Pequeno Milagre

6.3K 423 37
                                    

Capítulo um....

Capítulo um

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

1925

Uma chuva grossa e abundante caía do céu na noite fria e vazia. Todos naquela região já se protegiam dentro de suas respectivas casas, inclusive os Mikaelsons. Os irmãos originais habitavam a grande mansão rústica localizada em uma área afastada da maioria das casas do bairro.

Elijah Mikaelson estava sentando em uma poltrona aconchegante ao lado da lareira acessa, lendo o jornal impresso daquela semana. Rebekah, sentada no pequeno sofá da sala, tomava seu chá refrescante de alecrim e Klaus, estava a frente da janela observando a chuva forte bater sobre ela.

Os Mikaelsons se viram juntos para a porta da grande sala. A campainha havia tocado. Nenhum dos funcionários estava na casa. Rebekah se levanta apressadamente curiosa com quem pode ser em uma hora desta, neste temporal terrível. Ela vai até a porta e a abre rapidamente.

Uma mulher de pele clara e capelos pretos como a noite, aparentando uns vinte anos estava encharcada pela chuva e segurava em seus braços o que parecia ser uma criança completamente coberta por várias mantas quentes. Rebekah observa a mulher que exibia uma expressão de cansaço e medo.

— O que quer aqui?— Rebekah pergunta impaciente por ter sido interrompida de beber seu delicioso chá.

—P-Preciso falar com... Klaus Mikaelson.— a mulher responde com a voz trêmula segurando cada vez mais firme a criança em suas mãos.

—NICK!— Rebekah grita o nome do irmão que um segundo depois vai até a porta com uma expressão séria para a irmã.

—Consigo ouvi-la perfeitamente do outro lado da casa irmãzinha. Não precisa gritar!— Klaus resmunga impaciente e Rebekah o ignora revirando os olhos claros.

—Essa mulher está lhe procurando.— A Mikaelson fala e volta a observar com curiosidade a mulher dos cabelos escuros a sua frente.

—Como posso ser útil?— Klaus pergunta para a garota assustada que tentava ao máximo fingir ter algum controle sobre a situação.

—Meu...meu nome é Rachel. Rachel O'brien. Você conheceu minha irmã a alguns meses atrás. Jane.— a mulher fala firme e abaixa o olhar ao repetir o nome de sua irmã. Klaus a observa intrigado e sua expressão parece pensar naquele nome. O original então abre um sorriso malicioso e volta a observar a garota.

—Jane...Jane O'brien. A bruxinha inteligente que foi estranhamente muito gentil comigo. Mas ainda não entendo qual motivo te faz vir aqui.— Klaus fala e Rachel abaixa o olhar para a garotinha completamente coberta em seus braços.

—Minha irmã está morta. Morreu nesta manhã. Uma semana depois de dar a luz a sua filha.— Rachel esbraveja com raiva. Klaus então, lhe devolve uma risada curta e anasalada. 

—Sinto muito por Jane, mas se acha que pode enganar um original dessa forma, você é a bruxa mais tola que já conheci.— Klaus fala fechando levemente sua expressão. Rebekah ao seu lado observava toda a conversa que só ficava mais interessante a cada segundo.

Não sou tola! Minha irmã passou meses escondendo das outras bruxas essa gravidez. Meses trancafiada em um quarto apenas para proteger essa criança. Se as bruxas descobrissem sobre o bebê, ela e a criança estariam condenadas.— Rachel fala já com os olhos marejados. Cada palavra saia com ódio de sua boca. A garota estava de luto e cansada demais para tudo aquilo.

—Vampiros não procriam!— Klaus fala mais irritado do que a última vez e se aproxima com brutalidade da mulher. Rebekah então coloca as mãos sobre o peito do irmão que estava estranhamente acelerado e o afasta de Rachel.

—Nick! Apenas a escute.— Rebekah fala e repentinamente a bebezinha ainda recém nascida começa a chorar. Rachel sem saber o que fazer começa a balançar a pequenina que ainda chorava em seus braços.

Todos a olham fixamente. Derrepente Elijah, que estava escutando toda a conversa com sua audição vampiresca, aparece atrás dos irmãos Mikaelson.

—Vamos escuta-la Nicklaus.— Elijah propõe calmamente ao irmão que parecia ainda mais nervoso ao ouvir o choro da criança.

—Pode não acreditar agora mais quando ela crescer mais um pouco vai ter certeza. Eu também achei loucura quando Jane me contou. Mais não passaríamos por tudo isso se não tivéssemos certeza. A bebê é um risco para as bruxas. Não posso ajudá-la. Porém só vocês podem protege-la.— Rachel desabafa já deixando as lágrimas rebeldes caírem.

Klaus estava em choque. Pensando na possibilidade. Se havia ao menos uma pequena chance daquela criança ser sua... Todos se olham confusos por alguns segundos antes de Rebekah se aproximar da mulher e pegar a criança de seus braços.

—Rebekah ainda não sabemos...— Klaus fala para a irmã que o ignora novamente e começa a ninar a bebezinha que aos poucos parava de chorar.

—Ela está com frio Nick. E provavelmente com fome. Precisamos ajuda-la. Ela pode ser sua.— Rebekah arrisca e volta a olhar para a garotinha com pequenos cabelos loiros e olhos estranhamente claros.

—Nicklaus. Ela pode ser uma oportunidade. Uma chance de uma vida diferente.— Elijah fala e se aproxima do irmão tocando seu ombro confortavelmente.

Klaus ainda atordoado estava com os olhos marejados observando o irmão e alternando o olhar para sua irmã que agora segurava sua possível filha.

—É... impossível.— Ele sussurra e deixa a pequena lágrima presa em seus olhos escapar.

—Talvez para um vampiro comum sim. Mais você é um híbrido. Sua metade lobo é humana. Eu não sei como mas....é um milagre. Um milagre que custou a vida da minha irmã.— Rachel fala chamando a atenção dos Mikaelson que a olham atentamente.

—Ela tem razão. Não é tão impossível assim.— Rebekah fala.

—Eu preciso ir. Meu trem sai daqui a alguns minutos. Cuidem dela.— Rachel não dá a oportunidade de uma recusa para os irmãos originais e logo se retira da frente da casa.

Os Mikaelsons se olham por alguns segundos e Rebekah aproxima a garotinha de seu irmão Klaus que a observa intrigado. O híbrido leva uma das mãos na testa da garotinha e a acaricia carinhosamente.

—O que vai fazer agora?— Rebekah pergunta esperançosa.

Vamos cuidar da minha filha.— Klaus fala e em seguida a porta da grande casa é fechada.

Filha Do HíbridoOnde histórias criam vida. Descubra agora