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[...] — Bro — Sero chama colocando a mão sobre meu ombro e eu apenas o olho enquanto levo outra garfada de comida a boca — O que rolou? Tá mó climão entre você e o [Nome]
— Não quero falar sobre isso... — sinto as bochechas arderem e desvio o olhar para o prato cheio a minha frente.
— Ok.. Quando precisar pode falar comigo — sorriu e eu assenti
Lancei o olhar para a mesa não muito distante da nossa e encarei o [moreno/loiro..] que logo me olhou de volta, minha respiração trancou e nós dois viramos a cabeça na direção oposta rapidamente, envergonhados.
Na noite anterior, quando eu passei a odiar os sentidos aguçados de [Nome].
Eu sei que é errado, mas é inevitável..
Ele é tão lindo, charmoso.. Eu posso ficar duro, não sou de ferro!
Mas também foi erro meu, não trancar aquela maldita porta.
Estava o chamando baixo, ainda tentando abafar os sons. Mas aí ele entrou
— Kiri? Me chamou.. — sua voz sumiu assim que me viu, ambos paralisados
Assim que um mísero som é feito, [Nome] acorda do transe e sai batendo a porta e gritando "desculpa!"
— Ah, não. — me levantei e tranquei a porta, logo voltando a cama e afundando o rosto no travesseiro
Lembrar daquela situação fazia-me corroer por dentro, que vergonha.
Ainda mais sendo ele, a pessoa que eu estava pensando..
Quando retomo ao tempo atual vejo que [Nome] não está mais na mesa, viro cabeça para os lados procurando, mas ouço uma voz familiar atrás de mim e sinto meu corpo tremer.
— Oi gente — ele cumprimenta sorrindo.
Antes que pudesse acontecer alguma outra coisa super constrangedora para mim, eu dou a desculpa mais merda que penso e saio rapidamente do local.
Continuei evitando [Nome] por mais alguns dias, quase uma semana. Quando Mina entra em meu quarto, que por sinal nunca lembro de trancar, joga [Nome] no chão sai e fecha a porta
— Ahn.. Desculpe. — ele diz e se levanta rapidamente tentando abrir a porta — O que? — sussurra. Assim que vê que não iria adiantar encosta a testa na madeira e suspira.
Suas orelhas baixam e ombros se encolhem.
— [Nome]? — Chamo mas não obtive resposta — Ei, você tá bem? — vou até ele, ficando atrás de si
— Me desculpa
— Hm?
— Por ter entrado aqui, aquele dia. Tudo ficou estranho depois daquilo.
— Você não tem culpa.. Quer dizer — ri sem graça — tem certa culpa de eu me encontrar naquela situação constrangedora.
— O que? — perguntou risonho e sinto algo queimar em mim por ouvir seu tom de piada novamente.
Encosto as costas na parede ao seu lado e encaro seu rosto vermelho como o meu.
— É que sou tão incrivelmente gostoso, que até héteros batem uma pensando em mim? — arqueou a sobrancelha sorrindo ladino
— Acho que eles também — o vejo arregalar levemente os olhos assim que entende o que digo.
— Eu não esperava por essa. — virou e encostou de costas na porta
— Acho que só você. — fico de frente ao garoto colocando os braços ao redor.
Não demorou a ele me puxar para um beijo afoito, acabo suspirando e o menor sorri com o ato, se entregando mais.
Assim que separamos os lábios, colo nossas testas e respiramos fundo sorrindo.
— Acho que o momento de mais constrangimento da minha vida valeu a pena. — digo baixo e o garoto sela nossos lábios novamente.
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