja, até sentir as mãos de meu pai cobrirem meu rosto quente.
Minha visão embaçada finalmente o encontra. Ele não parece bem. Parece tão apavorado quanto eu.
— Papai...— sussurro, tentando me comunicar, porém me sinto tão mal que mal consigo dizer qualquer outra coisa.
— Maeve! Fique comigo!! Maeve??? ELIJAH!— meu pai está me sacudindo, e gritando talvez, não sei ao certo...
Só o que sei é que depois de alguns segundos, sinto mais pessoas entrarem em meu quarto e uma agitação diferente.
Momentos depois, tudo fica escuro...
[...]
Abro meus olhos com dificuldade, sinto algo gelado em minha testa. Minha visão está totalmente embaçada, porém logo identifico de quem é a mão segurando um pano frio em meu rosto.
— Maeve? Consegue me ouvir?— é a voz de minha tia. Ela está aqui.
— Tia Rebekah?? O que....o que aconteceu comigo?— tento dizer, porém ainda sinto um mal estar terrível por todo meu corpo.
— Maeve... Ainda não sabemos o que houve... Você simplesmente ficou mal, não sabíamos como ajudar você...— tia Rebekah fala, estava tão cabisbaixa quanto meu pai estava. Me sinto mal por deixá-la assim. É tudo minha culpa.
— Meu...meu pai...onde ele está?
— Está conseguindo uma bruxa. Precisamos descobrir o que está acontecendo com você Maeve...isso não é normal. Uma vampira não fica doente.— tia Rebekah fala, e a cada palavra que sai de sua boca, mais eu me sinto mal.
Todas as coisas que fiz, começam a passar pelo minha cabeça. Cada pequena ação que fiz, cada pessoa que por minha causa se machucou.... Não consigo respirar novamente.
— Maeve respire! Maeve...se acalme..— tia Rebekah fala, tentando me acalmar.
Aos poucos volto a respirar com tranquilidade. É difícil, mas eu consigo.
Ouço o barulho da porta se abrir. Ao olhar para entrada do meu quarto, vejo meu pai e tio Elijah entrarem, acompanhados de uma mulher. Seu cabelo e preto e seus olhos são escuros, ela aparenta ter uns cinquenta anos.
— Querida...como você está?— é meu pai quem fala. Ele se abaixou até mim e segura minha mão do lado oposto de minha tia, que logo se afasta para que a mulher dos cabelos pretos se aproxime de mim.
— Estou bem... Estou...— mal consigo terminar e logo sinto as lágrimas né impedirem.
— Tudo bem, não se esforce querida.— ele fala, vejo seu rosto coberto de preocupação.
— Eu sou Diana. Vim ajudar você.— a mulher fala, seu tom não é muito amigável, com certeza não está aqui por vontade própria.
Alguns instantes depois, tem velas ao meu redor e a cortina está fechada. Meu pai se afastou, a mulher se aproximou de mim.
— Vamos começar...— a mulher fala, ao mesmo tempo que ergue as mãos acima de minha cabeça e então vai descendo aos poucos as mãos por todo o meu corpo, sem me encostar.
Ela fala algumas palavras que não consigo ouvir o que significam. E então, sinto uma pontada forte de dor por todo o meu corpo, é agonizante.
Solto um grito alto e agudo, agitando meu pai que se aproxima ainda mais de mim. A dor é forte e percorre todas as minhas internações nervosas.
— PARA!!— grito, implorando para que aquela agonia bastasse. Logo, não me contenho e faço uma ventania forte percorrer por todo o quarto. O barulho forte entra por todo o quarto, a dor ainda é terrível. Precisa parar, precisa parar.
E então ela finalmente para.
Sinto um alívio enorme percorrer por todo meu corpo. Consigo respirar e me sinto melhor. Muito melhor.
Ao abrir meus olhos que permaneciam fechados, observo pela primeira vez a expressão da bruxa, e me sinto ainda mais nervosa ao vê-la.
Ela estava enojada e....assustada.
— E então??? O que ela tem???— meu pai pergunta nervoso, encarando a bruxa de expressão nervosa.
— Ela...Ela...— ela começa, mas parece surpresa demais para continuar.
— FALE LOGO!— meu pai esbraveja nervoso.
— Ela está.... grávida.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Filha Do Híbrido
Fanfiction❝𝐸𝑙𝑎 𝑠𝑒𝑚𝑝𝑟𝑒 𝑐𝑎𝑟𝑟𝑒𝑔𝑜𝑢 𝑜 𝑓𝑎𝑟𝑑𝑜 𝑑𝑎 𝑓𝑒𝑙𝑖𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑎 𝑓𝑎𝑚𝑖𝑙𝑖𝑎. 𝑆𝑒𝑚𝑝𝑟𝑒 𝑓𝑜𝑖 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑖𝑑𝑒𝑟𝑎𝑑𝑎 𝑢𝑚 𝑚𝑖𝑙𝑎𝑔𝑟𝑒 𝑒 𝑢𝑚𝑎 𝑝𝑟𝑜𝑚𝑒𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑒 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑟𝑎𝑛ç𝑎 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑜𝑠 𝑀𝑖𝑘𝑎𝑒𝑙𝑠𝑜𝑛𝑠. �...